Ela parava a sua frente
recuperando a respiração, Luan permanecia parado admirando-a. Ele já havia trocado de roupa,
seu perfume emanava de sua pele se espalhando por todo o estacionamento – desperdício – Cecília pensava – queria
aquele perfume só pra ela, impregnado em sua pele, nas suas coisas, e logo o
teria, em seu quarto, a ideia a faz sorris timidamente.
Com uma camisa cinza e dizeres
em inglês na cor dourada vestia por cima um casaco preto, calça escura e tênis,
fazia frio e Cecília percebe uma toca azul presa em seu bolso, que não combinava
em nada em seu figurino. Tão Luan. Lembra que ele tinha lhe falado que não era
ligado em combinações de roupa, pra ele vestiu gostou estava ótimo. Ela ri mais
uma vez lembrando disso.
- Hey, o que foi? – ele pergunta
curioso e ela não responde permanecia admirando-o – achei que você não viria.
- Isso é loucura você sabe disso
não é? – ele assente mais parecia não se importar – tá sozinho?
- O pessoal tá terminando de
arrumar as coisas, to só eu e o motorista
- aponta.
- Só você? – ri achando aquilo
impossível.
- Tá bom, o Wellington tá aqui
dentro – admite derrotado – mais em todo caso você não sabe disso tá? Deixa eu
ser normal?
- Impossível mais tudo bem, já
que vamos fazer isso – pega as chaves – vamos logo.
Luan a acompanha até o carro,
pondo a toca e olhando desconfiado pelos lados fazendo-a rir de seu cuidado em
não ser visto, tudo que Luan vestia ficava perfeito, mais gostava de guardar a
imagem daquela noite, de seu peito nu e forte a prendendo em um abraço
perfeito, a imagem de suas mãos, sem anéis, sem nenhum adereço que “tirasse o
seu natural”. Lembra do seu cabelo bagunçado sem o leve arrepiado que tanto tinha
cuidado, seu sorriso de satisfação, de bobagem, de menino arteiro. Tudo nele ao
natural era elevado a mais alta potência do belo, do bonito e da perfeição.
Dentro do seu carro ela virava a
esquina de sua casa quando questiona, com voz de dúvida: - Luan, você sabe que
o Arthur não quer nos ver juntos não é? – pergunta enquanto dirigia quebrando o
silêncio.
- Eu percebi, mais não importa –
mexia curioso em seu porta luvas.
- Luan – parava o carro e
aguardava o portão eletrônico que abria devagar e lento – foi ele quem chamou o
Gusttavo e eu não duvido que ele tenha armado toda aquela encenação, de verdade
o Gusttavo não teve culpa ele foi influenciado e você não conhece o meu
irmão...- entrava com o carro.
- Em outras palavras você quer
dizer pra tomarmos cuidado? – ele pergunta.
- Você tomar cuidado – reforça -
cuidado com o que ele pode dizer, armar entende?
- Eu sempre acreditarei em você.
– afirma.
- Não quero que tome minhas
dores, vocês se conhecem a mais tempo que eu e você conheceu o lado bom do
Arthur que eu nunca enxerguei. Mais caso o sempre um dia acabe...
- Não vai acabar! – acaricia seu
rosto, na garagem estava apenas o carro de Sônia e o dela que chegava agora – e
cara, eu to com medo – sorria nervoso.
- Ah mais não vai desistir – falava
baixinho – ou quer dar com o pé atrás? Que feio Luan! – zombava.
- Eu lá sou homi de desistir
muié! Só to nervoso – ela ria não tão alto, tomava cuidado com qualquer tipo de
barulho, descia e batia a porta do carro devagar, tirava seu salto e pegava na
mão de Luan, pareciam dois adolescentes fugindo no meio da noite.
A casa estava escura salvo algum
abajur aceso, na beirada da escada tinha um móvel com um vaso de flores o qual
Luan esbarrou fazendo um som abafado, ambos pararam e ela começou a rir, Luan
tapou sua boca de leve até ela parar e seguiram ela a frente guiando ele, o
corredor era grande e de várias portas em uma madeira rústica e escura
combinando com o piso da casa. Ela para na última do lado esquerdo do corredor.
- Bem vindo ao meu quarto –
abria junto com o barulho do tintilhar das chaves, dava passagem pra Luan e
acendia as luzes deixando o ambiente totalmente claro. Fecha a porta para atrás de Luan percebia que ele observava o
ambiente.
