sábado, 18 de agosto de 2012

SONHO INTERROMPIDO

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sábado, 11 de agosto de 2012

Capitulo 57




Já se passara um mês de toda a surpresa que Luan preparou, dois meses que estavam juntos, boatos já corriam da suposta namorada misteriosa do cantor Luan Santana mais nem desconfiavam que era ela, e que era de tão perto dele. Parecia que o tempo não os ajudava, a agenda de Luan estava lotada, dividida entre shows, gravações de programas e a produção do seu novo trabalho, nesse mês ele voltou apenas duas vezes pra casa, ela entendia que a sua família tinha que ter a maior parte de Luan e as vezes que se viram foi rápida demais.
Devido a isso Luan resolveu assumir pra sua família seu “namoro” de fato, explicou pra sua mãe e teve a ajuda do pai e da Bruna para fazer Marizete entender o porque dele ter escolhido Cecília, isso levou um tempo até ela aceitar de fato. Aproveitando a deixa da família e já que tinha a aceitação de todos, Luan também reuniu algumas pessoas de sua equipe, entre elas estavam Dagmar, Rober, Anderson, Arnaldo e outros da banda e revelou seu compromisso, ele ouviu opiniões distintas, Rober e Arnaldo que já sabiam  de toda a história aceitaram de boa e deram os parabéns, já Anderson e Dagmar “fingiram” que aceitaram, apesar de todo aquele jantar na casa de Arthur e de saber que ela era uma garota tecnicamente de família, como quase todos a volta de Luan eles conheciam a “fama” da Fortezza, e isso gerou uma conversa séria.

- A quanto tempo estão juntos? – Dagmar avançava com as perguntas, Luan já estava cansada e se não estava enganado ela já tinha perguntado isso.

- Oficialmente a dois meses – respondia com tédio.

- Luan – fala em tom de advertência.

- O que foi Dada? – perde a paciência – eu já sei o que tem pra me dizer, que eu to maluco, que ela não é pra mim, que eu vou me queimar com meus amigos e com o pessoal de Londrina e que isso tudo pode acabar na mídia e enfim...

- Arruinar sua carreira, resumindo, muito trabalho pra mim. -  completava.

- Eu te contei a história dela não foi? – cruzava as mãos e a encarava sério.

- Sim Luan! Mais isso não justifica algumas atitudes dela!

- Pra mim justifica e muito! Vocês não a conhecem de verdade, e eu quero isso tá?

- Eu não sou de acordo! – faz gesto de lavar as mãos – já não basta aquela exposição no dia do evento do irmão dela que rendeu muito. Luan? Quem garante que ela está apenas com você? Nós sabemos que...

- Ela está apenas comigo Dagmar – se irrita, como ela podia duvidar da fidelidade de Maria Cecília  -eu confio nela!

- Ok, mais já se perguntou alguma vez? O que te garante isso? – alfinetava, se tratando de Dagmar ela não media palavras, era direta até demais.

- Não, nunca me perguntei, eu confio nela e já fazem dois meses  que estamos juntos– contava como mérito – olha – começava a ence4rrar o assunto - vamos ver o que vai rolar tá bom?

Não ouviria mais aquilo, as pessoas tinham mania de querer preservar a imagem dele e já estava cansado. Cansado de se impor limites, de querer ser visto como o “Garoto Perfeito”, queria jogar tudo pro alto, tinha o apoio da família dele e o demais não importava. Sua vontade era de entrar na sua conta no Twitter e dizer pra todos que estava namorando de vez! – Não Luan, ela não quer isso agora, mais um tempo ok? Tá tudo bem assim não tá? – tentava se acalmar mais não sabia que estava tudo bem, se não tinha o apoio de algumas pessoas como ficaria? Sem querer Dagmar tinha plantado a semente da desconfiança dentro de Luan, será mesmo que ela não queria assumir o relacionamento por medo da mídia ou da imagem de Luan ser suja? – Não pensa nisso cara, ela te ama, foi ela mesma quem revelou isso pra você, a Dagmar não sabe de nada! Ela é do contra, por isso falou aquelas coisa pra te confundir, tudo que você viveu com ela, tudo é verdadeiro e ela realmente é fiel a você ok? Acredita – repetia pra ele mesmo, tentando matar aquela semente que queria crescer ali no seu peito e fazer moradia.


