Já se passara um mês de toda a surpresa que Luan preparou, dois meses que
estavam juntos, boatos já corriam da suposta namorada misteriosa do cantor Luan
Santana mais nem desconfiavam que era ela, e que era de tão perto dele. Parecia
que o tempo não os ajudava, a agenda de Luan estava lotada, dividida entre
shows, gravações de programas e a produção do seu novo trabalho, nesse mês ele
voltou apenas duas vezes pra casa, ela entendia que a sua família tinha que ter
a maior parte de Luan e as vezes que se viram foi rápida demais.
Devido a isso Luan resolveu assumir pra sua família seu “namoro” de fato,
explicou pra sua mãe e teve a ajuda do pai e da Bruna para fazer Marizete
entender o porque dele ter escolhido Cecília, isso levou um tempo até ela
aceitar de fato. Aproveitando a deixa da família e já que tinha a aceitação de
todos, Luan também reuniu algumas pessoas de sua equipe, entre elas estavam
Dagmar, Rober, Anderson, Arnaldo e outros da banda e revelou seu compromisso,
ele ouviu opiniões distintas, Rober e Arnaldo que já sabiam de toda a história aceitaram de boa e deram
os parabéns, já Anderson e Dagmar “fingiram” que aceitaram, apesar de todo
aquele jantar na casa de Arthur e de saber que ela era uma garota tecnicamente
de família, como quase todos a volta de Luan eles conheciam a “fama” da
Fortezza, e isso gerou uma conversa séria.
- A quanto tempo estão juntos? – Dagmar avançava com as perguntas, Luan
já estava cansada e se não estava enganado ela já tinha perguntado isso.
- Oficialmente a dois meses – respondia com tédio.
- Luan – fala em tom de advertência.
- O que foi Dada? – perde a paciência – eu já sei o que tem pra me dizer,
que eu to maluco, que ela não é pra mim, que eu vou me queimar com meus amigos
e com o pessoal de Londrina e que isso tudo pode acabar na mídia e enfim...
- Arruinar sua carreira, resumindo, muito trabalho pra mim. - completava.
- Eu te contei a história dela não foi? – cruzava as mãos e a encarava
sério.
- Sim Luan! Mais isso não justifica algumas atitudes dela!
- Pra mim justifica e muito! Vocês não a conhecem de verdade, e eu quero
isso tá?
- Eu não sou de acordo! – faz gesto de lavar as mãos – já não basta
aquela exposição no dia do evento do irmão dela que rendeu muito. Luan? Quem
garante que ela está apenas com você? Nós sabemos que...
- Ela está apenas comigo Dagmar – se irrita, como ela podia duvidar da
fidelidade de Maria Cecília -eu confio
nela!
- Ok, mais já se perguntou alguma vez? O que te garante isso? –
alfinetava, se tratando de Dagmar ela não media palavras, era direta até
demais.
- Não, nunca me perguntei, eu confio nela e já fazem dois meses que estamos juntos– contava como mérito – olha
– começava a ence4rrar o assunto - vamos ver o que vai rolar tá bom?
Não ouviria mais aquilo, as pessoas tinham mania de querer preservar a
imagem dele e já estava cansado. Cansado de se impor limites, de querer ser
visto como o “Garoto Perfeito”, queria jogar tudo pro alto, tinha o apoio da família
dele e o demais não importava. Sua vontade era de entrar na sua conta no Twitter e dizer pra todos que estava
namorando de vez! – Não Luan, ela não
quer isso agora, mais um tempo ok? Tá tudo bem assim não tá? – tentava se
acalmar mais não sabia que estava tudo bem, se não tinha o apoio de algumas pessoas
como ficaria? Sem querer Dagmar tinha plantado a semente da desconfiança dentro
de Luan, será mesmo que ela não queria assumir o relacionamento por medo da mídia
ou da imagem de Luan ser suja? – Não pensa
nisso cara, ela te ama, foi ela mesma quem revelou isso pra você, a Dagmar não
sabe de nada! Ela é do contra, por isso falou aquelas coisa pra te confundir,
tudo que você viveu com ela, tudo é verdadeiro e ela realmente é fiel a você
ok? Acredita – repetia pra ele mesmo, tentando matar aquela semente que
queria crescer ali no seu peito e fazer moradia.