Aos olhos de Luan o quarto de
Cecília era claro e em tons verdes, muito grande e tinha o seu cheiro, uma
parede no canto era tomada por uma estante repleta de livros, CD’s, fotos e outros objetos, um frigobar de canto, a sua
cama era de casal, quase ao lado uma mesinha de estudo onde ficava seu NootBook e vários papeis, de frente a
sua cama ficava entrada com porta em vidro e madeira branca que dava numa varanda
voltada pro jardim da casa, do lado esquerdo tinha o banheiro e seu Closet, em uma das paredes o quarto
ganhava um quadro em tinta, igual ao do escritório, só que com uma menina
sentada em um balanço de vestido florido, cabelos soltos, olhos claros segurando
uma boneca. Luan parou nele e fixou sue olhar.
Ela o abraça por trás falando
abafado: - Não foi fácil pra pintarem esse quadro, eu odiava ficar parada como
uma estátua – ria – esse foi pintado por minha avó, antes que pergunte.
- Eu já ia perguntar – ri
admitindo.
- O que achou do meu quarto? Só
pra ressaltar você é a primeira pessoa em anos que vem aqui – se afastava
ficando de frente pra ele.
- Nossa, isso é bom – a abraça e
a beija sem muita intensidade, era um beijo terno, sem pressa - eu posso ver?
Suas coisas?
- Tudo bem, se quer perder tempo
com isso – dá de ombros – vou tomar banho, fique a vontade – começava a
desabotoar a sua blusa.
- Isso é tentador demais – morde
o lábio – só que não vai ter graça mexer nisso tudo sem que você me apresente.
Ela respira fundo: - Bom, o
Augusto impôs alguma ordem a você? Tipo, bem vindo ao quarto de Maria Cecília,
lá você vai conhecer seus livros, fotos, objetos que tem grande significado pra
ela mais ignore a sua cama? – Luan a acompanhava no riso.
- Não, é que você esqueceu que
sou curioso?
- Esqueci – tapava a boca
enfatizando sua fala – tudo bem, você por um acaso quer saber se aqui tem
vestígios da Paloma? – alfinete e Luan se entrega com um sorriso – comece pelo
frigobar – indicava – talvez encontre o que procura.
Luan não perde tempo e abre se
surpreendendo: - Mais o que é isso? – apontava uma bandeja com pedacinhos de
alguma coisa seca e colorida.
- Frutas, se olhar direito vai
encontrar água, suco, iogurte. – continuava – não vai encontrar cervejas aqui
Luan, nem cigarros. Acho que as únicas coisas que restam são as roupas – falava
enquanto Luan tomava um iogurte se sujando todo - a Paloma nunca entrou de verdade aqui, apenas
saia e existia lá fora, se tem algo que sempre preservei de mim foi o meu
quarto.
- Você fala tão bonito sabia?
- Tá falando do meu sotaque?
- É não tem o nosso “R” – Luan se
sentia excluído, minimizado, mal sabia ele qie o seu “R” era o mais perfeito de
todos.
- Passei muito tempo fora, só
voltava em casa duas vezes por ano e acho que me esqueci como se fala aqui –
dava de ombros naturalmente enquanto Luan aproximava-se dela e a beijava
novamente olhando-a estranho no fim.
- O que foi?- ela ri ainda saboreando
o iogurte que estava em torno da boca de Luan.
- Porque não fez todas aquelas
coisas normais de garotas que não querem se sujar? – apontava pra sua boca.
- Pra quem tomou banho de vinho
iogurte é fichinha concorda? – sussurra em seu ouvido fazendo-o rir lembrando.
- Bom, continuando o itinerário
aqui estão meus livros - apontava- a
maioria são da literatura brasileira, gosto dos clássicos, outros de temas
atuais, religiosos, da faculdade e...
- Esse aqui é em Italiano? –
apontava um livro grosso e pesado – você leu isso tudo? – ela fazia que sim. O
livro era parte do conjunto de vários que trouxe da época de quando estudava
fora – como se fala eu te amo em Italiano? – pergunta curioso.
- Você quer a forma formal ou
informal?
- As duas – ri.
- Ti voglio bene essa é a
forma formal, mais geralmente é usada aos irmãos, pai, mãe – explicava. - Ti
amo é a informal, a qual dizemos a um namorado por exemplo, o que muda do português
é a pronuncia e a troca do “e” pelo “i”.
