Dizem que o amor não deve ser
mantido em banho-maria, pois suas chamas de amor e encantamento se esvaem nesse
leve cozinhar, mais pensavam o contrário, era nesse leve cozinhar que se
mantinham, quando a chama é alta o líquido evapora rápido demais e não queriam
isso, a intensidade era dosada aos poucos, amadurecida e fortalecida com o
tempo.
Luan já conhecia tudo sobre ela,
suas manias, suas reações a algumas situações, sabia que ela gostava de cafuné,
carinhos perto da nuca, coisas bobas que a fizessem sorrir, mais numa lista de
zero a dez ele enumerava como número um
cantar ao seu ouvido, como ela chamava “seu show particular”.
As pessoas da sua equipe, salvo
Arnaldo e Rober não sabiam de fato o que acontecia, na verdade não esperavam
que durassem juntos mais alguns dias, era fogo de palha de Luan – pensavam -
ilusão deles, porque nessa noite Luan preparava algo especial. Seu maior
confidente passou a ser seu pai, e se tinha o apoio dele o mais nada importava,
contou a verdade sobre Cecília, tudo o que passou e confessava que foi de
grande ajuda para “comover” Amarildo e apoiá-lo.
- Pai, eu quero fazer uma
surpresa, sei lá, levá-la a algum lugar diferente e...
- E?
- Assumir de vez! – falava
impaciente.
- Filho, você sabe o que ela
acha e temos que admitir que é o certo – ressaltava.
- Mais estamos fazendo um mês! –
pra ele já era bastante tempo.
- E ainda é cedo! Leve-a a algum
lugar especial, onde possam jantar, aproveitar a noite só os dois, comemorar esses dias e pedir que continuem
amadurecendo para poder fazer isso da maneira certa. Você tem pressa mais não
custa nada esperar mais uns meses! – tocava em seu ombro.
- Uns meses?
- Você quando quer lançar um
projeto novo, como esse seu CD – citava como exemplo – por um acaso deixa ele
pronto em três dias?
- Não!
- Porque?
- Porque requer tempo pra ficar
perfeito, compor as músicas, os arranjos...
E o seu pai lhe dava um dos melhores
conselhos: - O amor também requer tempo filho, tempo para amadurecer mesmo
quando achamos que já é hora, tempo pra resistir, pra se amar mais, aprender,
enfim, tantas coisas que poderia citar. – Luan compreendia pois era a mesma
coisa que Cecília achava – isso não envolve só você, é a privacidade dela que
está em jogo, lembra das fotos após o show? – Luan concordava – as pessoas já
esqueceram – fazia aspas – você está acostumado, e ela tá tentando se
reconstruir, me entende?
- Você quer dizer que ela
precisa ser vista de outra maneira pra ficar comigo?
- Acho que é isso que ela tenta
fazer e nunca te falou e é muito nobre não querer prejudicar sua imagem, não
para o resto do Brasil, mais aqui em Londrina, indiretamente esse é o preço que
ela paga, imagina o quanto é difícil pra ela?
Luan concordava, lembrava que
ela tinha ficado com vários caras entre eles alguns amigos seus – Tudo bem pai
– o abraçava – valeu pelos conselhos e eu vou fazer isso.
- A surpreenda filho, um jantar
em algum lugar especial, diferente do tradicional é uma boa dica.
Luan já se preparava pra
procurar Bruna e Augusto, talvez até Bia ajudasse com essa empreitada, era
difícil morar a anos numa cidade e não conhecê-la alem do Condomínio Royal.
Já fazia dias que tinha entrado
em contato com eles, Bruna se reuniu com Bia e pensou em algo diferente, algo
fora de Londrina, fora do Brasil, onde pudessem andar de mãos dadas, saírem a
noite sem problema algum. Bruna sonhava demais e encontrou o problema ao
conversar com Luan.
- Eu só tenho dois dias de folga
e ela trabalha Bruna! – Luan reclamava com a irmã, ambos discutiam em seu quarto o
que fazer para comemorarem, ele irritado porque já devia ter algo pronto e ela
lhe aparecia com uma viagem ao exterior.
- Você tem um avião! Qual o problema?
