sábado, 30 de junho de 2012

Capítulo 21



Domingo chuvoso em Londrina, depois de acordar do sonho Paloma levanta e  pega seu agasalho creme,  meias cinzas, suas botas e uma boina também cinza com detalhes em vermelho seguindo pro Orfanato, encontraria Augusto e teriam uma reunião com a irmã Tereza.

Estava preocupada, tinha medo do que poderia acontecer: - Minhas crianças, o orfanato não pode acabar!

Na rádio local tocava Amar não é pecado, não pensou um segundo em desligar o som, apenas ouviu a música, mudando a sintonia dos seus pensamentos imaginou em que cidade Luan estaria, se já estaria em Londrina ou se ainda gostava dela -  como a noite, Luan conseguiu acalmá-la, não quis se livrar dessas interrogações sobre ele, continuou, pelo menos até a ida ao orfanato teria que estar calma -  fazia dias que não o via, engraçado mais sentia falta da sua insistência, dele e de Bruna, odiava que a perseguissem mais a preocupação deles a tocou: - Eu gosto de você! – Não Luan, você não gosta de mim, isso é ilusão, feitiço da Paloma! – repetia pra ela mesma  – o beijo, a proximidade dos corpos naquela noite no estacionamento, o perfume e suas mãos  firmes a segurando pelo rosto, tão quentes e tão macias – Argh! Paloma, F5 atualiza, não vai se deixar levar certo? – falava alto e ao mesmo tempo pensava – Inferno, porque depois que saí com ele fiquei assim? Esquece, esquece vai! Você vai se foder se continuar com isso Paloma! 

Para no sinal e resolve observar a chuva que caia lá fora, dificultava  a visão ao dirigir, pega uma flanela e limpa o vidro,o relógio na esquina do sinal marcava sete horas, lembrou da casa vazia ao sair e o que pensariam quando não a encontrassem mais lá, onde pensariam que ela tinha ido? Porque tão cedo? 

As crianças dormiam a essa hora e a conversa era séria demais sabendo da sua curiosidade elas poderiam ouvir e não queria essa preocupação pra elas, não sem antes arranjar uma solução.

Para numa casa grande a quatro quadras da sua a neblina dificultava de ver a entrada, buzinou e logo viu a figura alta e forte se aproximar protegendo o rosto dos pingos da chuva com o braço arqueado.

- Bom dia! – abre a porta e entra com um sorriso de canto a canto.

- Só se for pra você, com essa chuva!  - demonstrava mal humor ou só tentava descontar em Augusto sua insatisfação por conta de Luan, ele era a vítima da vez.

Ele ignora, se quisesse ter uma boa relação com ela teria que aprender a fazer isso: - E eu jurando que era por acordar cedo! Porque  quando sai da sua casa, ainda tive plantão, dormi poucas horas e não estou com esse humor. – continua rindo.

- Eu acordo cedo todos os dias... – fala com descaso – mais você é normal Doutorzinho – ri amarelo – tá bom vai, eu gosto da chuva! – admite.

- Que bom saber que aprecia alguma coisa que não bebidas e cigarro. 

- E homens  - completa sem nenhuma culpa – mais eu gosto da natureza, posso tentar ser normal ou vai cortar meu barato?

Augusto não responde a observava dirigir, cautelosa pela pista molhada e resolve puxar assunto: Você está linda! – suas maçãs queimavam e ela percebeu, como um médico, mais velho que ela – bom, não tão velho assim -  ficava daquele jeito?

- Obrigada. – ignora. – você também está – o olha de lado – muito bem vestido hoje. 

-Augusto ri ajeitando as mangas do seu moletom azul que combinava com seu jeans claro : - Devo comemorar esse feito? – bate palmas – um elogio da Paloma? 

- Tá, eu não posso ser normal que já estranham – sorri, a companhia de Augusto era boa tinha que admitir, a deixava mais leve, assim como as crianças, seria seu amigo talvez? Mais era como se a Bia estivesse ali, ele a tratava parecido, sem pressão, sem perguntas e isso era bom – ok, você está bem vestido, sei que está tentando me seduzir por estar no mesmo carro que eu, pensa em tirar proveito da situação mais não vai conseguir porque eu não sairia com você, é isso que queria ouvir? -  ri.

Faz careta: - Não, prefiro a primeira opção, pelo menos posso tentar essa segunda se permitir – ri entrando na brincadeira.

- Atrevido esse Doutor, não podemos dar abertura – bate na direção.

- Você percebeu que está rindo?  -  a olha curioso. 

- Sim, a boca é minha. – fala o óbvio.

- Não, não. Você está...diferente, o que está acontecendo com você? Está mais leve?

- Meio Maria Cecília? – arqueia a sobrancelha - Augusto! Eu só estou descontraindo e tudo mais pela causa que defendemos juntos e...

