Capitulo 53

 Sabe aqueles filmes românticos americanos? Era o que Cecília vivia com Luan, o tempo passava e cada dia eles ficavam mais próximos, mais apaixonados, Luan era romântico e contradizia o que ele um dia lhe disse que não sabia ser. Sempre lhe acordava de madrugada, quando não com uma ligação apenas uma SMS lembrando que a amava e tinha saudades, das poucas vezes que se encontravam ele sempre levava algum presente, uma rosa, chocolates, um livro, Luan tinha ótimo gosto pra leitura e lhe deu de presente “Querido Jhon”, afirmando que a história dos personagens e a distância fisica que tinham que enfrentar era semelhante a deles.

A mudança em ambos era notável, Luan mais “comportado” no quesito mulheres, suspirando pelos cantos e compondo algumas canções pro seu novo trabalho, agora vivia na mesma rotina de contar os dias, as horas e os minutos para pousar em Londrina e vê-la novamente. 

Anderson e Dagmar desconfiavam de tudo mais acreditavam que não daria pé, que seria mais uma “paixonite” de Luan que vez ou outra buscava conhecer a menina, passava um mês, dois meses no máximo e não passava disso. Mais enganavam-se, no fundo Luan pensava em realmente assumir o compromisso, mais Cecília sempre o advertia, dizendo que era cedo.

A mesma se aproximou de Bruna, era sua mais nova companhia de Shoppings e quando saia – raras e poucas vezes -  pra balada. Ela ainda ouvia algumas poucas gracinhas sobre Paloma Fortezza, não lhe incomodavam, apenas quando estava na presença de Bruna, Cecília agradecia por ter mudado de carro – o seu Edge preto era muito conhecido -  e ter um bom emprego onde era bem remunerada e no fundo, bem no fundo agradecia ser irmã do dono da maior casa de shows de Londrina, não ouvia muita coisa sobre o seu passado graças a esse “status que o dinheiro lhe dava” e só fazia uso dele por isso, não tinha nenhum mérito ou orgulho.

Luan nunca soube o porque dela ter trocado de carro de uma hora pra outra, mais precisamente alguns dias depois de ter saído as fotos da “ficada” dos dois, a verdade é que algumas fãs de Londrina, conhecendo a “Paloma” fizeram questão de deixar o recado arranhando seu carro quase todo com algum objeto de metal que dizia o seguinte:” Vadia rodada deixa o Luan em paz”. Não prestou queixa, não alarmou ninguém, apenas Augusto sabia disso e ele cuidou de se desfazer do objeto, esse era um dos medos dela em assumir o relacionamento. As garotas fãs dele que moravam ali a conheciam muito bem e não ligavam apenas queriam protegê-lo dela, elas amavam a mesma pessoa que ela e fariam qualquer coisa por ele assim como ela, a única diferença é que estava sendo a vitima, não tão assim porque tinha total consciência de quem foi no passado e por isso ignorou e tomou mais cuidado ao estacionar no meio da rua.

Arthur estava quieto demais, o que era sinônimo de preocupação, provavelmente ele estava arquitetando alguma coisa contra ela, que não deu muita atenção. Estava sendo feliz demais pra perder tempo, tinha o Luan, o Augusto, estava melhorando a relação com a Sônia e Bia para sua alegria tinha dado um tempo com seu irmão, a coisa mais sensata que ela poderia ter feito.

As obras no orfanato tinham sido retomadas, apenas estava sem tempo de dar continuidade, a faculdade e o trabalho lhe sufocavam, mais já havia feito o telhado, o que lhe deu tamanho trabalho pois metade dele foi armado no chão e depois fixado com parafusos enormes nas paredes de madeira, enquanto fazia esse trabalho pensava em Luan, no beijo que deram ali em cima daquela árvore e na revelação que ele lhe fez um dia quando estavam juntos num dos raros encontros na mesma casa onde se amaram pela primeira vez, dizendo que era o tal doador misterioso, agora não mais anônimo pois o escritório depositava todo mês uma quantia para o orfanato, a mesma que ajudou na troca do telhado, na compra de camas novas, o mais emocionante foi ver o brilho nos olhos das crianças ao receberem roupas novas com a etiqueta de loja, pra quem sempre usou coisas de terceiros ver a alegria delas em vestir uma roupa com cheirinho de nova não teve preço.

- Augusto! – gritava de cima da árvore – me vê mais dois parafusos!

Ele pegava em uma bolsa no chão e os jogava alto enquanto ela agarrava: - Bom reflexo garota! – elogia e observa ela trabalhar – acho que essa casa vai demorar pra ficar pronta hein? Bem que você poderia...

- Não, se o Luan falou isso pra você ignore por favor!

- Mais o que há de errado em ele ajudar?

- Porque ele já ajuda demais aqui e não quero abusar, eu não duvido que se tivesse falado do carro ele mesmo compraria um e me daria e não quero nada além...

- Do amor dele? Da atenção, das ligações, beijinhos – zombava em tom divertido – tão romântico!

- Eu ia dizer que só ele já era o bastante pra mim, mais já que falou outros atributos – começava a descer a escada – o seu desempenho na cama também conta – ela ri alto da cara de reprovação de Augusto - acho que acabamos por hoje – batia as mãos.

- Quando vai ver o Luan? – perguntava entregando0lhe uma flanela.

- Amanhã ele está chegando – não se continha de alegria.

- Em plena segunda?