Argentina é logo ali.
Luan ri alto: - Olha, eu vou
ligar pro Augusto, ele vai ajudar vocês... – pega o telefone não aceitaria a
ideia de Bruna.
- Você é um chato! Chama a gente
pra surpreender ela e quando damos uma ideia super Top não aceita! – estava
revoltada.
- Sou realista Bruna! Claro que
eu queria passar vários dias com ela – pensa na possibilidade – mais não dá,
ficamos por Londrina certo?
Ela toma o telefone de suas
mãos: - Deixa o Augusto com a parte de não deixar a Cecília desconfiar – pelo
tom da irmã ela já tinha pensado no que fazer – a Cecília sabe que você tem uma
Chácara?
- Sim Bruna – responde sem
entender – eu até pensei em levá-la quando a mãe soubesse – se toca – a Chácara!
- Isso! Ela é linda, totalmente
tranquila, podem fazer uma fogueira, tomarem banho na piscina, um bom vinho,
agora o problema é alguém pra preparar o jantar, tem que ser especial!
Luan se empolgava: - Fala com a
Bia, ela contrata alguém que cozinhe, ou uma equipe, não sei! – ele adorava a
ideia – comida Italiana, é a preferida dela – pensava – mais também comida
japonesa, pra mim claro – Bruna virava os olhos.
- Hey, hey, hey! Mais temos que
decorar o ambiente, fazer alguma coisa romântica, luz de velas, lamparinas,
coraçõezinhos – Bruna também viajava - isso não é fácil Luan!
Ele a olhava sem entender nada
de decoração: - Você gosta de organizar essas coisas, então tem meu passe
livre, vou ligar no Augusto pra ele ajudar vocês, vou assinar algumas folhas de
cheque e te entregar tá? – falava levantando, iria embora e quando voltasse
seria com a surpresa.
- Seja mão aberta Luan –
ressalta.
- De quanto você precisa?
- Precisamos ornamentar a
Chácara toda então...
- Espera! – se assusta – toda?
- Você vai gostar Luan, e
podemos passar pro quase toda ok? – o
acalmava.
O quase acabou sendo todo de
qualquer forma, durante a semana Luan falava com os três, Bia tinha conseguido
uma equipe pequena de três pessoas pra preparar o jantar, também junto com
Augusto verificou outros pra ornamentar a fazenda, no mínimo a entrada e a área
da piscina, o que Bruna fez bico pra isso, não abrindo mão de ela mesma
preparar o quarto dos namorados. Foi o que disse a Luan, porque tinha guardado
uma das folhas de cheque escondido pra isso, a mesma equipe da decoração tinha
um departamento que era muito requisitado na época do dia dos namorados em
alguns hotéis, ornamentavam tudo com incenso, velas, pétalas de rosa, bebidas e
foi nisso que Bruna se dedicou.
Desde que Augusto tinha lhe
falado aquilo Cecília começava a desconfiar que alguma coisa estava acontecendo
e se tinha Bruna envolvida, pelo pouco que conhecia seria de surpreender. Bia a
questionava durante a semana suas cores, aromas,e pratos preferidos. Luan
sempre que ligava tinha voz de suspense, de algo a esconder e também de
esquecimento, fingia não lembrar o que eles comemorariam.
Luan estava nervoso, queria que
tudo desse certo e saísse perfeito, Cecília acreditava que ele estaria chegando
a noite, foi isso que ele contou pra ela, mais mal sabia ela que Luan já se
encontrava em Londrina. Já vinha tratando disso a dias, ele poderia ser lento,
demorar a entender as coisas ou ouvir e não absorver a metade do que lhe
diziam, mais em questão de datas ele tinha uma excelente memória, um mês. Um
mês que estavam juntos, que passaram um dia incrível naquela cachoeira, que
trocaram juras e não fizeram promessas, apenas que iriam se conhecer e viver o
momento até um dia assumirem, coisa que por ele já deveria ter acontecido.
O dia de segunda amanheceu
totalmente tranquilo e com uma surpresa, Luan lhe acordou antes do despertador.
- Alô – atendia com voz de sono.
- Oi dorminhoca!
- Ainda são cinco da manhã
sabia?