Maria Cecília relembrava o quanto era bom acordar e a primeira coisa que preenchia sua visão ser Luan e seus olhos cor de Chocolate, mais do contrário a sua realidade era outra, com os olhos entreabertos ouvia aqueles passinhos urgentes parando a porta e arranhando-a. Tinha substituído o seu despertador por Sebastian, todos os dias ele fazia a mesma rotina, parado na porta esperando a dona levantar, em seguida vinha os latidos impacientes até ouvir a trava da porta ser destrancada e ele saltar nas suas pernas, ainda era pequeno e imaginava quando estivesse maior seria capaz de derrubá-la.

- Hey garoto! Hoje é sábado sabia? – tentava colocar na cabeça do animal os dias da semana, ele latia feliz, e ela sabia exatamente o que ele queria, passear, depois de Sebastian involuntariamente impôs alguns hábitos saudáveis, entre eles o de caminha algumas horas pelas ruas frias das manhãs de Londrina.

Sebastian corria e em segundos estava de volta com sua coleira e entregava nas mãos de Cecília: - Você quer mesmo fazer isso hein? – ele latia num impaciente “sim”. – Tá bom, deixa eu trocar de roupa ok?, acho que o Tio Augusto deve querer caminhar conosco! – olhava o relógio e eram seis da manhã – você quer ir no orfanato hoje Bebê? – bagunçava os pelos de sua cabeça fazendo-a rir de Sebastian não gostar daquele gesto de carinho, bom, isso quando ela o fazia porque Luan tinha total poderes sobre o que e não fazer com Sebastian, e ele não se importava em nada – Quando o Lu faz isso com você nem reclama né seu chato! – ele latia mais ao ouvir o nome de Luan, realmente gostava do seu outro dono – eu também sinto falta dele, mais ele tá trabalhando muito e logo vem nos ver tá? Vamos nos divertir acordando o Augusto agora  -falava acabando de vestir sua blusa e fazendo um rabo de cavalo no cabelo.

Pegava as chaves do seu carro, não iria andar oito quarteirões até a casa de Augusto, e trancava a porta do seu quarto sob os leves puxões de Sebastian que tinha pressa – Hey, calma garoto!

- Cachorro infernal – Arthur aparecia de moletom azul e listras brancas com o cabelo bagunçado – nem no sábado ele me deixa em paz, odeio esses latidos. – reclamava enquanto Sebastian rosnava pra ele, demonstrando sua antipatia.

- Bom dia Arthur – ria sínica passando por ele – vai pro inferno!

Sônia não perdia o hábito de acordar cedo, cuidava do jardim antes de ir pro hospital e era interrompida com a festa de Sebastian nos seus braços – Hey, bom dia mocinho! – Cecília ria em pé ao seu lado.

- Vou dar uma volta com ele, passar lá no Augusto também certo?

- Não vai tomar café filha?

- É, quando voltar, ainda é cedo! Tomo uma água de coco no parque, até mais tarde.

- Filha – ela para – não vou voltar hoje, tenho plantão tá?

- Nossa! Não entendo até hoje como você que  é dona trabalha tanto! Vamos caminhar com a gente! – Sebastian latia alto, parecia que ele entendia toda a conversa – ele também quer que você vá! - sua relação com Sônia estava melhor do que antes, não cem por cento, mais algumas vezes a chamava de mãe, poucas a abraçava, ainda sentia vergonha pelo que fez.
- Outro dia tá Sebastian? Vão com Deus.