- Tive que me moldar a rotina dele, e são apenas por dois dias, claro que não sou só eu, tem a família também, não sou egoísta tá? Me contento com algumas horas ao seu lado.

- E o Arthur? – resolve perguntar.

- Quieto demais, nenhum sinal de ira, raiva, remorso o que me preocupa, tudo piorou depois que recuperei o dinheiro e ele deu um tempo com a Bia.

- Ele já sabe o que tá rolando entre você e o Luan? Digo oficialmente porque já tem o que? Um mês?

- Fazemos um mês amanhã – ria boba – e não, ele não sabe de nada oficialmente, porque só nas suspeitas ele armou tudo aquilo! Mais desconfia das minhas ligações, das minhas saídas quando o Luan está por aqui, enfim.

- Ele sabe – confirma.

- E estou me preparando pra próxima jogada dele, só espero que não me surpreenda – caminhavam em direção ao carro, Cecília com sua caixa de ferramentas e Augusto carregava uma viga de madeira quando se deparam com Arthur dando boas vindas a eles.

- Ora, ora se não são os voluntários mais compromissados que já vi! – bate palmas.

- Oi Arthur? Tudo bem? – Augusto alfinetava com ironia demonstrando que não estava feliz em vê-lo.

- Claro – percebe o que estava acontecendo -  você me abandona e inda quer que eu seja cordial?

- Não te abandonei e não precisa ser cordial, apenas educado. – afirma.

- Nossa! – Arthur continuava com seu drama enquanto Cecília ignorava o irmão enquanto ele falava – como seria se o Luan visse isso hein? Os dois sempre unidos, não se desgrudam pra nada, no mínimo estranho não acham?

- O que você tá insinuando Arthur? Você sabe que somos apenas amigos  eu e o Luan – Cecília e interrompida.

- Claro – tosse – quem sou eu pra duvidar disso? Amigos e ninguém precisa saber que o Augusto tem uma quedinha por você – zomba.

- Eu não vou ficar e ouvir isso – Cecília sai e deixa os dois.

Augusto se ofende: - Você enlouqueceu? Eu nunca olhei a Cecília com outros olhos, sempre me preocupei em me aproximar dela, ajudar com a Sônia e com você que dei como causa perdida agora não brinque com isso entendeu?

- Era tão bom quando nós éramos amigos – o ressentimento era visível em sua voz.

- Ainda podemos ser, mude Arthur! Cadê o cara alegre, divertido? Brincalhão e companheiro que conheci?

- Ela tirou tudo de mim – apontava pra irmã que caminhava longe deles – tudo!

- Cara – toca em seu ombro – de verdade? Quer um conselho de amigo? Se e que posso dar? – ele aceita – você precisa se tratar, isso é uma doença e...

- Você tá me chamando de louco? Eu não sou maluco Augusto! – grita alto.

- Foi só um conselho – retira-se deixando-o sozinho.

Já na saída do orfanato, enquanto as crianças se divertiam a o papel forçado de Arthur, Cecília questiona: - Como foi?

- Com seu irmão? – ela concorda – eu o mandei se tratar!

- Chamou ele de maluco?

- Educadamente. – confirma – alguém que e obcecado em detonar a irmã não é normal e é justamente por isso que você ainda não voltou com a Sônia!

- Augusto! Eu não entendo porque se preocupa tanto em...

- Eu vi o sofrimento dela de perto Maria Cecília! E foi ela quem te deu tudo, amor, carinho, atenção. Ela foi sua base, seu inicio, e eu não entendo, bem que queria ter tido uma mãe como  a Sônia, e de certa forma ela e um pouco minha também...

- Mais seus pais são vivos! Não é? – questionava, e estranhava por nunca ter visto um álbum, uma foto se quer da família de Augusto ele era tão sozinho.

- Claro! – fala nervoso.

- Então porque falou...

- Ignore – fugia do assunto – eu não os vejo a um tempo e nem eles vieram me visitar mais então...

- Quer falar sobre isso? – fica tocada, ele sempre a ajudou e ela nunca procurou entendê-lo – posso ajudar, marcar alguma coisa deles virem, sei la...

- Não! – quase grita, nunca viu ele tão desconfortável – eu vou fazer isso...em breve! – ri tentando convencê-la – acho melhor irmos embora, amanhã alguém tem um encontro não é?

- Você tá sabendo de alguma coisa? – seus olhos brilhavam e Augusto respirava fundo, era tão fácil desfocar Cecília, bastava apenas falar em Luan.

- Acho que falei demais não foi? Mais se não me engano tem alguma comemoração não é? E costumam ter surpresas! – ri.

- Comemoração? Surpresa? Ah conta vai! 

- Não posso, era pra ser segredo e já falei demais, apenas aguarda. – bagunçava sue cabelo e entrava no seu carro deixando-a confusa, pelas duas coisas, por mudar de assunto quando falavam de seus pais e por falar da surpresa de Luan.

Mais confessa que a segunda causa lhe dava calafrios, então ele era bom com datas e surpresas? O que deveria estar aprontando pra ela que Augusto sabia? Na volta pra casa torcia para a noite e o dia de amanhã passassem num piscar de olhos, pelo visto prometia.

CONTINUA...

Uma palavra?

AGUARDEM! 

Pessoal eu não esqueci quem me pediu pra indicar suas Fanfic's aqui, mais como to chegando tarde e acordando cedo entro so pra postar, final de semana eu reunirei os links e irei divulgar beleza?

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Bjo, Bjo! 

@_Vanesssaa_

Fé, Foco&Acreditar sempre!