- Não explique, você está diferente! Pelo menos comigo! – sorria.

- Não...eu não gosto de você!

- Não é nenhuma novidade – ela percebe que ele fica sentido.

- Tá Doutor -  eu não vou dizer isso...não não! – eu gosto de você – ri, era tão diferente esse gostar que ela dizia, lembrava das palavras de Luan, não tinha a mesma emoção, era um gostar normal, de amigo – mais isso não significa que voltei ao que era, não, não!

- Já é um grande progresso.

- Desista porque... 

– Hey, hey! – ele a interrompe – aonde você vai?

Freia os jogando pra frente: - Pro orfanato oras, to pegando a estrada que vai dar acesso não reconhece? – aponta.

Ele dá uma risada: - Eu sempre tomo o caminho mais curto não conhece?

- Caminho mais curto?

- Vai vira ali – aponta pra esquina – e pega o retorno.

- Ok – segue as dicas.

- Agora pega a esquerda, depois a direita, aí é só seguir em frente.

- Tudo bem senhor guarda de trânsito. – ri mais para em seguida continuar mais para naquela rua, Augusto a pega observando o lado direito, uma casa grande de fachada bem cuidada e portão de madeira, o muro também era grande e todo trabalhado em umas pedras que  mesmo na chuva pareciam brilhar.

- Como eu não percebi isso naquela noite? Sim, era a mesma casa, observava o restante da rua e outras residências não eram tão nobres como aquela.

- Já veio aqui? Nessa casa?

- Hã? – se desprende dos seus pensamentos – casa? Se eu já vim aqui? Não, não, só achei a arquitetura dela muito bonita.

- Ah quer copiar pra algum cliente?

- Eu sou criativa ok? Apenas reparo nos detalhes – mentia.

- Vamos, a entrada é logo ali, viu que é mais perto?

- Ah, sim – estava meio perdida agora – claro, esse caminho é ótimo! – se lembraria de evitar passar por ali, continuaria pelo caminho mais longo ao invés de cruzar com suas lembranças.

- Augusto?

- Sim?

- Você acha que nós vamos conseguir? Eu não quero que nada aconteça as crianças nem a irmã Tereza, eu não quero que tudo aquilo acabe!

- Nós vamos dar um jeito! Confiança tá? Mais temos que analisar primeiro a situação.

Chegam ao orfanato, Paloma observava agora aquele lugar com tristeza e a chuva cooperava ainda mais pra esse clima, Augusto parecia entender: - Vai ficar tudo bem, vamos dar um jeito! – era otimista.

- Será? – descem, se protegendo da chuva correm rápido até a entrada onde irmã Tereza já os aguardava.

- Bom dia meus amados, obrigada por virem mais não precisava ser tão cedo.

- Bom dia! – respondem juntos Paloma abraçava a irmã e Augusto seguia o mesmo gesto – vamos logo? Não sou boa de finanças mais iremos arrumar uma solução.

Na mesa enorme da sala de jantar onde aquelas trinta crianças se reuniam para suas refeições estavam os três e muitos papéis, liam atentos a cada um deles, calculavam, Augusto na calculadora somava a quantia necessária e Paloma ditava. Irmã Tereza com as mãos cruzadas orava em silêncio, pedindo a Deus para aqueles dois jovens encontrarem uma solução.

- Realmente é como pensei – Augusto faz sinal negativo com a cabeça – não é nada bom, precisamos de algumas camas novas, trocar o piso da cozinha e o telhado dos quartos das crianças, temos a tintura e algumas paredes que estão comprometidas, fora que as doações não vão nada boas, recebemos agasalhos, comida, brinquedos mais quase nada em dinheiro e pelas minhas contas, para fazer tudo isso teríamos no mínimo mais de 50mil.

- Meu Deus! – a irmã suspira desesperada – isso é quase impossível.

- Daremos um jeito! – Maria Cecília pensava – podemos buscar ajuda, algum patrocínio de empresários que se envolvam com a causa! Temos trinta crianças aqui! Não podemos deixar que nada aconteça a elas, nem que eu tenha que parar o projeto da casa na árvore mais...

- Não minha filha -  irmã Tereza interrompe – isso é importante para elas e estão muito ansiosas por isso, não quero que esse problema interrompa o seu lazer, portanto prossiga com o projeto da casa.

Augusto dá sugestões: - Posso pensar na clínica, ou falar com o Arthur, ele pode nos ajudar com alguma quantia.

- Não! – a irmã olha surpresa enquanto Paloma negava – eles não, procuraremos outros meios. – Augusto fica sem entender. – podemos promover algum evento pequeno que arrecade fundo ou sei lá, buscar mais voluntários que possam doar materiais e fazendo uma soma.

- Somos apenas dois Maria Cecília – Augusto reclama.