- Parece fácil! – ri prestando
atenção na “professora de línguas” – agora como se diz eu te amo em espanhol?
- Você quer uma aula?
- Fala vai! – Luan não tinha
paciência.
- Te quiero – sussurra em seu ouvido – quer aprender em inglês
também? – zomba.
- Não, esse eu sei – beija atrás
de sua orelha causando-lhe arrepios e começa a falar em sue ouvido – I Love You, Ti Amo, Te quiero.
-
Hum, aluno aplicado! – Luan tinha
pronunciado exatamente como ela.
- Eu aprendo rápido, a soltava e
mexia em seus CD’S, era uma mistura de música clássica com alguns artistas
italianos e espanhóis, samba, sertanejo, Pop Rock e MPB – mais parecia que Luan
procurava por algo.
- Está procurando por isso? -mostrava seu CD fazendo-o rir satisfeito.
- Você tem então?
- Hum rum, não é autografado
mais tá valendo ria.
- Onde tem uma caneta?
- Deixa de ser bobo Luan, eu
estava brincando! – ele consegue achar uma caneta e pega o CD de sua mão numa
letra quase ilegível mais mesmo assim perfeita ele escrevia:” Para a garota dos olhos mais perfeitos do
mundo. Luan”
- Pronto – falava a entregando e
observando sua reação enquanto lia.
- Obrigada.
- Essa não é a melhor forma de
me agradecer – faz bico e ela entende o que ele queria.
- Hum, agora sim! – ri ainda
entre seus lábios.
- Preciso ir lá embaixo – se afasta
– não vou demorar e sem barulhos entendeu? – ele assentia em silêncio.
Luan ficou curiando suas coisas,
pegou alguns papéis e viu alguns cálculos, desenhos e os abandonou logo, não
entendia nada do que estava ali, folheou
alguns álbuns e viu a mesma menininha loira de olhos verdes toda uniformizada
em frente a um grande monumento, seria a escola dela? Mais parecia um castelo
antigo. Também achou fotos dela com seu pai, com Arthur, Sônia, algumas mais
recentes com Bia, como não era diferente tiradas na balada, salvo algumas na
faculdade, também encontrou fotos de Augusto com uma legião de crianças no
orfanato, outras dela construindo a casa na árvore rindo sob o sol e com um
martelo na mão.
- Linda – sussurrava – mais o
que lhe chamou atenção de fato foi um caderno de capa dura em tom amadeirado,
era a letra de Cecília pelas outras anotações que já tinha visto, mais o conteúdo
era diferente, vários versos que falavam de amor, amizades ou do cotidiano só
que escritos da melhor forma possível como só um escritor de fato o saberia
fazer, permaneceu ali sentado em Puff que
encostou na parede e a aguardou lendo.
Cecília tinha ido buscar um
vinho e se demorou escolhendo a safra, optou por um Bordeaux de 1955, um dos
melhores que tinham ali. Passou pela cozinha para pegar taças e alguns queijos,
parando todo seu trabalho ao ouvir um barulho vindo da sala. – Arthur! – apaga as
luzes rápido ouvia a movimentação, risadinhas abafadas e se tocou que
provavelmente ele estaria com Bia. Apreensiva torcia pra que Luan não tivesse a
“curiosidade” de descer e lhe encontrar. Passado-se dez minutos de total
silêncio pegou suas coisas e subiu rápido.
Bateu de leve na porta,
precisaria de ajuda pra abrir e agradeceu por Luan ter ouvido, ambos surpresos,
ela ao ver nas suas mãos com o seu “Diário de Sonhos” – assim que o chamava e ele ao ver ela com aquela garrafa
antiga nas mãos, lembrava do que tinha dito da última vez que estiveram juntos
naquela casa, só tomavam daquele vinho em ocasiões especiais.
- Que safra? – pergunta.
- 1955 – colocava o vinho sob um
aparador – quer abrir? – entregava-lhe a garrafa.
- Não está chateada com o que eu
estava lendo? – fala receoso.
- Não, só que não tenha gostado –
morde o lábio.
- Você além de tudo é escritora?
- E você tem dificuldade de
abrir uma garrafa de vinho? – observava o esforço que Luan fazia.
- É. –admite – essa garrafa é das edições
especiais?
- Hum rum – ele abre um sorriso.