- Hey, só liguei pra dizer que
te amo – o sono todo que sentia se esvaia nesse momento – e que hoje faz um mês
que estamos juntos – sorria bobo.
- Pensei que tinha esquecido por
esses dias – falava sentida.
- Mais a noite estarei com você
aí, juntinho!
- Espero que o dia passe rápido
– admitia.
- Mais isso não impede de
lembrar de você sempre e sempre, levanta e vai ver o que tem na sua porta.
- O que você está aprontando?
- Só espero que goste - falava aumentando o suspense – e que cuide
bem dele.
- Dele? Espera! Luan?!
Tinha desligado. Ainda de roupa
de dormir saiu as pressas batendo a porta com força do seu quarto e descendo a
escadas literalmente voando. Abriu a porta, atravessou a garagem e o jardim que
ficava a frente, seus pés eram urgentes e não se importou de correr pela grama,
batendo a perna impaciente esperando abrir o portão lá estava uma cesta com um
laço de fita vermelho na sua aste, os panos que forravam seu interior também
eram vermelho, enquanto caminhava pensou em inúmeras coisas, cesta de café da
manhã? Chocolate? Mais ao se aproximar percebeu que seus pensamentos estavam
todos errados, dentro da cestinha com um bilhete ao lado estava um filhote de
cachorro labrador que olhavam pra ela com os olhinhos mais lindos do mundo.
- Um cachorro! – pegava o
pequeno animal em suas mãos, ela tinha comentado um dia com Luan que sempre
quis ter um bicho de estimação, seu “sonho de criança”mais seu pai e Arthur
nunca foram de acordo.
Ainda com o bichinho nos braços
pegou o bilhete que estava escrito em punho:
“Bom dia! Espero que ele seja
bem vindo na sua casa, ele ainda não tem nome, mais acredito que terá o melhor
de você! Realizado o seu sonho de criança?”
Olhava na rua e não tinha nenhum
vestígio de carro, pessoas, estava tudo vazio. E agora? Um filhote em casa? Não
era mais criança e sabia que daria um trabalhão – olha aquela criaturinha mais
uma vez: - Você é tão lindo sabia? – acariciava o bichinho enquanto ele fechava
os olhinhos escondendo a cabeça em seu braço – qual será seu nome hein? Já sei!
Vou perguntar a alguém que possa me ajudar –pega o seu celular do bolso do
moletom e disca, chama por três vezes até Luan atender.
- Alô? – parecia que já estava
acordado.
- Bom dia! – escuta barulho – tá
onde?
- Tô dirigin... – para – to no
hotel, embarco ao meio dia – ri desconcertado.
- Ah, acabo de receber seu
presente! É lindo!
- Cê gostou? – falava bobo.
- Sim, mais to pensando se posso
ficar com ele – falava em duvida.
- Não aceito recusa, realizei
seu sonho não foi?
- É Luan, mais...
- Ah e tem ração na cestinha –
ela olhava e via o saquinho – é ração pra filhote tá? – ele ressaltava – ele
ainda toma leite mais isso você cuida, e mais tarde deve tá chegando a casinha
dele.
- Casinha?
- Claro, ele é novinho mais pode
deixar ele na garagem pra não passar frio – Luan arquitetava tudo – ele é
vacinado, tudo direitinho e já tem consulta marcada no veterinário.
- Ah, então eu vou ter que levar
ao médico?
- Claro, e as consultas são por
minha conta. – ria – iremos cuidar em conjunto.
- Tá, mais não vai ser essa
coisa fofa que vai roer seus sapatos, fazer xixi na sua casa e latir a noite
todinha no sue ouvido.
- Eu sei o que e isso, aqui em
casa tem um, mais esse é nosso!
- Espera, espera! Não era meu?
- Que seja!
- Isso tá mal distribuído, eu
vou ficar com o trabalho pesado já você?
- Podemos morar juntos pra
cuidar dele – ela ria com a ideia.
- Luan, ele não é uma criança,
bom, tecnicamente, mais dá trabalho como uma!
- Ah, você gostou ou não? –
pergunta impaciente.
- Amei! – admitia – e eu vou
ficar com ele tá? É lindo!
