Maria Cecília cresceu alegre e feliz,
tinha total atenção de Sônia, que nunca soube a realidade do sangue da menina e
que cumpria a promessa feita a Maria, a menina foi adotada pela família e registrada
com o sobrenome Fortezza que era seu de direito, muitos questionavam a
aparência com César, era idêntica, a maneira que prestava atenção nas
conversas, que ria e andava. Mais tinha a pureza do olhar da mãe.
Era uma criança linda, loirinha
e de olhos verdes, passou a ser o xodó da família, menos de César e Arthur, que
morria de ciúmes da irmã do coração.
A garota sentia falta do carinho
do “pai”, sempre que ele chegava do trabalho e ela voava pros seus braços,
sentia que ele era frio, mal a abraçava e a punha no chão, a mandando ir
brincar.
Sônia não tinha total certeza,
mais desconfiava que ali tinha algo mais, o que não a fez mudar a forma de
tratar a “sua menina”. Com o tempo tentou engravidar e não conseguiu, se
contentou com Maria Cecília já que Arthur começava a “perder a graça” de
criança.
Depois que Maria Cecília ficou
maior, Sônia resolveu colocá-la pra
estudar em um colégio na Suíça, teve apoio total do filho e do marido, pelo
menos não precisaria fingir por alguns anos que gostava da sua filha, e Arthur
ficava em paz tendo os mimos da sua mãe só para ele.
Maria Cecília encarou como um
desafio, e falava todos os dias com sua “mãe” contando como eram as aulas, que
aprendeu a tocar piano, falar outras línguas e a dançar Balé. Sônia a encorajava,
dizia que queria que mostrasse tudo a ela nas férias, mais do contrário que
Maria Cecília pensava, ela não contava a César as notícias, e quando a filha
perguntava, mentia, dizia que o pai e o irmão estavam orgulhosos e com
saudades.
Notava que nada tinha mudado
quando voltava nas férias, o pai se esforçava, perguntava algumas coisas,
fingia se importar e ponto. O irmão mal a via, já adolescente saia com os
amigos, sempre falava no Luan, um garoto de Campo Grande que agora morava em
Londrina, se davam muito bem, era seu melhor amigo, mais Maria Cecília não
entrava em detalhes nem procurava saber, ficava no seu mundo com sua “mãe”
acariciando seus cabelos.
- Eu sinto sua falta mãe. –
dizia numa de suas conversas.
Sônia se habituou a ser chamada
de mãe, e pensava se deveria contar a verdade para Maria Cecília ou não: - Ano
que vem você volta definitivo, ingressará na universidade e iremos ficar
juntas. – sorria.
- Mãe? Porque o papai é assim?
- Assim como filha?
- Não sei, ele não é como
você...- não sabia explicar.
- Ele trabalha demais...
- A senhora também...
Não tinha como questionar, ela
sentia falta do carinho do pai, e isso era notável.
Um
ano depois
- Preparei esse jantar de boas
vindas! Agora definitivo! – Sônia comemorava ao ver a filha com suas malas na
porta de casa.
- Obrigada mãe! – Maria Cecília
estava linda, cabelos longos, alta e corpo esguio, mais ainda em formação.
- Cadê o papai e o Arthur?
- Eles estão chegando.
Acabaram jantando sozinhas,
César pensava em como voltar pra casa e ver a réplica sua e de Maria bem na sua
frente e Arthur, curtia a noite com os amigos, pouco importava a irmã. Coisa
que por morar fora, quase ninguém sabia, quando perguntavam, ele sempre dizia
ser filho único, e ameaçava contar toda a verdade pra Maria Cecília.
- Amanhã iremos almoçar fora, é
domingo e não temos nenhum compromisso, vou fazer seu pai prometer. – dizia
abraçada a sua filha na cama.
- Se não podermos ir mãe, sem
problemas, matarei a saudade de casa. – era sempre compreensiva e doía em
Sônia, porque isso não era certo.
Como ela queria que a Maria
Cecília fosse realmente sua filha de verdade, era tão doce, compreensiva,
educada, linda. Tão diferente do Arthur, retraído, sério, mal educado,
arrogante. Não desapontaria ela contando seu passado, ela a tinha como mãe, e
tinha medo de perder essa admiração, o segredo continuaria.
Quando César chegou a discussão
começou, Sônia falava alto e ambos, Maria Cecília e Arthur ouviam, ela chorava
em silencio ouvindo o pai dizer que trabalhou até tarde, sabia que ele mentia e
não entendia essa repulsa dele a ela. Arthur ficava ainda mais irritado com a
irmã, porque era ela sempre o motivo das brigas dos seus pais, odiava o fato
dela ter voltado, ou melhor, dela ter surgido em suas vidas.