- Então eu sou especial? – serve
sua taça de vinho e a entrega.
- Muito ou muito? – ri brindando.
- Nossa, é doce, muito doce. –
Luan comenta.
- Essa é a ideia, vinho doce e
sabor mais apurado, quase como o próprio suco da uva – ela mais uma vez dava
aula sobre vinhos.
- Mais – coloca sua taça no
aparador – sabia que eu gostei de tomar vinho de outra forma? – ela ri.
- Claro, se você estiver
disposto a ficar amanhã pra lavar meus lençóis de cama, porque não? – concorda.
- É, pensando bem não é uma boa
ideia – os dois riem.
- Recita algo pra mim? - indicava o livro.
- Parece que você já leu quase
tudo.
- Só umas dez páginas. – ainda falta
muito.
- E quem disse que ele está
acabado? – ri – esse livro – faz aspas – me acompanha por toda minha vida – ele
a olhava sem entender – bom escrevo de acordo com minhas emoções, desde meu
último ano na escola, tem momentos de tristeza, alegria, momentos negros e
momentos como os de agora... – ri.
- Você já escreveu sobre mim? –
pergunta curioso.
- Desde aquela noite – admite.
- Procura pra mim – entrega-lhe
o livro.
- Que escritora seria eu se não
soubesse cada linha que tem escrita aí? – ele fazia cara de “bobinho” e ela o
beija de leve no rosto – assim como as lembranças tenho cada linha escrita
nesse livro aqui, na minha cabeça – apontava com o dedo – esse livro sou eu
então sobre aquela noite eu escrevi isso
-o encarava nos olhos e começava a falar: - Eu não havia marcado hora
pra viver aquele instante. Ele não estava anotado na agenda da minha
expectativa. Não utilizei o tempo dos olhos na direção de calendários e
relógios por aguardá-lo. Não me preparei para recebê-lo. Aconteceu de repente,
feito chuva derramada de improviso, sem que o céu revele antecipadamente o seu
desejo em alto e bom som. Quando percebi, eu estava lá e ele era perfeito. [A. Jacomo]- O que
achou?
-
Perfeito, como aquela noite, como o nosso dia de hoje e como será daqui a
alguns minutos.
-
Alguns minutos? – se perguntava porque Luan não tinha pressa.
- Quero
ouvir mais, nos encontramos mais vezes lembra?
- Teve
o dia em que você disse que gostava de mim, que se preocupava comigo lembra?
- Hum
rum.
Ela
falava: “Talvez
você não tenha entendido direito, ou talvez, só talvez uma voz sussurrava em
minha cabeça : - Não é uma piada, sua boba. Talvez ele realmente goste de você.”
Luan ria bobo das coisas que ela falava, ela
não teria acreditado então? Que tudo que ele falou era verdade? Mais seu olhar
era de quem sabia que teria mais e ela continua: - Ah sim, teve aquele dia que
você me separou de um cara na boate do Arthur – Luan lembrava – e nos beijamos
no estacionamento – ri envergonhada.
- O que
escreveu? – seu olho brilhava de curiosidade.
- O
beijo é uma droga. Quando acontece a primeira vez você gosta da sensação e acha
que pode manter o controle só depois percebe que é uma necessidade, mais acredita
que ainda não se vicio.. no fundo você quer mais, sempre mais até tornar-se total
e dependente daqueles beijos pra viver. Amar é tão perigoso.
- Você já sabia que me amava? –
era estranho de ver uma garota falando coisas tão lindas todas voltadas para
ele, enquanto isso ele maquinava pensando em como surpreendê-la a altura.
- Acho que desde o dia que sai
daquela casa – admite.
- E no dia que você me revelou
tudo? Lá na casa da árvore? O que escreveu? – Luan brincava com sua mão dando
leves puxões e acariciando seus dedos.
- Quer mesmo ouvir ou prefere
ler?
- É tão ruim assim?
- Não!
- Então fala uai!
Ela respira fundo e começa: - Seguir em frente por dois
motivos: - Primeiro, porque nenhum amor
deve ser mendigado. Segundo, porque todo amor deve ser recíproco.[ M. Medeiros]
Luan imaginava que seria mais ou
menos isso, a forma que a tratou naquele dia não seria diferente do que ela
acabou de falar: - Você iria seguir em frente?
- Eu tinha outra opção? Se
voltasse riria ver você confuso e eu não queria isso! Não gosto de viver de
meio termo, com o amor também é igual, ou se ama, ou não se ama.
