Dentro do carro Maria Cecília
seguia rumo ao que as pistas indicavam, lembrava da sua insistência em Augusto
acompanhá-la, mais alguém teria que ficar com o Sebastian e avisar a Sônia que
ela tinha saído. Dirigia atenta, passava mentalmente o que tinha inscrito no
envelope: Pegue a estrada saindo na Rota
6, siga em frente parando apenas no quilômetro 60.
Assim o fez, dirigia devagar,
passou pelo quilômetro 20, 40, 60. Observava o ambiente, não estava totalmente
escuro, não existia nenhum sinal suficientemente grande e de uma próxima pista.
Do outro lado tinha um posto de gasolina, não parecia perigoso, tirou o sinto e
desceu. – Quilômetro 60 é aqui – falava sozinha, olhava o chão e nenhuma pista,
pega a folha e percebe que o 60 estava em negrito, provavelmente a pista
estaria na placa, as pessoas do outro lado deveriam achar que ela era uma louca
observando aquela placa, mais ao pegar o celular e iluminar a parte de trás
encontra um envelope vermelho fixado a mesma. – Segunda pista – estava gostando
daquilo. Entra dentro do carro e começa a ler em voz alta: - Até agora foi
fácil, vamos complicar mais um pouquinho? Você está sozinha e perdida, mais
sabe que algo muito importante está a sua espera, o que as pessoas fazem quando
estão perdidas? Lembre-se de que está sozinha –
pedem informação – pensava - mais
se tratando da minha situação o correto era seguir em frente. – primeira parte
do enigma desvendado, continuava lendo – você passará por terrenos nada planos
– estrada de terra? – Lembrava que Augusto tinha lhe falado em Chácara – mais
antes terá que encontrar uma árvore, difícil não é? Tendo tantas pelo caminho.
Mais essa é especial, não custa nada pedir informação, caso encontre alguém
pelo caminho dos pinhais. Lá terá a próxima pista – Caminho dos Pinhais?
Estrada de terra, caminho dos Pinhais, deve ser esse o lugar. – liga o carro e atravessa a via
parando no posto de gasolina.
- Moço – chamava o frentista –
Boa noite – já estava escuro – sabe me informar como eu chego no Caminho dos
Pinhais? – o rapaz era jovem e parecia desinformado.
- Sei não moça, nunca ouvi
falar, mais eu sou novo aqui.
- Ótimo. – sussurrava.
- Mais eu vou perguntar aqui –
corria prestativo enquanto Cecilia aguardava impaciente, nunca pensou que uma
pessoa pudesse ser criativa a tal ponto como Luan estava sendo. O rapaz vinha
dessa vez com um Senhor, também frentista.
- Noite! – cumprimentava – a moça
tá procurando o Caminho dos Pinhais.
- Isso!
- Nossa, fazia tempo que eu não
ouvia esse nome – o senhor ria.
- Porque? – ela pergunta
curiosa.
- Porque esse caminho não existe
mais – ótimo Luan tinha lhe dado a informação errada mais o Senhor continua
explicando – bom, era uma estrada que dava em várias fazendas, Chácaras e tanto
de um lado, como de outro tinha uma floresta de Pinhais, ai o lugar ficou
conhecido por esse nome.
- E a floresta não existe mais?
- Bom, o Ibama tenta reconstruir
ela já faz um tempo, mais o problema é que virou propriedade privada ai fica difícil
né moça?
- Mais não sobrou nenhuma
árvore? – perguntava curiosa, pois no envelope falava-se de uma árvore apenas.
- Só uma, que ficou na beira da
estrada por não pertencer a ninguém.
- Como eu chego lá?
- A moça quer ver uma árvore a
essa hora da noite? Pode ser perigoso – advertia.
- Não, é que eu preciso chegar
numa Chácara e é por esse caminho – bom, torcia para que fosse.
- Ah, então a moça faz o
seguinte, vai seguir em frente e no quilômetro 160, já de longe vai ver uma
árvore enorme sabe? Conhece um pinheiro né? – ela fazia que sim, sabia que o
Pinheiro do Paraná não era que nem muitos pensavam, iguais a uma árvore de
natal, sua copa era extensa e redonda. – pronto chegando lá você vai encontrar o
caminho.
- Obrigada – dava partida e
seguia em frente, mais 100 quilômetros – pensava – chegaria tarde isso se
conseguisse achar. Provavelmente a pista estaria nessa árvore, ligou na rádio
mais a medida que se afastava da cidade o sinal ficava péssimo. Então resolveu
se concentrar em Luan, no que ele já tinha lhe proprorcionado com o Sebastian,
com as flores e tudo o mais que poderia acontecer nessa noite. Sim, ele era perfeito.