Sebastian ainda era pequeno e esperava impaciente pela dona abrir a porta do carro, entrou e colocava as patinhas e a cabeça pro lado de fora, fechava os olhos sentindo a sensação do vento. Em segundos chegavam na casa de Augusto, era uma sintonia entre as buzinas de Cecília e os latidos do pequeno.

Com a cara de sono e cansado Augusto abria a porta: - Hey, hoje é sábado!

- Vamos caminhar?

- A essa hora?

- E que horas seria? – ela ria da sua cara amassada – o Sebastian tá doido pra correr, vamos!
- Ah, a culpa é sua então Sebastian? – ele respondia com latidos ao ouvir seu nome – tão pequeno e cheio de vontades – ressaltava – só um minuto, vou trocar de roupa.

- Tá mais antes abre a garagem pra eu guardar o carro – ele fazia bico  -vamos caminhando tá?

A casa de Augusto ficava perto do parque da cidade, o mesmo era bastante arborizado e tinha um grande lago no centro e uma pista de Cooper enorme, a qual corriam com Sebastian.

- Eu preciso parar! – Augusto falava apoiando as mãos no joelho.

- Não era você que reclamava comigo que eu era fora de forma? – Cecília ria, Augusto mal conseguia responder – vamos tomar uma água de coco vai!

Sentados lado a lado observavam o filhote ainda pequeno se embolar todo na grama, seu pelo branco caramelo ficava cheio de pontas de grama verde, mordia sua bolinha enquanto os amigos conversavam.

- E ai como você tá?

- Carente – admitia – fazem mais de duas semanas que não vejo o Luan! – fazia bico.

- Ah não me diga – ele a abraçava e beijava a sua cabeça terno, permaneceram por segundos abraçados, em seguida ele apenas acariciava sua mão – ele deve tá muito ocupado não é? Lembro que da última vez ele me falou que estava a mil gravando o CD.

-É. – concorda.

- Hey, você tem a mim, e o Sebastian  -aponta pro filhote que ficava atento ao ouvir seu nome. – a Bruna, sua mãe, a Bia, o Arthur! – ria descontraindo.

- Nem me fale no Arthur! Ele tá quieto demais nesses meses, e isso me dá medo porque não sei do que ele é capaz! – admitia – e quanto a Bruna, ela tá em período de prova, a Bia tá mal em algumas matérias e deve estar trancada em seu quarto estudando como louca a essa hora, só me resta você e o Sebastian mesmo.

- Tudo bem, tudo bem. Eu aceito o desafio, vamos sair hoje a noite tá? – ela sorria – o que eu não faço por você hein?

- Ah Augusto! Você é um anjo! – abraçava-o e dava-lhe um beijo na bochecha – eu já te disse que queria que você fosse meu irmão? – sorria.

- Já! – Sebastian latia querendo atenção – vem cá vem garoto – Augusto o colocava em seu colo.

- Tô pensando em ir no orfanato hoje, levar o Sebastian pra conhecer as crianças.

- Ele ainda é pequeno  -reclamava – e pode não gostar de crianças e seu barulho.

- Só sabemos se levarmos ele, e sabe do que o moço tá esquecendo?

- Não, de que?

- Que temos uma casa na árvore pra terminar, precisamos lixar a madeira, depois é só pintar e pronto! Sabe que estou em dívida e já fazem meses que comecei aquilo não é? Tá na hora de entregar!

- Tudo bem! Mãos a obra!

- Vamos então! – fala levantando.

- Você disse mais tarde esqueceu?

- Sim, daqui a meia hora tá bom pra você?

Não tinha mais discussão, em meia hora estavam no orfanato, lixando a casa da árvore enquanto as crianças corriam e brincavam com Sebastian, que do contrário do que pensavam amou a companhia delas, foi um dia longo, a casa era grande, Cecília desde o inicio planejou espaço pras crianças lá dentro e aproveitou o máximo.