- Você não escreveu desde meu
aniversário não foi?
- Eu precisava ter essa conversa
de hoje pra pôr no papel – admite.
- Tá – fecha o livro e o põe ao lado
do vinho – e pra hoje? O que vai escrever? – desafia.
- Posso pensar?
- Não!
- Tudo bem – respira fundo, olha
em seus olhos e começa a falar: - De
repente a escuridão se vai e o sol torna a brilhar, mais intenso, mais vivo,
porque ele queima dentro de mim agora. Queima em forma de um sorriso, de um
beijo, de um toque, de um olhar. Sem dor. Sem medo. Doce. Essa é minha oração a
partir de agora, que seja assim enquanto
durar. Doce, intenso e doce.
Luan ria bobo, além de linda, inteligente e de uma personalidade
forte e tão peculiar ela era poeta, não conseguia dizer nada.
- O que achou?
Silêncio.
- Gostou? – insiste.
- É...sem palavras! Agora consigo entender porque me
disse aquilo tudo, só quem entende do amor no sentimento e na escrita não tem
medo de mostrar os sentimentos.
- Eu tive muito medo Luan – admite.
- Não parece – acaricia seu rosto – mais o que vai
escrever depois?
- Depois do que?
- Depois dessa noite? – a encarava perto demais.
- Eu preciso vivenciar pra escrever, sentir. –
sussurra.
Luan não precisou falar mais anda, como um predador
prestes a pegar sua presa foi rápido a única diferença era a suavidade, do
toque de suas mãos, a leveza do beijo, devagar ele começou a desabotoar a blusa
de Maria Cecília, seus dedos tremiam, a mistura da urgência e do nervosismo que
sentia ao estar perto dela o deixava daquele jeito, ela também livrava-se de
sua camisa relembrando mais uma vez a imagem daquele peito nu e forte. Sentia o
peso dele sob seu corpo, era quente. A mistura dos seus cheiros era a melhor
fragância que nenhum boticário poderia inventar. Luan a “torturava” lentamente,
não tinha pressa e a cada toque dos seus lábios em sua nuca, a cada beijo, e a
sensação daquela respiração percorrendo todo seu corpo era incomparável.
Poderiam passar mil anos e ela ainda lembraria de
cada minuto que tinha com ele, sentiria cada beijo, cada sensação, cada toque.
Ele era incrível. Inesquecível. Só dela. Lembrava de quando se entregava a outros
por prazer, por diversão, só pra brincar e agora entendia o que era “fazer amor”
de verdade. Era a sensação de descer numa montanha russa, emoção, medo, êxtase,
alegria. Tudo ao mesmo tempo.
Ao beijá-la Luan percebe algo molhado em seu rosto
ela chorava e isso o faz parar assustado: - O que foi? Eu te machuquei? –
perguntava preocupado num gesto rápido a abraçando.
- Não – tentava não embargar a voz – você não me
machucou, você é incapaz de fazer isso Luan.
- Então porque você tá chorando? – enxugava uma de
suas lágrimas.
- É por causa desse momento, é como se fosse a
primeira vez, sempre procurei entender como é se entregar pra quem a gente ama,
eu ficava imaginando essa sensação e agora é tão...
- Única – completa com um sorriso de satisfação – sempre
vai ser assim, eu prometo, porque pra mim também é. – ambos riem em meio as
declarações e Luan dessa vez enxuga suas lágrimas com um beijo.
Os corpos começam a bailar mais uma vez tornando-se
apenas um. Um corpo dois corações que batiam frenéticos e comandavam o ritmo da
dança. Paixão. Desejo. Beijos. Fogo. Amor. Doce. Era assim que estava sendo e
seria se dependesse de ambos. Os corpos dos dois tinham o encaixe perfeito,
como duas peças de um quebra-cabeça. Gemidos abafados, suor, cansaço,
satisfação.
Ao som de um “eu te amo” Luan agora embalava sua
menina em seus braços e percebia que ali estava tudo o que sempre quis, seus
dedos acariciavam suas costas macias num sobe e desce incansável, ora beijava o
alto de sua cabeça, ora brincava com sua mão, mais o que não cansavam de “ouvir”
era aquele silêncio.
Silêncio que só os apaixonados entendem. E o que
mais queriam que acontecessem era que aquele momento perdurasse pela
eternidade.