Maria Cecília relembrava o quanto era bom acordar e a primeira coisa que
preenchia sua visão ser Luan e seus olhos cor de Chocolate, mais do contrário a
sua realidade era outra, com os olhos entreabertos ouvia aqueles passinhos
urgentes parando a porta e arranhando-a. Tinha substituído o seu despertador
por Sebastian, todos os dias ele fazia a mesma rotina, parado na porta
esperando a dona levantar, em seguida vinha os latidos impacientes até ouvir a
trava da porta ser destrancada e ele saltar nas suas pernas, ainda era pequeno
e imaginava quando estivesse maior seria capaz de derrubá-la.
- Hey garoto! Hoje é sábado sabia? – tentava colocar na cabeça do animal
os dias da semana, ele latia feliz, e ela sabia exatamente o que ele queria,
passear, depois de Sebastian involuntariamente impôs alguns hábitos saudáveis,
entre eles o de caminha algumas horas pelas ruas frias das manhãs de Londrina.
Sebastian corria e em segundos estava de volta com sua coleira e
entregava nas mãos de Cecília: - Você quer mesmo fazer isso hein? – ele latia
num impaciente “sim”. – Tá bom, deixa eu trocar de roupa ok?, acho que o Tio
Augusto deve querer caminhar conosco! – olhava o relógio e eram seis da manhã –
você quer ir no orfanato hoje Bebê? – bagunçava os pelos de sua cabeça fazendo-a
rir de Sebastian não gostar daquele gesto de carinho, bom, isso quando ela o fazia
porque Luan tinha total poderes sobre o que e não fazer com Sebastian, e ele
não se importava em nada – Quando o Lu faz isso com você nem reclama né seu
chato! – ele latia mais ao ouvir o nome de Luan, realmente gostava do seu outro
dono – eu também sinto falta dele, mais ele tá trabalhando muito e logo vem nos
ver tá? Vamos nos divertir acordando o Augusto agora -falava acabando de vestir sua blusa e
fazendo um rabo de cavalo no cabelo.
Pegava as chaves do seu carro, não iria andar oito quarteirões até a casa
de Augusto, e trancava a porta do seu quarto sob os leves puxões de Sebastian
que tinha pressa – Hey, calma garoto!
- Cachorro infernal – Arthur aparecia de moletom azul e listras brancas
com o cabelo bagunçado – nem no sábado ele me deixa em paz, odeio esses
latidos. – reclamava enquanto Sebastian rosnava pra ele, demonstrando sua
antipatia.
- Bom dia Arthur – ria sínica passando por ele – vai pro inferno!
Sônia não perdia o hábito de acordar cedo, cuidava do jardim antes de ir
pro hospital e era interrompida com a festa de Sebastian nos seus braços – Hey,
bom dia mocinho! – Cecília ria em pé ao seu lado.
- Vou dar uma volta com ele, passar lá no Augusto também certo?
- Não vai tomar café filha?
- É, quando voltar, ainda é cedo! Tomo uma água de coco no parque, até
mais tarde.
- Filha – ela para – não vou voltar hoje, tenho plantão tá?
- Nossa! Não entendo até hoje como você que é dona trabalha tanto! Vamos caminhar com a
gente! – Sebastian latia alto, parecia que ele entendia toda a conversa – ele também
quer que você vá! - sua relação com Sônia estava melhor do que antes, não cem
por cento, mais algumas vezes a chamava de mãe, poucas a abraçava, ainda sentia
vergonha pelo que fez.
- Outro dia tá Sebastian? Vão com Deus.