- Eu sabia que ia gostar, eu
mesmo quem o escolhi a uns dias!
- Ótima escolha, é lindo! Mais
tem um problema!
- Mais um?
- Como vai se chamar? Já que
tecnicamente é nosso? – mordia o lábio, o cachorrinho aconchegava-se em seus
braços em um pequeno ninho.
- Pensei que fosse melhor que
eu!
- Quero sua ajuda, mais já tenho
algo em mente.
- Fala então ué!
- O que acha de Galileu?
- Galileu? Não é nome pra
cachorro! Gosto de Pipoca!
- Pipoca não Luan! Muito feio, e
ele é calminho, tem cara de Sebastian.
- Porque essa mania de colocar
nome de gente hein?
- Gostou do Sebastian?
- Gostei!
- Então vai ser Sebastian –
acariciava o animalzinho – bem vindo a sua nova casa bebe! – falava toda
carinhosa.
- Vou começar a ficar com inveja
desse cachorro!
- O Sebastian é lindo e deve tá
com fome, vou cuidar dele tá? Te ligo mais tarde.
- Hey, hey, já me trocou por
ele? Nem um beijo de parabéns amor pelo nosso mês juntos e que venham outros e
essas coisas mais que casais costumam dizer? – ficava ofendido.
- Você pode ter isso pessoalmente não acha?
- Se continuasse Luan faria a
volta e a encontraria mais uma vez, era tentador demais e consegue se
controlar: - A noite, ou...
- Ou?
- A noite amor, a noite a gente
se vê! Te amo e cuida direitinho do Sebastian – desligava antes que percebesse
que fazia o caminho inverso de volta.
Dentro da cesta tinha ração, uma
mini coleira, um Kit de higiene pro cachorro e os cartões de vacina. Sebastian
era lindo, não parecia uma ameaça ali, e cuidaria dele, seria sua maior
ocupação depois das crianças no orfanato, imaginou que elas não tinham cachorro
e Sebastian seria mais uma diversão quando estivesse maior. Com a cesta na mão
adentrava em casa mais uma vez, mal sabendo ela que o dia apenas começava, e as
surpresas continuariam com ele.
CONTINUA...
Amores nos vemos amanhã no mesmo horário tá?
Bjo!
AAAAAAAAAAAAAAH SEBASTIAN NOME LINDOOO! PERFEITOOO!
ResponderExcluirAi que lindo!!
ResponderExcluirbjs
Simoni
AAAAAAAAAAAAAAAA UM LABRADOR IGUAL AO DO CLIPE TE VIVO *--------------------------*
ResponderExcluirAMOOOOO CACHORROOOOS, UM NA HISTORIA ESTA PERFEITO xD
LUAN EH MTO FOFO, VIU!!!! =D
NESSA, NÃO DEIXA O ARTHUR FAZER MAL PRO SEBASTIAN!!!!
NEM ELE E NEM NINGUEM!!!!! ODEIO MALDADE COM BICHINHO, NEM EM HISTORIAS U.U
Curiosaaa pelas proximas surpresas :)
beejo Nessa***
Naah Negreiros
amando a história, ansiosa pelo próximo cap sei q essa comemoração de um mês juntos vai ser incrível.
ResponderExcluir@LuMyLife.
annnnnnnnnnnnnnnnnw que fofo o Sebastian *-* e to anciosa pra saber oq o lua vai aprontar kkkk, Beijos @LSmeuamoor_
ResponderExcluirAaaanw que coisa mais fofa o Sebastian *-* Melhor presente que o Lu poderia ter dado a ela, lindo demais! Ai do Arthur se machucar ele!
ResponderExcluirAwn que foofo um filhote de labrador, e Luan já ta com ciúmes do Sebastian, hahahahh
ResponderExcluirBom espero que Arthur quando ficar sabendo desse cachorrinho não tente nenhuma maldade com ele, já que foi Luan que deu, né?
E essa noite em? Pelo visto vai ser muito perfeita...
Bjs, @MyOrgulho_LS
nega o capitulo 55 nao aparece :x ... posta de novo amr ... Beijos @LSmeuamoor_
ResponderExcluir