Sob a luz da lua que começava a despontar no céu enxergou a árvore gigantesca,
parou no acostamento e dessa vez não tinha a quem recorrer, nenhum sinal de
vida humana por perto, no tronco da árvore antiga estava preso mais um
envelope, com mais medo entrou dentro do carro e o travou depressa: - Não
aguento mais esperar você, seja rápida certo? Lembra o que tem que fazer agora?
Ou quer desistir? – ela pensava nos outros envelopes, desistir significava
seguir em frente, observa ao lado da árvore e enxerga a velha estrada de terra:
- Não tenha medo, deixa as estrelas te guiarem até mim. Te espero. Luan.
Seu coração acelerava, mais
olhava o céu e as estrelas ainda não tinham aparecido, de que estrelas ele
falava? Depois de alguns minutos andando devagar e com cuidado sob o terreno
cheio de buracos, entendeu o que Luan queria dizer, eram estrelas, bom várias
luzes em forma delas iluminado o caminho de ambos os lados, aos sorrisos
imaginava o trabalho que tiveram pra fazer aquilo, o caminho era extenso mais
em poucos minutos ela parava em frente a uma propriedade de muro alto e de
portão largo. Alguém vinha abordá-la.
- Boa noite – um rapaz bem
vestido lhe cumprimentava – Cecília não é? – ela concordava – queira descer por
favor? Eu guiarei a senhora a partir daqui – ela descia perplexa e ele tomava –lhe
a mão.
- Meu carro – lembrava.
- Vamos nele, apenas quero que
ponha isso – entregava-lhe uma venda, ela a coloca sem pensar duas vezes e deixa-se
guiar pelo jovem rapaz, ele abria a porta do carona e ela sentava, ouve o bater
da porta e o barulho do motor ao dar partida, o carro andava devagar, pelo
movimento fazia uma curva para a esquerda e parava – aguarde um minuto. – o rapaz
batia a porta e segundos depois a sua era aberta, ele não disse nada mais mesmo
assim entregou-lhe sua mão, impossível não reconhecer aquele toque.
- Luan? – falava entre sorrisos
e levando a mão a venda.
- Hey, hey! Não pode tirar ainda
– Luan advertia.
- Até quando?
- Só alguns minutos – falava no
seu ouvido – você está linda. – segurava forte sua mão.
- Já não bastava as surpresas de
hoje ainda mais essa? – caminhavam com cuidado.
- Não gostou?
- Não! Tá tudo perfeito Luan! Eu
amei tudo.
- Até a brincadeira das pistas? –
falava receoso.
- Muito criativa! Me senti em um
filme romântico americano onde tudo isso pode acontecer – falava empolgada.
- Me lembre de agradecer a Bruna
por isso, eu não tinha concordado sabe? Achei que não conseguiria achar –
falava a parando e virando-a em sua direção.
- Assim você duvida da minha
capacidade Lu. – sorria.
- Do que me chamou?
- De Lu – dá de ombros – não gostou
da abreviação?
- Adorei!
- Vai tirar essa venda ou não?
- Calma – fala entre seus lábios
– pra que pressa? Temos a noite toda.
- Mais de nada me adianta ter a
noite toda se não posso ver o que realmente vai tornar essa noite especial –
bastou ela terminar de falar isso pra Luan não resistir e beijá-la, um beijo
urgente, como se precisasse dele pra sobreviver a tomava pelos braços e sem ela
perceber ele soltou uma das mãos e desamarrou sua venda, sendo seus olhos a
primeira coisa que tomou sua visão.
- Pronto! Espero que goste –
abria os braços e mostrava o ambiente – bem vinda a minha Chácara.
- É linda – falava encantada –
percebeu que atrás de Luan tinha o caminho que foi percorrido por eles, todo iluminado
com as mesmas lamparinas em forma de estrelas, a fazenda era de uma grama verde
e tinha uma piscina enorme cheia de bolas brancas e douradas sob suas águas, ao
lado uma mesa com frutas, comida japonesa, bebidas, pratos e talheres, e logo
atrás um monumento que enchia sua visão, a casa de dois andares trabalhada em
vidro e madeira rústica, misturando o clima de fazenda com a modernidade das
edificações, muitas plantas e uma escada que dava como entrada até a casa, no
seu corrimão de ambos os lados brilhavam pequenas luzes guiando mais um
caminho.