- Você quer parecer uma sardinha enlatada?  -perguntava diante das reclamações de Augusto.

- Não mais...

- Então não reclama. Tô pensando em pintar ela de azul. – mudava de assunto.

- Porque azul?

- Sei lá, gosto dessa cor. – lembrava que era a cor preferida que gostava de ver o Luan vestir.

- Prefiro verde.

- Não, a casa precisa chamar atenção e a árvore já é verde, tem que ter combinação esqueceu?

- Desculpa aí arquiteta. – silêncio por alguns minutos – e aí? Já pensou na viagem da Inglaterra? Conversou com o Luan?

- Humm – mordia o lábio. – Não pensei e nem falei pra ele! – fazia força lixando a madeira.

- Não acredito!

- Eu ainda tenho um tempo tá? Fui selecionada mais a viagem demora, e pra seu conforto eu fiz a inscrição – Augusto sorria, se importava com o futuro dela  -só não sei se vou – mordia o lábio indecisa.

- O Luan vai entender Cecília, e seis meses passam rápido, ele pode ir te visitar! – dava como consolo.

- Eu não tenho mais motivos pra ir embora – admitia.

- Mais eu tenho – encerrava o assunto – acabamos o processo lixar – batia as mãos – escolha o melhor pra você ok? Só que pense duas vezes antes no seu futuro, é uma oportunidade única sabia?

- Hum rum. – concordava – mais se outra coisa serve de conforto, me inscrevi num congresso em Natal, uma semana!

- Verdade?

- Sim, daqui a duas semanas, tenho que me preparar.

- Isso é ótimo, além da cidade ser linda não é?

- Preciso de alguém pra cuidar do Sebastian – o olhava convocando.

- É...Acho que temos uma baladinha hoje –  ria mudando de assuntoe fazia uma dancinha todo animado arrancando risos de Cecília e das crianças que passavam por ali, no fundo diria sim pra o posto de Babá de cachorro – que foi? O Tio Augusto dança mal?  -elas diziam que sim o que fez Cecilia rir mais alto.

- Crianças não mentem!

- Culpa da minha professora – alfinetava.

- Ah é? Você vai ver hoje a noite seu bobo! Vou te deixar TOP na dança pra arrasar com as “novinhas” aí. Tá bom de desencalhar hein titio!

- A Lígia não apareceu mais – lamentava – e metade de Londrina deve pensar que eu namoro você.

- Porque? – falava assustada a caminho do carro.

- Porque saímos juntos – não ligava, parecia não gostar desses comentários.

- Idiotas – jogava as ferramentas no porta malas. – vou pegar o Sebastian, vem comigo?

- Claro!

O cachorro estava cansado com a língua de fora esperava pela dona comportado demais ao lado das crianças e do Arthur. – Arthur? – Cecília se assustava.

- Vim fazer uma visita as minhas crianças – ria irônico.

- Meu filho andou sumido – Irmã Tereza comentava.

- Tempo irmã, mais a Maria Cecília está sempre por aqui não é mesmo? Acho que eu e as crianças queremos ver logo essa casa da árvore pronta, não está demorando demais?

- Só falta a pintura, creio que daqui a duas semanas. – esquecia da sua viagem a Natal.

- Ótimo, caso precise de ajuda.

- Está tudo sob controle. – pegava Sebastian no colo, ele estava sujo e antes de sair teria que dar um banho nele – vamos? Até mais crianças!

- Até – gritavam em coro.

- Você viu ele chegar aqui? – Cecília perguntava já distante.

- Não.

- Estranho.

- O que foi?

- Nada, só algumas atitudes do Arthur, geralmente ele alfinetava que viria por aqui, mais dessa vez...ah! Dane-se! Vamos dar banho nesse mocinho fedido né? – acariciava Sebastian.

- Boa sorte.

- Daqui a duas semanas você vai fazer isso, não quer aprender?

