Capítulo 3

Ela abaixa e encosta na porta do carro falando perto de sua boca: - Não vai descer Luan Santana?

Ele estava hipnotizado pelo movimento dos seus lábios: - Descer? Cla-claro. – desce pondo as mãos nos bolsos e toma coragem – porque aqui?

Mais ela quem o encosta no carro e fala entre lábios – Porque me deu vontade, alguma coisa contra?

Como ela era ousada, suas atitudes o surpreendiam: - Você sempre faz suas vontades? – toma coragem e a pega pela cintura.

- S e m p r e  - fala devagar enquanto Luan não resistia e a beijava mais uma vez mudando rápido de posição e a encostando no carro, pouco importava se estavam no meio da rua, se podia ser visto, a sensação de correr risco ao lado daquela mulher era incrível e instigante.

- Você não deveria ter vindo. – ela afirma, como se o advertisse no início do jogo.

- Porque não? – fica curioso. – foi você quem me chamou lembra?

Ela faz que sim concordando e fala: - Porque hoje...eu não estou a fim de fazer o que você está pensando em fazer -  puxa do bolso da frente da calça de Luan um preservativo e ri da sua cara de vergonha.

Fica vermelho: - Eu não pensei...

- Ah pensou sim. – ri  se soltando dos seus braços e encosta no carro ao seu lado. – todos pensam isso não é surpresa para mim Luan.

- Desculpe. – admite envergonhado.

Paloma não consegue segurar o riso: - Por favor, não me peça desculpas! – ele não entendia -  eu que peço, mais meu objetivo hoje, diferente de todas as outras vezes não é esse. -  se arrepende por ter falado demais, não entendia porque explicava aquilo pra ele, mais irritar seu irmão tinha sido tão bom naquela noite que o resto mais não importava.

- Não entendo, porque não é esse? Porque sou eu? Não faço seu tipo? – fica perturbado.

- Não gosto que me façam muitas perguntas – fala irritada, vira pro carro e puxa de sua bolsa um cigarro, Luan a observava enquanto ela acendia, o cheiro de hortelã se espalhava entre eles.

- Você fuma? – diz surpreso.

- Só a noite. – admite.

- Porque só a noite? – ela o olha e ele entende – sem mais perguntas ok. Mais você essa noite não vai fumar -  puxa o cigarro e pisa no chão apagando-o.

- Porque fez isso? – o olha incrédula, não gostava que a desafiassem.

- Porque até agora, só fiz o que pediu, e eu não curto cigarro, isso vai acabar com você! – advertia.

- É muito melhor que Narguilê, e eu sei me cuidar ok? Não preciso de babá como você pra frequentar os lugares – fala brava - Realmente você passa a imagem de certinho. – termina com uma careta sonsa.

Luan gostava de observar, e cada palavra dava pra perceber que ela era espontânea, não mentia, mais se a olhasse nos olhos...- Não sou tão certinho assim -  fala por fim e a vira encostando-a no carro, seu olhos queimavam nos dela, desejo impossível de controlar, ele a queria e a dor da rejeição doía e apostava mais algumas fichas pra conseguir o que queria de fato. – eu não sou o santo que pensam, se tratando disso aqui. – a beija acariciando seu corpo, provocando arrepios em toda sua espinha.

Paloma ria, parecia que nada a afetava, ela era...fria: - Disso eu sei. – o encara mais uma vez -  os olhos de Luan  parecia o sol tentando derreter toda aquela neve que ele conseguia enxergar nela.

- Seu objetivo pra hoje era irritar seu irmão. – ela o olha assustada -  não é uma pergunta, isso foi uma afirmação. – ri da cara de surpresa.

- Não é bem assim... – não tinha argumentos.

- Eu não percebi desde o começo mais entendi no final, quer conversar? Você não me parece realmente o que me falam -  a maneira que ele a olhava parecia como quem está aprendendo a  ler, enxerga as palavras e faz um esforço enorme para decifrá-las.

Como ele tinha adivinhado? Ficou tão óbvio? Porque ele insistia? Porque parecia se preocupar? Tinha enxergado além? – Paloma se questionava -  Precisava sair dali, não poderia correr o risco de ser frágil mais uma vez e abrir o jogo. Porque ele mexia com ela? A enfrentava?

- Eu tenho que ir. – decide com a voz um pouco nervosa.

- Não vai mesmo me contar?  -  insiste - talvez depois da conversa... -  pensava.

Ela para por um instante, sorri e o beija, passando suas mãos por debaixo de sua camisa, arranhando suas costas enquanto sentia suas mãos a apertarem por sob o tecido fino enquanto Luan ficava literalmente sem fôlego: - Tenho que ir, foi um prazer, Luan Santana. – ri satisfeita e volta para o carro sabendo que estava sendo observada pelos olhares confusos de Luan.

