Capítulo 19

Como uma previsão certa ele estava lá, na boate do Arthur conversando no escritório, Sônia tinha avisado ao filho da presença de Luan e ele marcou de imediato um encontro na mesma noite não poderia perder essa oportunidade, o escritório era numa redoma de vidro, onde dava pra observar tudo o que acontecia no andar de baixo da casa noturna e Luan observava o mesmo que Arthur, Paloma. 

 

- Bom Luan que bom que veio me procurar, faz tempo que quero uma parceria contigo mais nunca consigo!

- Como você vê eu to tendo mais tempo de voltar pra casa, os shows foram reduzidos justamente pra isso, ter tempo pra mim entende? – Arthur assentia – e como você tem a boate e uma casa de show aqui na minha cidade podemos conversar e facilitar as coisas.

- Estranhei sua atitude, sei que somos amigos mais o Anderson que deveria estar aqui não é mesmo? – o olha em dúvida.

- É cara – tinha sido pego de surpresa – mais ele tá viajando com o Conrado e Aleksandro ai to de folga por três dias, então abri essa exceção só pra você, depois adianto pro Anderson.

- Que honra cara – toca na sua mão satisfeito – então eu to pensando o seguinte a boate e a casa de show esse ano fazem dois anos de existência e sucesso o que pensei? Comemorar com um grande evento e claro com seu show! Pensei em dois dias seguidos, sábado e domingo um exclusivo no sábado a noite, só para convidados mais ilustres e outro aberto no domingo onde você seria a atração principal seguido de Gustavo Lima e Jorge e Mateus que já confirmaram presença...

Luan dava sugestões: - Podemos oferecer o Conrado e Aleksandro também nessa? Você sabe que eles são feras e eu to trabalhando com eles, enfim...

- Perfeito cara! Perfeito! Tá fechado então. Vamos ver a data e...

Cruza os braços: - Olha essa parada ai é com o Anderson, só posso dizer uma coisa, to fechado pra você!

Arthur não podia estar mais satisfeito, seria um evento grandioso, além de render excelentes lucros: - Bom, podemos marcar um almoço, ou jantar em...- iria indicar um restaurante mais Luan toma a frente.

- Na sua casa?! Perfeito cara, sua mãe me tratou super bem ela disse que serve uma comida maravilhosa queria que eu ficasse lá pra jantar e tudo! – mentia – cara eu to ficando bem nessa parada de atuar – pensava.

Cla – Claro – Arthur não tinha escolha – vamos ver a data fechado. – Teria que se livrar da irmã porque a conhecendo ela faria questão de estragar tudo.

Depois de serem servidos por um garçom que levava alguns drinks a figura ilustre dentro do escritório os dois percebem a figura loira dançando e beijando a sua vítima daquela noite, ela tinha total noção de que estava sendo observada, e aquilo incomodava a ambos dentro do escritório. Ela fazia questão de mostrar a Luan que ele não teria vez.

- E os shows? – mudava o foco.

- Viajo amanhã. – Luan toma um gole e continua a observá-la.

- Cara não sei como aguenta, tá aqui em Londrina e amanhã sei lá onde...

- Belém – Luan ri.

- Nossa! Mais você é um fenômeno, sei que já está cansado de ouvir isso mais repito, fenômeno.

- Nem tanto cara, apenas faço o que gosto e graças a aceitação das minhas fãs consegui tudo isso!

Paloma bebia e não parava de beijar o rapaz, Arthur bate a mesa assustando Luan - Sabe, eu não aguento mais isso!! – Arthur grita enquanto era observado por um par de olhos assustados – Desculpe cara, mais é muito humilhante e logo aqui no meu empreendimento.

- Ela é sua irmã cara. – Luan tentava acalmar.

- Meia irmã, ela é um inferno na minha vida isso sim!

- Mais, sempre foi assim? – Luan e sua mania de curiosidade.

Arthur passava as mãos na testa nervoso:- Não, nem sempre fomos assim, mais outros fatos levaram a isso.

- Que fatos? – Luan insiste, precisava entender o que acontecia.

- Não procure saber Luan – nisso os irmãos tinham algum parecer – e não se envolva com ela, ela não serve pra você.

- Mais eu...

- Você está encantado, não percebeu? Cai fora irmão, de verdade! Ela não presta você deve me achar louco por dizer isso com minha irmã mais é a verdade, ela me odeia e deve estar te usando pra me atingir, eu não confio nela então...