Sebastian ainda era pequeno e esperava impaciente pela dona abrir a porta
do carro, entrou e colocava as patinhas e a cabeça pro lado de fora, fechava os
olhos sentindo a sensação do vento. Em segundos chegavam na casa de Augusto,
era uma sintonia entre as buzinas de Cecília e os latidos do pequeno.
Com a cara de sono e cansado Augusto abria a porta: - Hey, hoje é sábado!
- Vamos caminhar?
- A essa hora?
- E que horas seria? – ela ria da sua cara amassada – o Sebastian tá
doido pra correr, vamos!
- Ah, a culpa é sua então Sebastian? – ele respondia com latidos ao ouvir
seu nome – tão pequeno e cheio de vontades – ressaltava – só um minuto, vou
trocar de roupa.
- Tá mais antes abre a garagem pra eu guardar o carro – ele fazia
bico -vamos caminhando tá?
A casa de Augusto ficava perto do parque da cidade, o mesmo era bastante
arborizado e tinha um grande lago no centro e uma pista de Cooper enorme, a qual corriam com Sebastian.
- Eu preciso parar! – Augusto falava apoiando as mãos no joelho.
- Não era você que reclamava comigo que eu era fora de forma? – Cecília ria,
Augusto mal conseguia responder – vamos tomar uma água de coco vai!
Sentados lado a lado observavam o filhote ainda pequeno se embolar todo
na grama, seu pelo branco caramelo ficava cheio de pontas de grama verde,
mordia sua bolinha enquanto os amigos conversavam.
- E ai como você tá?
- Carente – admitia – fazem mais de duas semanas que não vejo o Luan! –
fazia bico.
- Ah não me diga – ele a abraçava e beijava a sua cabeça terno,
permaneceram por segundos abraçados, em seguida ele apenas acariciava sua mão –
ele deve tá muito ocupado não é? Lembro que da última vez ele me falou que
estava a mil gravando o CD.
-É. – concorda.
- Hey, você tem a mim, e o Sebastian
-aponta pro filhote que ficava atento ao ouvir seu nome. – a Bruna, sua
mãe, a Bia, o Arthur! – ria descontraindo.
- Nem me fale no Arthur! Ele tá quieto demais nesses meses, e isso me dá
medo porque não sei do que ele é capaz! – admitia – e quanto a Bruna, ela tá em
período de prova, a Bia tá mal em algumas matérias e deve estar trancada em seu
quarto estudando como louca a essa hora, só me resta você e o Sebastian mesmo.
- Tudo bem, tudo bem. Eu aceito o desafio, vamos sair hoje a noite tá? –
ela sorria – o que eu não faço por você hein?
- Ah Augusto! Você é um anjo! – abraçava-o e dava-lhe um beijo na
bochecha – eu já te disse que queria que você fosse meu irmão? – sorria.
- Já! – Sebastian latia querendo atenção – vem cá vem garoto – Augusto o
colocava em seu colo.
- Tô pensando em ir no orfanato hoje, levar o Sebastian pra conhecer as
crianças.
- Ele ainda é pequeno -reclamava –
e pode não gostar de crianças e seu barulho.
- Só sabemos se levarmos ele, e sabe do que o moço tá esquecendo?
- Não, de que?
- Que temos uma casa na árvore pra terminar, precisamos lixar a madeira,
depois é só pintar e pronto! Sabe que estou em dívida e já fazem meses que
comecei aquilo não é? Tá na hora de entregar!
- Tudo bem! Mãos a obra!
- Vamos então! – fala levantando.
- Você disse mais tarde esqueceu?
- Sim, daqui a meia hora tá bom pra você?
Não tinha mais discussão, em meia hora estavam no orfanato, lixando a
casa da árvore enquanto as crianças corriam e brincavam com Sebastian, que do
contrário do que pensavam amou a companhia delas, foi um dia longo, a casa era
grande, Cecília desde o inicio planejou espaço pras crianças lá dentro e
aproveitou o máximo.