- Estamos juntos certo? Por elas vamos conseguir! – estava otimista.

- Obrigada meus filhos, tudo o que fizerem por nós será bem vindo – para e ouve barulho – devem ser as crianças já estão de pé.

- Não falamos mais nisso ok? Não vamos preocupá-las.      – Augusto e a irmã concordam com Maria Cecília, a irmã levanta e vai ao encontro delas na outra sala, organizaria a fila.

- Eu não quero o dinheiro deles envolvido aqui ok? – referia-se a Arthur e Sônia.

- Mais é seu dinheiro também. – reclama.

- Eu sei mais não quero dá pra aceitar?

- Não mais tudo bem, tentaremos outros meios.

- Ótimo – a conversa é interrompida pro gritos e abraços das crianças ao receberem os “Tios’ tão cedo.

 Mais aquele dia estava apenas começando, até seu término, muitas coisas aconteceriam, Paloma iria lidar com diferentes situaçõs, desde o medo, raiva até a sua volta, sim, Maria Cecília poderia ficar, agora de vez.

CONTINUA... 
Aguardem Negas! 
Não perdem por esperar os próximos capítulos, sim, vão se surpreender!
Luan...Augusto...Arthur...Chuva...Jantar..carro fechado (teremos duas situações ;**)..brigas...e acordos!
Bom, de verdade? Espero que gostem!
Sem mais...
Paz&Bem
@_Vanesssaa_

19 comentários:

  1. muito curiosa, por mim podia postar mais viiu! haha' amando! beijoo ♥

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  2. Como comentei no capítulo anterior, acho que essa dificuldade a qual o orfanato está passando, é o que vai fazer com que Luan e Paloma se aproximem mais ainda. Acho que Luan vai ser a "salvação" para solucionar esse problema. E espero que se for realmente assim, ela aceite, pensando, principalmente, nas 30 crianças que ela tanto ama.

    Yana Souza

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  3. own acho que será o luan a salvar o orfanato *-* beijos maria @luans_prt

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  4. Ai meu Deus!! eu ainda vou infartar com essa historia...

    bjs

    Simoni

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  5. Luan...Augusto...Arthur...Chuva...Jantar..carro fechado???
    Assim a ansiedade e a curiosidade aumenta..kkkkkk'
    Postaa Mais. Cristina (@Cris_Luanete)

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  6. Luan...Augusto...Arthur...Chuva...Jantar..carro fechado, PRECISA MESMO ME DEIXAR MAIS CURIOSA AIIIIIIINDA? POSTA MAAAIS NESSA

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  7. Aaaah to mto curiosa !!! Quero o próximo capitulo :x OMG ��

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  8. Argh! Meu Deus to Morrendo de Curiosidade e o Jantar Hein?Axo que é o Luan quem vai ajudar Paloma no Orfanoto seria uma BOa néh?

    @S_LuanSBianca

    Bianca Soouza

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  9. quero ver o outro capitulo amanha cedinho ok? uahsuahsuh' VOUU MORREEEER TO XONADA NA FIC!!! VC ADORA MATAR NÓS DE CURIOSIDADE SAUHSUAHUS'


    2 KISS =**

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  10. own acho que será o luan a salvar o orfanato *-* Posta mais amor to amando.Beijos @FCNegasdoLS_DF

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  11. Ahhhhh! Meu Deus já estou Morrendo de Curiosidade...(✿◠‿◠)

    bjos!!!

    Ꮆaby

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  12. Vou dormir e espero qnd acordar já ter o próximo cap. ok? kkkkkkkkkk

    Naty

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  13. Tenho minhas suspeitas de qm vai ajudar o orfanato KKKKKKKKKKKKKKKKK

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  14. Vanessa cheia de misteeeeriiiooos kkkkkk
    tô louca pra saber o que vai acontecer *---*

    Beejooo
    Naah Negreiros

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  15. to muiito curiosa ... aguardando ansiosamente o proximo capitulo ...
    Queila Soares
    @FcEuAmoAmarVcLS

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  16. Daani - @GauchitasdoLuan1 de julho de 2012 às 10:10

    Você ainda vai me matar do coração amor muié! Kkkk' tomara que tudo se resolva logo (yn)

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  17. cooontinuuua amooor!

    @laarihrafaella

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  18. Leitora Nova Aki *-* Nossa Cara eu Loucamente Apaixonada Por essa Fic Veí Viciei Pronto Viciei quero o Outro Capitulo é Curiosidade de Mais HaHa'

    Gilvani Andrade

    @LS_TeAmoGordo

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  19. uhuuuuuuuuuu ameeeei,tenho certeza que eles vão achar um meio de ajudar o orfanato,Paloma é esperta ou melhor a Maria Cecilia é esperta enfim,queroooo maaaaaaaais
    Beijos&Beijooos

    @JoannaTogoro

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