Mais no outro dia como que num
milagre tudo parecia tranqüilo e o inesperado acontece, César deu bom dia e
abraçou a filha como nunca a abraçou antes, pela primeira vez, se deixou levar
pelo sentimento de amar aquela adorável menina, realmente dessa vez sentiu
saudades e quando a olhou não viu Maria, e sim sua versão feminina, ela parecia
demais com ele, seus olhos verdes e inocentes eram capaz de mudar qualquer
coisa, seu sorriso quieto, meigo conquistava a todos e ele sentiu mágoa por não
ver aquilo nos outros anos, ela era sua filha, como pôde negar isso? Maria
Cecília se sentia como ganho os melhores presentes de natal, atrasados por
tantos anos, o abraço do seu pai, o toque no seu rosto foram diferentes e
notáveis, sentia que algo começava a mudar.
Era manhã de domingo, pegariam a
estrada e viajariam por 3 horas até a Chácara da família, no percurso, Maria
Cecília ouvia música, e cantava alto, sua voz era como uma melodia de dormir,
tranqüila, que te transportava a outro lugar.
- Para de cantar garota! –
Arthur reclamava enquanto sua mãe olhava virando para trás e seu pai repreendia
com um olhar severo pelo retrovisor.
- Desculpe se te incomodei. –
desliga o walkman.
-
Você sempre incomodou, percebeu
agora? – falava bravo.
- Arthur, você passou dos
limites. – César reclama.
- Até você pai?! A mamãe eu já
esperava mais você?
Maria Cecília se encolhe no
canto e sua mãe a olha se desculpando.
- Arthur, eu disse pra parar!
- Eu cansei pai! Cansei da mamãe
paparicar só a Maria Cecília, tudo pra Maria Cecília, melhor colégio, melhor
quarto..e sabe o que me dói mais?
- Não diga Arthur! – Sônia
repreende enquanto César pisava no acelerador.
- Eu sou o verdadeiro filho de
vocês, e não essa adotada!
Maria Cecília toma um susto,
sabia que o irmão não morria de amores por ela, mais aí já era demais.
- Para Arthur! – a mãe grita.
- Adotada, adotada sim, vão
negar?
César fica nervoso: - Cala sua
boca Arthur.
- Não calo! – Maria Cecília
chorava. – essa adotadazinha tem que saber qual e o lugar dela!
- Eu disse pra parar Arthur! –
César tira atenção repreendendo o filho, liga a seta do carro, teria uma
conversa no acostamento, mais era tarde demais, ao voltar a olhar pra estrada
não teve tempo de evitar e acabou chocando o carro de frente com um caminhão.
Maria Cecília lembra bem desse
dia, lembra dos seus pais e o irmão desacordados, sangue, barulho e vozes, ela
era a única acordada, olhava seu braço ferido, mais só conseguia chorar, não
pela situação que se encontrava, mais pelo que acabava de descobrir, seu irmão
não mentiria com uma história dessas, ele podia odiá-la mais não brincaria com
isso, e o quebra-cabeça começava a se encaixar, a repulsa do irmão, dos avós e
do pai, o cuidado excessivo da mãe. Só consegue lembrar de ser tomada pelos
braços por alguém e acordar no hospital.
Seu irmão e a sua mãe passavam
bem, mais César estava na UTI, acordado, inúmeras fraturas e tinha perdido
muito sangue, passou por uma cirurgia e estava em situação de risco.
Maria Cecília estava inerte no
seu quarto, comia, respondia algumas perguntas dos médicos e não falava nada
com sua mãe. Apenas no dia que recebeu alta e o pai exigiu vê-la, queria
conversar, ela já imaginava o que seria, dentro do quarto estavam Arthur e Sônia
a sua espera.
- Que bom que veio filha. –
falava com dificuldade.
- Como você está? – no fundo
tinha um leve tom de preocupação.
- Melhor - mentia, ele era médico, sabia que não estava
bem. – acho que devo uma explicação a vocês.
- Você não pode se esforçar
César. – Sônia repreende.
- Serei breve, é necessário, a
muito tempo, eu me apaixonei por alguém, e esse alguém foi sua mãe – olhava pra
Maria Cecília.
- Eu sei pai, por isso que
tiveram o Arthur e...- ela começava a aceitar a idéia de adoção mais não
conclui o raciocínio.
- Não, não falo da Sônia, digo a
sua mãe de verdade, a Maria. – Todos se assustam.
- A empregada? – Arthur se
exalta.
- Nós te adotamos Maria Cecília, mais eu sou
seu pai de verdade, tive um caso com ela e resultou numa gravidez, minha
família não aceitava e tinha a Sônia, que te amava tanto – olha a esposa
pedindo desculpas - você lembra tanto ela, sempre que sorri, e eu odiava
isso, eu não queria que você nascesse,
queria fazer um aborto, mais ela insistiu, e morreu no parto, eu não consegui
salvá-la e não consegui te aceitar, ela quem escolheu seu nome, Maria por que
sua mãe se chamava assim e Cecília era o nome da minha avó, que nos amava
tanto...me desculpe, mais eu te amo, e quero recuperar o tempo perdido, nas
suas veias corre o sangue Fortezza, meu sangue, minha filha que só agora eu
aceito por direito.
Maria Cecília estava confusa,
assim como todos ali, o segredo era revelado, os abraços frios agora tinham
explicação, ela nunca foi aceita, pelo seu próprio pai, e a pessoa que a deu
mais carinho foi traída e ela carregava boa parte dessa culpa, foi fruto disso.