- Você quer parecer uma sardinha enlatada? -perguntava diante das reclamações de
Augusto.
- Não mais...
- Então não reclama. Tô pensando em pintar ela de azul. – mudava de
assunto.
- Porque azul?
- Sei lá, gosto dessa cor. – lembrava que era a cor preferida que gostava
de ver o Luan vestir.
- Prefiro verde.
- Não, a casa precisa chamar atenção e a árvore já é verde, tem que ter
combinação esqueceu?
- Desculpa aí arquiteta. – silêncio por alguns minutos – e aí? Já pensou
na viagem da Inglaterra? Conversou com o Luan?
- Humm – mordia o lábio. – Não pensei e nem falei pra ele! – fazia força
lixando a madeira.
- Não acredito!
- Eu ainda tenho um tempo tá? Fui selecionada mais a viagem demora, e pra
seu conforto eu fiz a inscrição – Augusto sorria, se importava com o futuro
dela -só não sei se vou – mordia o lábio
indecisa.
- O Luan vai entender Cecília, e seis meses passam rápido, ele pode ir te
visitar! – dava como consolo.
- Eu não tenho mais motivos pra ir embora – admitia.
- Mais eu tenho – encerrava o assunto – acabamos o processo lixar – batia
as mãos – escolha o melhor pra você ok? Só que pense duas vezes antes no seu
futuro, é uma oportunidade única sabia?
- Hum rum. – concordava – mais se outra coisa serve de conforto, me
inscrevi num congresso em Natal, uma semana!
- Verdade?
- Sim, daqui a duas semanas, tenho que me preparar.
- Isso é ótimo, além da cidade ser linda não é?
- Preciso de alguém pra cuidar do Sebastian – o olhava convocando.
- É...Acho que temos uma baladinha hoje – ria mudando de assuntoe fazia uma dancinha
todo animado arrancando risos de Cecília e das crianças que passavam por ali,
no fundo diria sim pra o posto de Babá de cachorro – que foi? O Tio Augusto
dança mal? -elas diziam que sim o que
fez Cecilia rir mais alto.
- Crianças não mentem!
- Culpa da minha professora – alfinetava.
- Ah é? Você vai ver hoje a noite seu bobo! Vou te deixar TOP na dança
pra arrasar com as “novinhas” aí. Tá bom de desencalhar hein titio!
- A Lígia não apareceu mais – lamentava – e metade de Londrina deve
pensar que eu namoro você.
- Porque? – falava assustada a caminho do carro.
- Porque saímos juntos – não ligava, parecia não gostar desses
comentários.
- Idiotas – jogava as ferramentas no porta malas. – vou pegar o
Sebastian, vem comigo?
- Claro!
O cachorro estava cansado com a língua de fora esperava pela dona
comportado demais ao lado das crianças e do Arthur. – Arthur? – Cecília se
assustava.
- Vim fazer uma visita as minhas crianças – ria irônico.
- Meu filho andou sumido – Irmã Tereza comentava.
- Tempo irmã, mais a Maria Cecília está sempre por aqui não é mesmo? Acho
que eu e as crianças queremos ver logo essa casa da árvore pronta, não está
demorando demais?
- Só falta a pintura, creio que daqui a duas semanas. – esquecia da sua
viagem a Natal.
- Ótimo, caso precise de ajuda.
- Está tudo sob controle. – pegava Sebastian no colo, ele estava sujo e
antes de sair teria que dar um banho nele – vamos? Até mais crianças!
- Até – gritavam em coro.
- Você viu ele chegar aqui? – Cecília perguntava já distante.
- Não.
- Estranho.
- O que foi?
- Nada, só algumas atitudes do Arthur, geralmente ele alfinetava que viria
por aqui, mais dessa vez...ah! Dane-se! Vamos dar banho nesse mocinho fedido
né? – acariciava Sebastian.
- Boa sorte.
- Daqui a duas semanas você vai fazer isso, não quer aprender?
- Porque eu?