- Porque você não tenta ajudá-la? Esse deve ser o problema, conversa com ela, você é mais velho cara! Tenta entender! – dava conselhos.

Arthur dá uma risada nervosa: - Não vale a pena, ela é maior de idade e sabe o que fazer.

Num ato de fúria Luan diz: - Pois observa e veja o que eu faria se fosse a Bruna. – Levanta sério.

- Aonde você vai?!

Luan para e pensa: - Você não se importa com ela não é? – ele faz que sim – então eu vou fazer o que você deveria fazer como irmão. – Arthur observa Luan seguindo em direção a porta e  a sua irmã.

Paloma estava alterada por conta da bebida  e Luan temia que o cara fosse se aproveitar dela, se Arthur não faria nada, ele não iria fechar os olhos. Se ela tinha que ser de alguém teria que ser sua mais uma vez, aquilo já estava parecendo um jogo onde ele queria ganhar o prêmio, e lutaria.

- PALOMA VEM COMIGO – A puxa pelo braço falando alto, Arthur não acreditava no que via.

Ela vira-se irritada reconhecendo a voz: - Me solta,  eu não já falei que  o d e i o que fiquem no meu pé?– criava coragem de enfrentá-lo mais uma vez, agradecia as doses extras de Tekila -  Você já teve a sua chance então deixa eu me divertir com que não experimentou ainda!

Luan ri mais em tom sério: - Pouco me importa se você não gosta de mim, você está bêbada e inconsciente, não pode ficar aqui nem com ele – aponta pro rapaz – lembra do filho do prefeito e do choro?

- Vai pro inferno! – se solta das mãos de Luan, algumas pessoas observavam, mais ambos não ligavam,  ela vira-se dançando mais uma vez, enquanto Arthur do outro lado falava com o segurança, sim, levaria ela embora dali.

Luan  não desiste e os afasta.

O rapaz que dançava com Paloma se irrita: - Hey cara, ela está comigo falô? Só porque você é o Luan Santana não pode tirar a mina de mim assim.

- Você cala sua boca -  Luan fala irritado – e você vem comigo.

- Eu não vou. – bate o pé no chão derramando toda sua bebida – ops! 

- Vem logo Paloma. – estava impaciente.

- Eu não vou a lugar algum com você me erra se não vou chamar os seguranças e rir do cantorzinho de merda sair arrastado daqui. – insiste. – Ai que horror, o que suas fãs iriam pensar? – põe a mão na boca fazendo teatrinho.

Ah era briga que ela QUERIA? Então ia ter porque ela era a única pessoa que conseguia tirá-lo do sério daquela forma: - V e m c o m i g o a g o r a Maria Cecília.

Ela arregala os olhos, como ele sabia? Arthur falou isso? Sua madrasta? Quem mais sabia disso? – Malditos, filhos da Puta! - O que disse? Finge não ter escutado e se arrepende.

- Eu estou só pedindo Maria Cecília Fortezza vem comigo agora! – o rapaz que acompanhava Paloma sai de fininho, deixando apenas os dois que se entreolhavam, ela assustada e ele satisfeito.

Sem mais discussões ela o acompanha para fora da boate, assustada e mesmo sobre efeito do álcool, estava com medo pelo que ele teria descoberto sobre ela.

Luan a puxava pelo braço impaciente, identifica o carro dela e fala: - Encosta aí – a coloca de frente pra ele encostada no carro – você não está bem e tem que parar com isso garota! Não é com qualquer tipo de homem que se pode brincar, você conhece aquele cara?

- Rá, não me venha com histórias moralistas porque com você foi da mesma forma, eu não te conhecia, você era um estranho. – discutia  - Eu estou bem tá? Foram só algumas doses a mais já fiquei bem pior que isso. – cruza os braços.

- Você não está bem, bebeu demais, acha isso certo? – falava alto.

Ela tapa os ouvidos: - Abaixa o tom pra falar comigo ok? Eu sei o que é certo pra mim! Para de bancar o protetor, não preciso de você e suas preocupações eu seu me virar falô? Acho que sua irmãzinha não deu o recado! Eu já estou de saco cheio de você no meu pé! Pela última vez, me erra cara!

Luan passa as mãos pelos cabelos, naquele momento se surpreendia porque estava sem segundas intenções, apenas tentando ajudar: - Você é mal educada além de tudo, eu estou fazendo um favor te ajudando, eu diria que e a minha boa ação da noite – perde a paciência.