Luan cantava baixinho ao seu ouvido, a voz mais doce
e incrível do mundo embalava Maria Cecília agora, ela não se ateve ao que a
música falava, apenas que era bom de se ouvir, assim como ele cantou mais cedo
no show em seu ouvido adorava ter o “seu show particular”, dessa forma ela
adormeceu no melhor lugar do mundo, em seus braços.
Luan também tirou um leve cochilo, mais tinha medo
de perder o horário, Augusto era pontual e no resto da noite velou o sono da “sua
Cecília”. Ouviu barulho que vinha do andar debaixo da casa, provavelmente Arthur
vindo da cozinha, se ele soubesse quem estava no quarto com sua irmã era capaz
de enfartar – Luan ria pensando na ideia. Viu também despontar os primeiros
raios de sol, pegou-se olhando no despertador e já eram cinco da manhã. Levanta
com cuidado a admirava ainda dormindo, essa era a pior parte entre acordá-la e
ter um beijo de despedida ou deixá-la dormir por mais algumas horas escolheu a
segunda opção.
Começou a catar suas roupas que estavam espalhadas
pelo chão e vesti-las, passou no banheiro, lavou o rosto e pegou uma escova que
ainda estava na embalagem e fez sua higiene matinal.
Mais sair assim? Sem deixar alguma coisa? – olhava na
sua mesinha de estudo e pega uma folha, caneta e começa a escrever:
Essa foi a noite mais incrível da minha vida, ter um
anjo dormindo em meus braços. Minha menina, velei seu sono durante toda a
noite, precisava lembrar disso quando estivesse só e longe de você, acordar e te
deixar foi a pior parte, mais saber que tenho alguém pra quem voltar é melhor
ainda. Me perdoe por não te acordar, me perdoe por não escrever coisas bonitas
como você escreve, uma música serve? Prometo fazer uma, que não vai ser só sua,
só nossa, mais vai embalar vários casais, ser tema de vários amores como o
nosso. Vai levar tempo porque é especial. Mais se posso dizer uma coisa agora é
eu te amo, te amo muito. E sei que é só minha, como eu sou só seu. Te ligo
quando acordar. Se cuida. Luan.
Ele deixou o bilhete a seu Aldo na cama e beijou de
leve seu rosto, a olhou mais uma vez e abriu a porta devagar, eram seis horas
em ponto e não duvidava que Augusto estivesse a sua espera, o que se confirmou
quando seu celular vibrou com uma SMS dele dizendo que já estava lá fora. Medo
lhe consumia, essa era a segunda parte mais difícil, sair dali sem ser visto.
Como um relâmpago desceu as escadas da casa silenciosa e abriu a porta devagar.
– O portão cara! – pensa e se surpreende ao vê-lo ser aberto, Augusto? Cecília
tinha acordado? Olha pro alto e vê de uma anela a figura de uma mulher se
afastando, sabia que não era sua amada. – Sônia - provavelmente queria que não fosse
reconhecida e Luan o faria dessa maneira.
Ajustando a toca senta só sorrisos no carro de
Augusto que já estava pronto pro trabalho.
- Bom dia se usa! – dá partida.
- Bom dia cara! – bate as mãos eufórico.
- Eu não vou perguntar como foi a noite porque eu
sou o maluco que ajuda vocês nisso, e pela sua cara foi boa então...
- Foi incrível cara, ela é a mulher da minha vida! –
falava com propriedade.
- Apaixonados. – zomba.
- Que humor é esse? Só porque vai trabalhar a essa
hora? E eu que ainda vou pra São Paulo daqui a duas horas – morde o lábio
rindo.
- Eu poderia estar dormindo a essa hora, meu plantão
é só ás nove só que alguém mora do outro lado da cidade e quando eu voltar já é
meu horário de trabalho, mais o que não fazemos pelos amigos não é? Tá eu sei que vou pro céu quando morrer.
Luan não se continha em risos: - Valeu cara por
tudo, sem você nada disso teria acontecido.
- Eu só ajudei porque acredito que se amam, ela te
ama muito Luan – afirma - mais se você tiver fingindo já sabe né?
- Quebra minha cara, eu sei. Mais isso não vai
acontecer. Prometo. – cruza os dedos no lábio.