- Gostou? – Luan a abraçava por trás
dando um beijo de leve na sua nuca, ela adorava aquele perfume suave que ele
usava, se existia um vicio qual não poderia viver era o seu cheiro.
Ela virava o encarando: - Amei! –
observava o figurino de Luan, vestia calça escura e seu velho e inseparável
tênis, uma camisa branca de botões por baixo, uma gravata preta que combinava
com seu colete, e para não perde seu estilo jogou uma jaqueta azul chumbo por
cima. Estava perfeito.
- Que bom, eu não sabia muito o
que fazer e recorri aos amigos! – admite – tudo menos o Sebastian, foi ideia
minha. – Falava orgulhoso.
- Eu amei o Sebastian, e espero
que ele não encontre os meus sapatos – os dois riem.
- Labradores são comportados –
defende.
- Não acho que filhotes sejam,
ele já começava a trabalhar com os sapatos do Augusto quando eu estava saindo
de casa.
Luan olhava pros seus tênis: -
É...quando eu for visitá-lo irei de chinelo – riam alto.
- Bom, você tá com fome?
- Acho que ainda é cedo! Pode me
apresentar sua fazenda!
- Garanto que ela é mais linda
durante o dia!
- Não importa, estando com você
qualquer lugar fica mais bonito – suas bochechas ficavam num leve tom vermelho.
- Bom, então vamos lá – dava-lhe
o braço e seguiam pela propriedade iluminada por várias estrelas brilhantes.
Luan mostrava cada cantinho, não era grande ao tamanho de uma fazenda,
realmente era pra seu descanso, um espaço pra fazer churrasco com os amigos, um
mini campo onde jogava bola, uma sala de jogos com várias sinucas e videogame,
o que chamou a atenção de Cecília, quando Luan explicou que era viciado em
jogos e que algumas vezes perdia pra Bruna, tinha um jardim que ele ressaltou
que era cuidado por sua mãe.
- Pronto, acho que acabei –
sentavam em um banco de madeira, de frente a uma fogueira que ainda não estava
acesa.
- Faltou a casa – aponta.
- Ah, não pode entrar lá ainda.
- Porque não!
- Só depois – ele a puxava pro
seu colo beijando-a, ela entendia esse depois.
- Eu acho que depois desse tour
eu realmente estou com fome. – ria entre lábios.
- Que ótimo, porque eu estou
desde que cheguei aqui, mais a Bruna não me deixava comer nada – falava decepcionado.
- Humm, a Bruna é fogo viu?
Matando meu amor de fome? – ele adorava quando mimavam ele – o que temos de
cardápio?
- Comida Italiana!
- Pensou em mim?
- É, bem...eu gosto de comida
japonesa, mais não podia esquecer de você, então escolhi a comida Italiana, só
acho que não é igual aquele trem que comi na sua casa, o nome deve ser menos difícil.
– ela ria alto, Luan era tão natural.
Caminhavam de volta a piscina,
no espaço que foi transformado especialmente para ambos, dois garçons serviam
eles, o prato da vez depois de uma entrada de salada e legumes ao azeite foi Spaghetti
a Puttanesca. Era um tipo de
macarrão envolvido em um molho de tomate e outras especiarias, continua lascas
de camarão, seguido por azeitonas, alcaparras e anchovas.
A mesa ao lado também estava cheia de especiarias
Italianas, pastéizinhos doces e salgados, bolinhos e doces, muitos doces.
- Gostou? – falava tomando um gole de vinho.
- Perfeito. Quando vai parar de me surpreender?
- Que tal irmos lá na fogueira? – essa era a deixa
para as pessoas que tinham organizado o jantar irem embora e deixarem a casa só
pra eles - Com direito a vinho, voz e violão – completava.
Seguiam de mãos dadas e levavam uma garrafa de
vinho, Luan pegou uma manta e deu-lhe para aquecer, estava frio. Sentados lado
a lado ele pega o violão e começa a tocar, algumas músicas do seu repertório, outras
de outros artistas, mais o que encantava Cecília não eram as canções, o
ambiente, a voz, mais sim todo o conjunto, nunca esperava que o menino de
cabelo arrepiado e que cantava sertanejo fosse tudo o que ela esperava, de
verdade acreditava que ele era mais um, que queria aproveitar a vida e sua
fama, mais ali a sua frente estava um menino de interior, simples, cheio de
preceitos familiares, a moda antiga que ainda dava flores e falava de amor.