- Porque eu?

- Porque não confio no Arthur, pode fazer algum mal pra ele. – Augusto custava a admitir mais era verdade.

- Meus sapatos! – lamentava.

- Terá aquela casa enorme só pra você né Sebastian? – zombava- perdi cinco pares de sapatos em três dias só pra avisar.

- Tratarei de esconder tudo.

Sônia como disse mais cedo não voltou para casa, depois de dar banho no Sebastian e ficar pronta pra balada resolveu ter uma conversa com o cachorro: - Escuta aqui – falava encarando aquela criaturinha linda e perfumada com um laço vermelho no pescoço – você vai ficar aqui no quarto da mamãe tá? Agora por favor? Não bagunça nada?  -ele chorava quietinho, odiava ficar sozinho – você entende que o seu Arthur não gosta de você não é? Então se comporta – deixava ele em cima da cama, pegava sua bolsa e trancava a porta, olhava seu celular e nenhuma ligação  de Luan, nenhuma SMS, provavelmente ele estava ocupado demais, sempre ligava na madrugada e acreditava que chegaria a tempo de ouvir sua voz, mais em todo caso levaria seu celular, não deixou de passar uma SMS que estava com saudade. Augusto já estava pronto a sua espera, antes disso tudo tinha ligado pra Bia a convidando mais como adivinhara estava estudando, Bruna estava em Campo Grande na casa das suas primas, no fim como desde o inicio sobraram ela e Augusto.

Foram pra boate do Arthur, mereciam se divertir durante a noite e totalmente de graça. E assim o fizeram, dançaram, beberam alguns e poucos drinks e pela madrugada voltavam pra casa, como Augusto falou mais cedo, realmente achavam que eles tinham algum lance, porque nenhum cara se aproximou dela como das outras vezes, nem sequer soltou alguma gracinha.

Voltava pra casa relaxada, já era madrugada e entrou de fininho, Sônia deveria estar cansada do plantão e não queria acordá-la. Para sua surpresa, na almofadinha no canto do quarto Sebastian dormia tranquilo, fez festa ao vê-la chegar e depois voltou no seu cantinho.

Estava cansada e começava a tirar suas joias caindo de sono, tinha que admitir que perdia o ritmo de noitadas, graças ao Luan! – Luan! – pensa alto – pega seu telefone e se surpreende, com o número de ligações – nossa! Será que ele vai atender? – tenta e disca o número dele, depois de quatro chamadas ele atende com voz de sono: - Alô?

- Te acordei? – fala preocupada.

- Por incrivel que pareça sim, estava dormindo! – falava com voz de cansado – mais onde você estava que não me atendeu?

- Eu? Sai hoje a noite, cheguei agora!

- Saiu? Com a Bruna?  -perguntava desconfiado.

- Não, ela está em Campo Grande esqueceu?  -ele já sabia disso, queria apenas saber se ela negaria – sai com o Augusto.

- Ah! Se divertiu?

- Luan, você não está com ciúmes não é?

- Não, claro que não. O Augusto é irmão – falava aliviado – mais to com saudades amor, tá muito corrido mais semana que segunda to aí!

- Só mais um dia.

- Só mais um dia, bom, só liguei pra dizer que te amo e que to com saudades – a voz de Luan estava diferente, ele parecia magoado, quando ela iria perguntar o que estava acontecendo ele já tinha desligado.

- É só cansaço Maria Cecília, no fundo deve estar tudo bem – pensava enquanto tirava sua maquiagem e vestia a roupa de dormir, capotando na cama, dali a um dia o veria de novo e tudo passaria.