- Não preciso de favores! Você é um chato, intruso e  não me conhece pra me julgar e falar de educação me poupe de suas “preocupações’ porque eu sei me virar e cuidar de mim, sempre foi assim e não é agora que só porque me conheceu que vai ficar se metendo não tá ouvindo? Eu falei sério lá dentro em questão dos seguranças e aqui fora, pode ser a polícia! – ela praticamente gritava sorte de Luan que o estacionamento estava vazio.

- Eu quero ajudar não entende? – seus olhos tremiam.

- Você quer outra noite comigo! – enxerga o óbvio – mais engana-se se pensa que vai ter, você não é o primeiro que tenta mais de uma vez então...sem chance, acho que não me conhece o suficiente pra pensar que vai conseguir.

- Não, eu não conheço, nem a Paloma, nem a Maria Cecília. – rebate.

Passa as mãos pelo cabelo nervosa: - Não existe Maria Cecília, quem te disse isso cometeu um grande erro! 

- Tem certeza disso? – a encara irônico – Maria Cecília, a garota de olhos verdes não é isso? Onde estão seus verdadeiros olhos agora? – Procura encarando-a observando apenas aqueles olhos castanhos esverdeados.

Vira a face: - Não existe Maria Cecília e tenho total certeza disso mais do que dois mais dois são quatro. Me esquece ok? – Vira tentando abrir a porta do carro, já tina cansado daquilo.

Ele a segura mais uma vez: - Me fala a verdade sobre você que eu esqueço. 

Cria coragem e o encara: - Isso é uma troca? 

- Que bom que está entendendo perfeitamente o que eu digo. – comemora.

- Eu não sou burra nem idiota! Quer saber? Eu vou embora. – pega as chaves e abre a porta do carro, uma força brusca a segura pelo braço mais uma vez, sentia suas costas na lateral do carro e o corpo de Luan colado no seu, a prendendo.

- Me solta!

Ele ignora: - Porque mentiu sobre seu nome Maria Cecília? Porque mente sobre você? 

- Porque você insiste em saber sobre mim? – Ambos os olhos queimavam um no outro, o fogo tentava derreter o gelo dos olhos que na foto logo mais cedo eram verdes, mais agora eram tão castanhos, mais o verde ainda insistia em aparecer e mudar aquela tonalização. – Porque não me deixa em paz? – ela quase suplicava, sentia seu coração acelerar, a respiração de Luan tão próxima do seu rosto era tentadora -  O que eu te fiz hein? Me deixa, e para de bagunçar minha vida, não vai te fazer nada bem saber sobre mim, nem vai acrescentar em nada na sua vida, me esquece!

- Eu quero ser seu amigo, apenas isso. – mentia.

- Isso não me convence, é uma resposta absurda demais. – era sincera – isso pra mim é a mesma coisa que eu quero sexo e mais sexo – imitava a voz dele.

- Eu quero te ajudar...

Paloma desvia o olhar mais fala em seguida ainda de lado:- Porque eu?

- Não sei. -  era sincero.

- Não me convence e não muda o que penso, eu acho que tenho que ir, isso já foi longe demais, você já estragou minha noite então me solta.

- Eu gosto de você! – admite confuso, agora não sabia mais o que sentia ela o confundia, só tinha certeza que  tudo aquilo era alguma forma de gostar e não mentiu.

- O quê? Você tá louco?  - leva o dedo indicador a cabeça - Eu acho que bebi demais e ouvi algo errado, olha, me deixa ir tá? E me esquece por favor?

- Você não ouviu errado, eu disse e repito GOSTO DE VOCÊ. – O que você está dizendo Luan?

- Você está maluco! – começa a falar sem parar – isso é idiotice! Me esquece, me deixa em paz e para de... -  não aceitava o que Luan dizia.

- Ok – se demorasse mais dois minutos Luan não se surpreenderia se falasse EU TE AMO – então ao invés de dizer bobagem por impulso a toma pelos cabelos e a beija a silenciando, Paloma relutava e lutava pra se livrar de Luan mais não consegue, estavam perto demais e aqueles lábios quentes e urgentes nos seus tiravam todos seus sentidos.

- Desculpe -  Luan pede ao fim do beijo ainda a segurando – Foi  a única forma que encontrei pra você calar a boca, eu gosto de você e isso explica minha preocupação e essa vontade súbita que não passa de saber sobre você, sua vida, sua história, de te proteger e sentir ciúmes...