- Sempre foi assim? – interrompia Luan.
- Assim como?
- Romântico?
- Nem sempre, mais você me faz querer ser, já começo
a trabalhar na nossa música! Quer ouvir um trecho?
- Não, não! Quando estiver pronta, por enquanto
quero ficar assim abraçadinha com você – ambos olhavam a fogueira que acabava
de queimar.
- Eu tenho algo pra te dar – falava no seu ouvido.
- O que mais pode ser? Eu já tenho em meus braços
tudo que preciso. – sussurrava.
- É muito bom ouvir isso! – fala satisfeito – você sabe
que por mim eu já assumiria tudo e...
- Ainda é cedo – admite.
- Exatamente por isso que comprei algo pra você –
entregava-lhe uma caixinha –abre.
Ela já suspeitava o que fosse, ao abrir a caixa
dentro dela tinha um anel dourado, ele era grosso, lembrando o formato de uma
aliança e em cima dele tinha algumas minúsculas pedras cravadas fazendo um
desenho lindo e peculiar, dando a peça um ar glamuroso.
- É lindo. – agradecia encantada.
- Entende o que significa?
- Compromisso – morde o lábio.
- Eu pensei em comprar um pra mim também, mais
imagina a repercussão? – tirava o anel e colocava no seu dedo – essa é nossa
aliança, dentro dela tem meu nome gravado junto do seu, pra mostrar que estarei
sempre com você.
- Luan eu...
- Xi, escuta por favor? - ela concorda – Eu nunca senti isso por
alguém e sei que estou me precipitando demais, só que eu não consigo controlar,
eu quero dizer ao mundo que você é só minha, que eu estou com alguém, que a amo
muito que me faz feliz, me faz sentir leve, e está me mostrando o lado bom do
amor de novo, não sabe o quanto é bom ter você 24 horas ocupando meus pensamentos,
me pegar pensando no seu sorriso, no que está fazendo, se está bem, sonhar com
você é acordar riscando mais um dia no calendário, diminuindo a distância em te
ver, essa pessoa é você e minha vontade é gritar aos quatro cantos do mundo, eu
entendo seu lado, que precisa de mais tempo, só que essa aliança de compromisso
me dá um certo conforto em relação a nós, não que eu não o tenha, mais é a
forma mais tangível de me prender a você, o começo do nosso para sempre. – ria desconcertado.
O que dizer depois de tudo aquilo? Ele simplesmente
a deixava sem palavras e apenas conseguiu repetir: - Para sempre Luan. – seus olhos
queimavam nos dele, num movimento rápido ele a toma pelos braços, ouviram o
barulho da taça de vinho cair na grama mais não se importaram, estavam ocupados
demais com o beijo, fechou os olhos e apoiou a cabeça em seu peito, Luan
caminhava com ela nos braços, sendo apenas perceptível o barulho frenético dos seus corações e dos
passos urgentes do seus sapatos na grama,
subiu as escadas sem nenhuma dificuldade, com o pé empurrou a porta e ela
deslumbra aquele ambiente, a sala era moderna nada comparado ao estilo fazenda,
diferenciando de uma lareira que tinha ao centro, estava ornamentada pequenos arranjos
de vidro que no seu centro brilhavam com luzes vermelhas que se estendiam por toda
lateral da escada em nenhum momento ele a pôs no chão, subiu mais alguns
degraus e entrou por um corredor longo onde tinham várias portas , na terceira
do lado esquerdo parou e a colocou no chão.
- Isso não é justo – ela falava entre seus lábios –
eu nem tive a oportunidade de conhecer a casa direito – zombava.
- Mais vai conhecer a parte mais interessante, meu
quarto.
- Humm, isso é muito interessante sabia? - com sua mão rápida destranca a porta e
entra aos beijos num ambiente totalmente decorado com velas, rosas e tecidos
vermelhos, alguns incensos queimavam num canto, o aroma era doce.
Luan não perdia tempo, tinha pressa, pressa em tê-la
em seus braços, em provar os seus beijos, seu corpo, a maciez da sua pele, e tê-la mais uma vez só sua.