Mal sabia ela que Luan já se encontrava em Londrina, o show que faria foi cancelado por questões políticas e para sua alegria nenhum outro apareceu pra preencher a agenda,  teria mais uns dias ao lado dela, foi isso o que pensou ao chegar em casa a tarde e antes de sua mãe lhe entregar um envelope lavrado endereçado a ele, estranhou porque não tinha remetente. Marizete falou que foi entregue por uma garota que disse ser fã e deixou na portaria do condomínio. Adorava ler as cartinhas de suas fãs e foi isso que fez, deitado na sua cama abria o envelope, estranho, era volumoso e tinha várias fotos que não se ateve a olhar, leu primeiro o bilhete: - Não sou sua fã, apenas uma pessoa que se preocupa com você o bastante pra abrir seus olhos, eu vejo o que está acontecendo entre você e a garota das fotos, mais acho que ela anda te enganando, tirei essas fotos hoje pela manhã e espero que quando chegue de viagem veja isso e acredite em mim. Você está sendo enganado Luan, essa garota não é fiel a você, vive saindo com esse cara e as fotos falam por si, não confie, todos aqui em Londrina acreditam que eles tem um caso desde sempre, só você que ainda é cego o bastante pra acreditar que são amigos. Abre o olho. Alguém que se importa com você.

Nunca tinha visto aquela caligrafia antes, pensou no Arthur mais ele também era amigo do Augusto, não perderia tempo fazendo isso. Lembrava da conversa com Dagmar, duvidando que ela era fiel a ele. Mais ela não faria isso, não com ele e logo com o Augusto que o ajudava tanto. Mais não podia negar, aquelas fotos lhe causavam um imenso ciúme, abraçados num parque, ele acariciando a mão dela e um beijo que não sabia definir se era no rosto ou na boca. Programa de casal, divertindo-se numa manhã de sábado ao lado do seu mascote - o cachorro que ele tinha dado de presente e que se considerava dono também - Estava cego, cego de ciúmes, cego de raiva, aquela ligação só piorou tudo, saber que ela passava a noite com ele, se divertindo na balada com ele. – Não se deixa levar Luan, ela te ama e o melhor é perguntar o que está acontecendo – pensava que o certo era chegar e perguntar de verdade o que estava acontecendo, metade lhe dizia que aquilo era o cúmulo, que não estava acontecendo, mais se não fosse obra do Arthur, se alguém de fora enxergasse a situação melhor que ele? Estava com raiva demais pra ver ela e esclarecer tudo, deixaria ela pensar que estava viajando e que só voltaria na segunda, teria mais tempo pra pensar e em como abordá-la com essa conversa. No fundo a semente que Dagmar lançou estava germinando, e ele não tinha controle, já que os seus ciúmes era o adubo perfeito pra ela crescer.


Pela madrugada Arthur imprimia mais fotos para enviar pela manhã endereçadas a casa de Luan, dessa vez ele tinha se superado, fez algumas montagens dessa noitada dos dois, tinha um amigo que entendia das coisas e em segundos fez o trabalho sujo, tinham ficado perfeitas, um casal dançando e trocando carícias e beijos que se ele não soubesse que era montagem até ele acreditaria. Dessa vez não iria procurar a mesma garota que emprestou a caligrafia da outra vez, as fotos falavam por si. A única certeza que tinha é que estariam na casa de Luan cedo, e por sorte talvez sua mãe, ou sei pai tivesse a falta de educação de abrir as correspondências do filho e vissem aquilo também. Mal sabia ele que seu plano estava dando frutos, que Luan já tinha visto a primeira parte, e com certeza, veria mais essas pela manhã.

CONTINUA...
Espero que o Luan seja maduro suficiente pra não acreditar nisso né?
Mais quando ele ver as outras fotos? Ele terá que aprender com os ciúmes dele, só acho.
Bom, esperem próximos capítulos!
Muitas coisas vem por aí...
E não se preocupem, isso não vai ser pário pra separar os dois, ainda.
Se cuidem! Bom final de semana e nunca desistam dos seus sonhos ok?
Fé, Foco&Acreditar sempre!
Kiss ;*
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@_Vanesssaa_