- Porque não confio no Arthur, pode fazer algum mal pra ele. – Augusto custava
a admitir mais era verdade.
- Meus sapatos! – lamentava.
- Terá aquela casa enorme só pra você né Sebastian? – zombava- perdi
cinco pares de sapatos em três dias só pra avisar.
- Tratarei de esconder tudo.
Sônia como disse mais cedo não voltou para casa, depois de dar banho no
Sebastian e ficar pronta pra balada resolveu ter uma conversa com o cachorro: -
Escuta aqui – falava encarando aquela criaturinha linda e perfumada com um laço
vermelho no pescoço – você vai ficar aqui no quarto da mamãe tá? Agora por
favor? Não bagunça nada? -ele chorava
quietinho, odiava ficar sozinho – você entende que o seu Arthur não gosta de
você não é? Então se comporta – deixava ele em cima da cama, pegava sua bolsa e
trancava a porta, olhava seu celular e nenhuma ligação de Luan, nenhuma SMS, provavelmente ele estava
ocupado demais, sempre ligava na madrugada e acreditava que chegaria a tempo de
ouvir sua voz, mais em todo caso levaria seu celular, não deixou de passar uma
SMS que estava com saudade. Augusto já estava pronto a sua espera, antes disso
tudo tinha ligado pra Bia a convidando mais como adivinhara estava estudando,
Bruna estava em Campo Grande na casa das suas primas, no fim como desde o
inicio sobraram ela e Augusto.
Foram pra boate do Arthur, mereciam se divertir durante a noite e
totalmente de graça. E assim o fizeram, dançaram, beberam alguns e poucos drinks e pela madrugada voltavam pra
casa, como Augusto falou mais cedo, realmente achavam que eles tinham algum
lance, porque nenhum cara se aproximou dela como das outras vezes, nem sequer
soltou alguma gracinha.
Voltava pra casa relaxada, já era madrugada e entrou de fininho, Sônia
deveria estar cansada do plantão e não queria acordá-la. Para sua surpresa, na
almofadinha no canto do quarto Sebastian dormia tranquilo, fez festa ao vê-la
chegar e depois voltou no seu cantinho.
Estava cansada e começava a tirar suas joias caindo de sono, tinha que
admitir que perdia o ritmo de noitadas, graças ao Luan! – Luan! – pensa alto –
pega seu telefone e se surpreende, com o número de ligações – nossa! Será que
ele vai atender? – tenta e disca o número dele, depois de quatro chamadas ele
atende com voz de sono: - Alô?
- Te acordei? – fala preocupada.
- Por incrivel que pareça sim, estava dormindo! – falava com voz de
cansado – mais onde você estava que não me atendeu?
- Eu? Sai hoje a noite, cheguei agora!
- Saiu? Com a Bruna? -perguntava
desconfiado.
- Não, ela está em Campo Grande esqueceu?
-ele já sabia disso, queria apenas saber se ela negaria – sai com o
Augusto.
- Ah! Se divertiu?
- Luan, você não está com ciúmes não é?
- Não, claro que não. O Augusto é irmão – falava aliviado – mais to com
saudades amor, tá muito corrido mais semana que segunda to aí!
- Só mais um dia.
- Só mais um dia, bom, só liguei pra dizer que te amo e que to com
saudades – a voz de Luan estava diferente, ele parecia magoado, quando ela iria
perguntar o que estava acontecendo ele já tinha desligado.
- É só cansaço Maria Cecília, no fundo deve estar tudo bem – pensava enquanto
tirava sua maquiagem e vestia a roupa de dormir, capotando na cama, dali a um
dia o veria de novo e tudo passaria.