Com as mãos ágeis desfazia-se da sua blusa e da dela
ao mesmo tempo, a respiração acelerada e sôfrega se intensificavam quando
deitou sob seu corpo, ambas as faces eram uma mistura de desejo, de fome um do
outro e de alegria, em meio as carícias era possível identificar a linha de um
sorriso que se formava por viver aquele momento. Eram totalmente dependentes
daqueles beijos. Gemidos, sussurros e suor. Dois corpos bailavam formando
apenas um, Cecília prendia-se a Luan, puxando-o para mais perto pra diminuir
qualquer espaço que ainda existisse entre os dois. Luan a encarava nos olhos,
segurando sua cabeça e a puxando para mais um beijo, era difícil de escolher o
que mais gostava nele, se era seu cabelo bagunçado e suado grudando nas
laterais do seu rosto, se era seu olhar a mergulhar nos seus quando sussurrava “eu
te amo” ou seu peito nu, forte e quente repousando sob o seu. Fogo, desejo,
satisfação e cansaço consumiam os dois.
No final restaram dois corpos nus, suados e unidos.
Não existia vergonha, timidez, pertenciam um ao outro e apenas aquilo
importava, Luan enchia Maria Cecília de beijos, tocava lentamente seu pescoço
com os lábios, descendo por sua clavícula e colo, era a melhor tortura que ela poderia
sentir. Deitada sob seu peito nu Luan brincava com sua aliança, única peça que
a vestia naquele momento. Silêncio. Não precisavam ser proferidas inúmeras palavras,
declarações, o que acabavam de vivenciar calava tudo, e explicava tudo,
nasceram um pro outro.
Lá fora caia uma leve chuva insuficiente para acabar
com o sol que queimava lá dentro.
- Já te disse que adoro chuva? – Cecília perguntava
contra seu peito.
- Acho que sim – continuava brincando com seu anel –
também gosto de chuva.
- Ela deve te deixar lindo – falava olhando nos
olhos.
- Como assim? – não entendia.
- Adoro quando seu cabelo tá assim, natural, grudado
na pele como quem está embaixo de uma chuva, fico imaginando... – calava.
- Eu gosto de você no sol – Luan também falava –
seus olhos ficam mais vivos, parece um anjo com os cabelos loiros brilhando ao
vento.
- Estou longe de ser um anjo Lu. – o abraçava forte –
meu histórico não é dos melhores.
- Se importa em ser o meu anjo? – a defende – você não
se vê com clareza Maria Cecília.
Ela ri da colocação de Luan: - Garanto que comecei a
ficar melhor a exatos trinta dias, acho que esse papel de anjo está invertido. –
beija sue peito nu causando leves arrepios em Luan.
- Você precisava de alguém que te botasse rédeas
curtas muié – começava a brincar com ela – ai eu apareci!
- A é? Senhor coronel! – ela reclama e Luan ria
alto.
- Tô de brincadeira amor! Cê sabe que eu te amo né?
- Sei sim bobo! Como vai ser daqui pra frente? – ela
perguntava.
- Iremos comemorar mais um mês, depois mais outro,
depois mais outro, e mais outro...pra sempre! Claro até você achar a hora certa
e nos assumir –fazia bico.
- Quando chegar você vai saber – abraça seu mundo.
- Espero que não demore, não quero te perder
Cecília, sabe? A cada vez que eu vou embora é como se eu não fosse mais te ver,
fosse te perder, fico angustiado, não quero ficar longe de você, nunca.
Ela pensava na viagem na Inglaterra, será que Luan
adivinhava alguma coisa? – Você não vai me perder Luan, nunca. Eu prometo, e
esperaremos mais uns meses tá? Até podermos assumir sem nenhum problema pra
você, nem pra mim. A sombra da Paloma tem que desaparecer.
- Você sabe que eu não me importo – rebate.
- Mais eu me importo, seus pais se importam, sua
equipe, suas fãs daqui de Londrina, seus amigos – enumerava – não vamos
discutir sobre isso tá? Vamos viver o agora, o futuro vem com o tempo.
Luan respira fundo e aceita: - Tudo bem – afagava seus
cabelos e por alguns segundos se concentram na chuva lá fora – o que a poeta
diria pra esse momento agora?
Ela ri, adorava saber que Luan gostava de suas
palavras: - Não espere muita coisa, você
consegue tirar todo meu raicocinio.
Ele começa a beijá-la mais uma vez e percebe o
efeito que tinha sobre ela, rindo no final: - Isso é golpe baixo Luan! Vai me
deixar dizer? - ele a puxava pra perto
de novo e beijava-a mais uma vez, Luan gostava de provocar - Bom, pelo menos de
alguns segundos pra eu recuperar meus sentidos.
Ele dá sua risada mais engraçada do mundo e
concorda: - Tá bom, vai. Eu não faço mais isso, bom, enquanto não me falar
claro.