Ela dá uma gargalhada alta, tinha ouvido aquilo? - Ciúmes era isso? - Luan, Luanzinho, olha eu não estou bem, eu bebi a noite toda então por favor? Isso é um sonho acho que devo estar voltando pra casa imaginando essas coisas e a qualquer momento posso bater num poste e capotar, e isso não é legal, digo sofrer um acidente. – começava a repetir essas coisas pra ela mesma, evitando olhar pra Luan.

- Você ouviu direito Maria Cecília -  Luan repetia pra ele mesmo, admitindo o sentimento – não gosto da Paloma, porque não é você e agora eu entendo tudo, eu gosto da Maria Cecília, quero conhecê-la, descobri-la ajudá-la entende?

- Não, isso não tem fundamento, a Maria Cecília não existe ela morreu a anos atrás. – balançava a cabeça.

- Tem certeza? Que se fosse a Paloma estaria me ouvindo aqui? Me deixando ajudar? Teria me beijado e se rendido ao beijo? – pega a sua mão -  me deixando fazer isso? – não demora, a puxa para si e a beija mais uma vez  provando que ela tanto quanto ele também queria aquilo -  Maria Cecília luta mais é vencida, impossível resistir ao toque dele, aos lábios macios e ao seu perfume.

- Quem é você hein? -  fala a olhando nos olhos e acariciando seu rosto.

- Uma maluca que bebeu demais e está vendo e ouvindo coisas – o empurra e entra dentro do carro confusa.

- Você não tem condições de ir sozinha – falava perto da porta enquanto ela ligava o carro -  pode ser presa, eu te levo.

- Me esquece! – grita -  eu sei me cuidar! – o olhava assustada -  já passei por coisas piores, não me procura mais ok? Nem pise mais na minha casa! Pela ultima vez, me esquece! – liga o carro e sai em disparada.

- Droga Luan, você acaba de estragar tudo! Idiota! Não devia ter falado isso, ela tinha bebido e não vai entender nada. – pega o carro e sai atrás dela preocupado.

Maria Cecília estava confusa, não sabia se tinha ouvido direito tudo que ele disse mais tinha sentido o beijo, foi incrível mais uma vez não tinha como negar. – Droga, droga, droga, pra que você foi beber tanto hein? E pra que ele estava lá? – refere-se a Luan olhando pelo retrovisor -  e porque ele está me seguindo hein? – pisa no acelerador.

- Meu Deus, ela corre demais! – Luan fala levando a mão até a boca preocupado, reduz a velocidade e mantém distância.

Maria Cecília sorri em ver que se livrou dele entra veloz em casa e bate a porta com força irritada o carro de Luan passa devagar na rua e ela observa da sua janela.

- Droga, o que foi tudo aquilo? – caia na cama e passava a mão pelos cabelos -  eu to maluca? É isso? Não, eu não ouvi nada, não aconteceu nada. – passa as mãos na boca e era capaz de sentir o sabor daquele beijo, sentia o perfume dele impregnado na sua pele, o desejava como nunca desejou alguém na vida. – Você está maluca Paloma, é isso, bebeu demais e não sabe o que está acontecendo, amanhã tudo vai passar de um sonho ruim. – em segundos estava adormecendo, mais seus sonhos foram ainda mais confusos que sua realidade, pois Luan estava neles, dizendo que a amava, só que diferente de hoje, ela fazia questão de ouvir e pedir pra ele repetir ao seu ouvido, ambos embaixo de uma árvore sob o sol deitada em seu colo enquanto ele acariciava seus cabelos, beijando sua face e ouvindo a voz mais doce do mundo dizer ao seu ouvido sem cansar: - eu te amo.

CONTINUA AMORES...

Tô com vontade de postar outro capítulo a noite...

Que acham?? Hahaha

Minhas lindas, só mais quatro capítulos pra história começar de fato ok? Digo em relação a Luan e Maria Cecília, falta só mais dois fatos acontecerem, um em relação ao orfanato e outro que ela tem que admitir que tá amando o Luan, mais não posso adiantar muita coisa... e como viram nesse capítulo ele admitiu que gosta dela, então...só mais quatro!

Respondido Distrito Santana? É sempre bom ouvir a opinião de vocês, assim sinto o FeedBack, tá, eu também quero ver os dois juntos logo, mais como sou perfeccionista e gosto de tudo amarrado, tenham um tikin a mais de paciência comigo certo?

Té a noite *-*