Mal sabia ela que Luan já se encontrava em Londrina, o show que faria foi
cancelado por questões políticas e para sua alegria nenhum outro apareceu pra
preencher a agenda, teria mais uns dias
ao lado dela, foi isso o que pensou ao chegar em casa a tarde e antes de sua
mãe lhe entregar um envelope lavrado endereçado a ele, estranhou porque não
tinha remetente. Marizete falou que foi entregue por uma garota que disse ser fã
e deixou na portaria do condomínio. Adorava ler as cartinhas de suas fãs e foi
isso que fez, deitado na sua cama abria o envelope, estranho, era volumoso e
tinha várias fotos que não se ateve a olhar, leu primeiro o bilhete: - Não sou sua fã, apenas uma pessoa que se preocupa com você o bastante pra
abrir seus olhos, eu vejo o que está acontecendo entre você e a garota das
fotos, mais acho que ela anda te enganando, tirei essas fotos hoje pela manhã e
espero que quando chegue de viagem veja isso e acredite em mim. Você está sendo
enganado Luan, essa garota não é fiel a você, vive saindo com esse cara e as
fotos falam por si, não confie, todos aqui em Londrina acreditam que eles tem
um caso desde sempre, só você que ainda é cego o bastante pra acreditar que são
amigos. Abre o olho. Alguém que se importa com você.
Nunca tinha visto aquela caligrafia antes, pensou no Arthur mais ele
também era amigo do Augusto, não perderia tempo fazendo isso. Lembrava da
conversa com Dagmar, duvidando que ela era fiel a ele. Mais ela não faria isso,
não com ele e logo com o Augusto que o ajudava tanto. Mais não podia negar,
aquelas fotos lhe causavam um imenso ciúme, abraçados num parque, ele
acariciando a mão dela e um beijo que não sabia definir se era no rosto ou na
boca. Programa de casal, divertindo-se numa manhã de sábado ao lado do seu mascote - o cachorro que ele tinha dado de presente e que se considerava dono também - Estava cego, cego de ciúmes, cego de raiva, aquela ligação só piorou
tudo, saber que ela passava a noite com ele, se divertindo na balada com ele. –
Não se deixa levar Luan, ela te ama e o melhor é perguntar o que está
acontecendo – pensava que o certo era chegar e perguntar de verdade o que
estava acontecendo, metade lhe dizia que aquilo era o cúmulo, que não estava
acontecendo, mais se não fosse obra do Arthur, se alguém de fora enxergasse a
situação melhor que ele? Estava com raiva demais pra ver ela e esclarecer tudo,
deixaria ela pensar que estava viajando e que só voltaria na segunda, teria
mais tempo pra pensar e em como abordá-la com essa conversa. No fundo a semente
que Dagmar lançou estava germinando, e ele não tinha controle, já que os seus
ciúmes era o adubo perfeito pra ela crescer.
Pela madrugada Arthur imprimia mais fotos para enviar pela manhã endereçadas
a casa de Luan, dessa vez ele tinha se superado, fez algumas montagens dessa
noitada dos dois, tinha um amigo que entendia das coisas e em segundos fez o
trabalho sujo, tinham ficado perfeitas, um casal dançando e trocando carícias e
beijos que se ele não soubesse que era montagem até ele acreditaria. Dessa vez
não iria procurar a mesma garota que emprestou a caligrafia da outra vez, as
fotos falavam por si. A única certeza que tinha é que estariam na casa de Luan
cedo, e por sorte talvez sua mãe, ou sei pai tivesse a falta de educação de
abrir as correspondências do filho e vissem aquilo também. Mal sabia ele que
seu plano estava dando frutos, que Luan já tinha visto a primeira parte, e com
certeza, veria mais essas pela manhã.
CONTINUA...
Espero que o Luan seja maduro suficiente pra não acreditar nisso né?
Mais quando ele ver as outras fotos? Ele terá que aprender com os ciúmes dele, só acho.
Bom, esperem próximos capítulos!
Muitas coisas vem por aí...
E não se preocupem, isso não vai ser pário pra separar os dois, ainda.
Se cuidem! Bom final de semana e nunca desistam dos seus sonhos ok?
Fé, Foco&Acreditar sempre!
Kiss ;*
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Estou as ordens!
@_Vanesssaa_