Luan partia pra sua casa não se contendo de
felicidade, e pensando numa boa desculpa pra chegar de carona e por passar a
noite fora. Não seria necessário, os pais tinham visto ele com Cecília no show,
não só os pais, mais a mídia também e teria que lidar com isso. Principalmente
em Londrina.
CONTINUA...
Amores! Desculpem por ontem, eu cheguei da faculdade e capotei, hoje pela manhã tive meu momento de "empreguete" e passei a tarde refazendo o capitulo, eu iria postar dois mais compactei em um e modifiquei algumas coisas, ficou enorme!
Ah! Só eu amei Cecília e Luan hoje?
Viram que tiveram algumas citações que não são minhas, por isso coloquei os autores no final. Mais as outras são, por isso se curtiram e quiserem repostar no Twitter ou FaceBook coloquem os créditos tá?
Té segunda. Amanhã terei que preparar os capítulos da semana toda!
Se cuidem!
@_Vanesssaa_
Fé, foco&Acreditar ♥
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH PERFEITOOOO!!! MT LINDOOO, MT MT MT LINDOOO! PENA QUE NUM DÁ PRA POSTAR 2 DE UMA VEZ!!! RSRS CURIOSIDADE RSRS KKK
ResponderExcluirTE AMOO NESSA!!!
AAAAAAAAAAAAH QUE PERFEITO ELES MEU DEUS, QUE FOFO, NAO TENHO PALAVRAS .... E sei que quando eles começarem a namorar e o luan explicar a historia direito para todos, eles vao entender :D .... Beijos @LSmeuamoor_
ResponderExcluirNus, muito perfeito, amei os doiis juntos, amei muito, como sempre a melhor #FIC, e cada diia mais perfeita, Parabéns uma otima escritora !
ResponderExcluirVanessa, pelas coisas que leio aki, parece qe lê muitos livros, poderia citar uns pra mim romântico ? sou pessima em procurar livros, obrigada ! To amando tudo aki - Ketlin Daiana
Aaaaah que lindos *-* Luan gostou dessa brincadeira do vinho né? kkkkkk' Só quero ver agora a próxima que o Arthur vai aprontar pra eles..
ResponderExcluirAh Vanessa pode crer que não é só você hahah
ResponderExcluirAmo demais esses dois juntos!
Enfim depois de Gusttavo, Arthur e vários outros desprazeres que Cecília teve, nada melhor que essa noite dela com Luan! *-*
Bjs @MyOrgulho_LS
awwwwwwwwwwn só você não, todas nós AMAMOS ELES *-------*
ResponderExcluirlinnnnnnnnnnnndjos demais !
amei cada descrição que você fez Nessa (':
no aguardo do próximo capítulo haha
Letícia
Nossa, que noite mais perfeita!! que romaaaanticoooo!!!!
ResponderExcluirEncantador, Vanessinhaaa! Mandou bem dms, loira!!! \õ/
Lindo, lindo, lindo!!!!
Senti inveja da cecilia kkkkk
Luan jr só na ação hahahahaha
Adoro capitulo grande >.<
Segunda tem mais!!!! xD
Naah Negreiros
Ameiii esse capitulo foi perfeito
ResponderExcluirPosta mais amore
Lindo, lindo e lindo!
ResponderExcluirA cada momento, a cada segundo que Luan e Maria Cecília passam juntos, eles provam um para o outro o quanto se amam.
Yana Souza
coontinua!
ResponderExcluir@laarihrafaella
maaaaaaaaaaaaaaais...
ResponderExcluir@gruubeer
peerfeito!
ResponderExcluir@paulagaia2
aaaaaaaaawn que lindo o capítulo Vanessa, eu já achava sua fanfic a melhor e parece que a cada dia ela melhora ainda mais, muitos parabéns pra você, você tem talento! to super ansiosa pro próximo capitulo *-*
ResponderExcluirGabriela (:
Eu ameii esse capitulo..suas palavras são lindas, sabia?? Continuaa.. :)
ResponderExcluir@Cris_Luanete
Eu ameii esse capitulo..suas palavras são lindas, sabia?? Continuaa.. :)
ResponderExcluir@Cris_Luanete
Nao preciso nem dizerr q amei né?! Disso vc ja sabe mt bem u_ú sempre disse q a forma com q vc escreve a fic é linda mas vc conseguiu se superar com esse capitulo.. Parabéns Nessa!! poste mais q to mega curiosa (como sempre)
ResponderExcluir@BaianetesdoLu_