- Bobo – Luan aguardava suas palavras
- Depois disso tudo que vivemos agora, de estar com
você, sentir você, seu cheiro, sua pele, ouvir sua voz a pé do meu ouvido
dizendo que me ama, que sou tudo que sempre quis, eu tenho, tive e sempre terei
total certeza de que eu não quero que você saia da minha vida. Permaneça sempre,
sempre e sempre. Porque eu te necessito, perto, longe tanto faz desde que eu
saiba que está comigo nada mais importa. Meu mundo é você, se me pedir pra
escolher, sempre vai ser você, a pessoa que me deu sentido, me trouxe de volta
e pela qual eu me lapido todos os dias,
eu não me imagino mais sem você – encosta sua testa na de Luan e enrosca
seus dedos em cabelo – só peço um pouquinho de paciência comigo meu amor, em
breve estaremos juntos pra todo mundo e todos saberão o quanto somos felizes,
esse é o preço que tenho que pagar por ter sido infantil e irracional, só mais um tempo – suplica.
- O tempo que for preciso, por você vale a pena
esperar, mais quem mandou se apaixonar por um impaciente hein?
- O impaciente mais lindo do mundo. Eu te amo.
- Eu também te amo.
Já dizia a poeta: “O amor vai
até onde tem que ir. Até onde os dois quiserem. Até onde se propuserem a lutar.
O amor dura para os fortes, para os que não têm medo de passar por obstáculos,
por rotina, por empecilhos, por dificuldades e, também, por infinitas
alegrias.”
Amar é para os fortes, e ali abraçados e apreciando o barulho da chuva estavam
duas pessoas que já declaravam total e dispostos a lutar pelo que sentiam.
Obstáculos viriam, rotina, empecilhos, dificuldades fazem parte de qualquer
coisa nas nossas vidas, mais a vontade de querer, de ter e de lutar pelo que
queriam e pelo que sentiam eram mais fortes que tudo. Porque a batalha estava
só começando.
CONTINUA...
Espero que tenham gostado amores!!
Adoro o Luan romântico! s2
Mais vou logo avisando, agora as coisas não vão ser fáceis pra esses dois!
Querem saber o que vai acontecer?
AGUARDEM próximos capítulos!
Beijos! ;**
@_Vanesssaa_
P E R F E I T O !
ResponderExcluirAcho que é a única palavra que resume esse capítulo tão lindo, tão maravilhoso e tão cheio de amor, é perfeito ver esse amor desses dois, esse fogo e paixão, é uma coisa única que só eles tem e entendem, tudo tá lindo demais *-*
Esse capitulo ta lindo demais *-* Realmente parece um filme romântico americano..Perfeito! Tô achando o Arthur tão quieto "/ Será que ele tá aprontando?? Ansiosa pro proximo capitulo ;)
ResponderExcluirAna Cristina (@Cris_Luanete)
Super parece um filme romantico americano amor, to amando muuuuuuuito, parabens. Beijos @LSmeuamoor_
ResponderExcluirGZUIS DO CÉU AMADO! QUE COISA MAIS LINDA!!!!
ResponderExcluirQUE ROMANTICO, PERFEITO!!! LINDO CAPITULO!!!!
CADA DIA VC ME SURPREENDE MAIS, VANESSINHA!!!!
OWNT, ELA CHAMOU O LUAN DE LU *-------------------------*
OLHA...SENSACIONAL!!!!! FALTAM PALAVRAS PARA DESCREVER A GRANDEZA DESSA HISTORIA! OS DETALHES TÃO REAIS !!!!
LIMDIMAIS!!!!
=D
BEEJO LOIRA***
NAAH NEGREIROS
Nossa! Posso resumir todos os capitulos em apenas uma palavra: PERFEITOS! Vanessa te acompanho desde a primeira fanfic e confesso que chorei horrores com o que a personagem "Vanessa" passou mas em compensação também suspirei, ri, me apaixonei, fiquei com raiva e torci e torci muito para que desse tudo certo no final, e deu! E agora com a Maria Cecília não será diferente! Nunca tive oportunidade para te dizer por que na outra fic eu não comentava mas adoro o teu jeito de escrever e como você mexe com as nossas emoções! é simplesmente incrível! Quem dera eu escrever como você! shuahsuhaushuahsua Que essa fic seja um sucesso como a outra foi! Torcendo por você "Nessa" (se me permite chamá-la assim). Prometo me fazer comentaria mais acidua daqui, é que o tempo é curto... Beijos e como você mesma fala, Paz & Bem! ;D @Semvceumorro_LS
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