Filha da empregada, adoção, rejeição consumiam seus pensamentos.
- Filha, você me perdoa? – Não
diga que não por favor?
- Eu...não sei o que dizer. –
saiu correndo daquela UTI, e não se arrependeu, por aquela ter sido a última
vez que viu seu pai vivo. E desse dia em diante sua vida nunca mais foi a mesma.
CONTINUA...
Oi negas! Espero que estejam gostando, sim, a Maria Cecília é a personagem principal
e isso foi preciso ser contado para que entendam a pessoa revoltada lá do Prólogo.
AGUARDEM próximos capítulos.
Postei hoje cedo, mais pretendo colocar um horário fixo, tô de férias da Faculdade mais
não do trabalho, então postarei sempre a noite certo?
Se identifiquem nos comentários e espalhem a nossa Fic aos quatro cantos!
Paz&Bem
@_Vanesssaa_
Caramba cara,a cada capitulo me surpreendo mas, haha posta mas amoor!
ResponderExcluirThamires Gelsleichter @LSamordemaizSC
Nossa Vanessa, eita, amei o capitulo, sério.
ResponderExcluirNOSSA ,deve ser um choque pra pessoa *o*
ResponderExcluir@biia_teles
QUE SAUDADES!!! To mt feliz por vc estar voltando Vanessa!
ResponderExcluirE olha só rapaiz, já chegou arrasando! To chorando que nem besta aqui kkkk'
Pelo visto essa história promete! *♥*
Mais coitada da Maria Cecília.. descobrir um segredo tão serio de uma maneira tão violenta! :( Sinceramente eu sei o que faria no lugar dela. E realmente ela mudou mt após isso neh?! Acho que foi uma maneira de tentar esconder tda dor que ela sente por causa disso!
Ai nega.. ja to amando a história e to curiosa pros proximos capitulos! *---* kkkk Que sdds que eu estava de vc viu?! Que bom que se voltou!!!
Fica com Deus Vanessa! *♥*
Beijos.. Monize (@moohmedrado) *♥*♥*♥*♥*♥*
parabééns, pela fic maravilhosa que você faz, a outra já foi e essa concerteza ta MELHOR aaainda!
ResponderExcluirameei *-*
posta maaaaaaais @laarihrafaella aqui!
negaaaaaaa, que emocionante essa história!! Coitadinha da Maria Cecília... tá explicado o porque dessa pessoa revoltada!! Meu coração tá apertado akii, mais que família em... Adoreii a Sônia, ii podemos dizer que com o César eu comecei a tomar amor pela sua pessoa, pena que morreu=[, agoraa esse Arthur, santa mãe de Deus... nem comento, menino nojento! kkkk Bom negaa, gostei mto do seu modo de escrever! Parabéns ii sucesso para sua noma fanfic, akii fala uma nova FÃ!! Bjooooos , que com Deus
ResponderExcluirVocê nunca vai parar de me surpreender né mocinha? Tô maravilhada já com a nova história! Tadinha da Maria :/ E esse irmão que pedra na cruz ein? Menino chato kkkkk' só queria saber quantos anos ela tinha mais ou menos no acidente e tals, só pra me situar na época hihih beijo linda!
ResponderExcluirnossa senhora *-* eu chorei com a historia da Maria, ter descoberto tudo dessa maneira foi muito chocante... agora sim percebo a sua revolta... adorei a sônia mostrou ser uma grande mulher *-* espero que ela ajude a maria... e espero que o arthur mude, nossa senhora coitada da maria que irmao... capitulo perfeito, maravilhoso sem duvida! beijos maria @luans_prt
ResponderExcluirManoooo que fic boa haha eu ja tava morrendo de saudades sabia? E pelo que eu to vendo essa vai ser melhor que a outra haha a sua fic é muito realista amo amo posta mais muié! @FofinhasdoLS
ResponderExcluirpo de apostar que no que depender de mim a fic vai ser mais que divulgada amor amo demais o jeito como vc escreve ja te contei que li sua fic anterior em 2 dias de tao boa nao consiguia parar de ler ia trabalhar cm pregos nos olhos mais valeu a pena chorei demias lendo e essa entao? meu deus vc tem o dom nega e nao da pra negar amei a maria cecilia e me identifico dmais com ela ja vivemos situaçoes parecidas bom eh isso estou ansisa pelo proximo capitulo se puder nega le a minha seria uma honra enorme saber quie no minimo vc poassou os olhos na minha fic nem sei axo que infartaria http://www.lsmeensinaatervc.blogspot.com.br/
ResponderExcluirmueee...olha o se me fez chorar hein?!!! ta loko kk espero que continue assim...bjkass
ResponderExcluirass:joana
Coisa linda essa fic , to amando amr ! - @Luansmeuamr ��
ResponderExcluirMeu Deus sua fanfic é muito liinda vc esta´de parabéns no começo achei q não tinha nada haver com o #Luan :P
ResponderExcluirmas mesmo assim achei liiinda pode deixar que vou acompanhar sempre :D
Meu nome é Hérika tenho 18 anos :P
@LuanRSvida16