- Vamos nos ver mais uma vez? – Grita.

 E ela como sempre, saiu sem deixar pistas de um próximo encontro, sem troca de telefones, sem contato, e ali ele começava a entender o que isso causava nos homens, a falta de uma próxima vez, uma próxima sensação, um próximo beijo ou algo mais que mal tinha provado, com ele seria pior, pois talvez nunca mais saberia como tinha realmente sido. Era nisso que ele pensava enquanto dirigia de volta a boate, ainda sentia seus lábios e a tonalidade daqueles olhos castanhos esverdeados tão frios nos seus, irritado apertando a direção tão rígida, diferente da sensação de segurar aquela cintura pequena em seu corpo.

Bia estranha ao ver Luan chegar sozinho na boate, e consegue observar a alegria de Arthur ao ver o convidado ilustre voltar, tenta ligar pra Paloma mais como todas as noites depois das dez estava desligado.

Paloma entrou devagar em sua casa, durante o caminho fumou dois cigarros, o dobro do que consumia por uma noite não gostava e fazia isso pra manter a pose de forte, a atitude de Luan a desafiando, a impedindo de fazer as coisas que fazia, a questionando, mudando sua “programação” que lutou pra ter em anos a deixou irritada, e o seu beijo? – Que beijo! – balançava a cabeça negando as sensações.

Sua mãe percebeu que algo aconteceu, mesmo fazendo silêncio, viu os passos cuidadosos da filha, o bater silencioso da porta e ficou feliz, por dessa vez conseguir voltar cedo. Perguntava o que tinha acontecido mais em seu íntimo agradecia pelo feito, ou a quem fez isso.

Em anos que levava essa vida nunca rejeitou um homem em suas ficadas como fez com Luan, mais na verdade, teve medo, ele parece bobo mais é decidido, sabe o que quer, ele era diferente, á desejava  mais tinha cuidado em cada carícia, cada olhar -  aquele olhar... - pensava.  Aqueles olhos queimando nos seus, mas  curiosidade e vontade  de desvendá-la a desarmou e ela fugiu. Essa era a palavra, ela fugiu de Luan, mais o que menos queria, o que lutava pra esconder naquela noite e ele foi além aconteceu, ele conseguiu enxergar seu real projeto para aquela noite: acabar com o irmão. 

Estava confusa demais e isso não podia estar acontecendo, não com ela, precisava dormir e acordar com sua armadura fortalecida, seria um dia difícil, enfrentaria a fúria do irmão e os questionamentos de Bia, tinha que encontrar respostas pra eles que justificassem e convencessem. – Até quando seria assim? – se perguntava. E is seus questionamentos? Sentimentos? Teriam explicação? Talvez, mais começavam a corroê-la.

Antes do amanhecer...

- E aí cara? Como foi? – Sorocaba perguntava curioso.

- Não foi, não aconteceu nada. – admite.

- Como assim? Nada? Bom, pelo visto foi rápido mais. – Rober desacrditava.

- Não, não aconteceu nada cara, só nos beijamos. – Luan explicava um tanto irritado enquanto se concentrava na estrada.

- Conta outra vai! – não acredita.

- Ok, ok. Acreditem se quiser, mais não teve nada além de alguns beijos e amassos.

- Mais ela é incrível né? -  Sorocaba pergunta.

- Demais. – consegue responder seco. – Incrível? Não mais poderia ser se eu tivesse ido até o fim! – pensava – continua dirigindo pensando nos segredos daquela mulher, sim ela era incrível, misteriosa  e linda. Ele queria saber mais sobre ela, porque nunca ouviu falar dela? Nem o próprio Arthur comentava quando Luan o visitava na sua casa. Lembra das suas palavras; - Minha meia irmã. – Meia irmã morando na mesma casa? Quem era a mãe dela? O que ele não sabia além da irmã oculta do amigo? O que eles escondiam? Será que mais alguém sabia disso? E o principal, porque uma mulher linda, incrível vivia daquela maneira?

Luan estava mal,  acostumado as mulheres o desejarem, ele quem foi esnobado por ela. – Por ela -  imaginava seu sorriso um tanto esnobe mais perfeito, seu corpo e seus olhos... - é como você estar no meio do deserto morrendo de sede, pegar sua garrafa e perceber que tem pouca água, você toma aquela pequena quantidade e percebe depois que não vai ter mais, fica com a sensação de nunca ter tomado aquele gole, porque é melhor conviver com a sede do que ter tentado saciar e não o fazer por completo, era assim que ele sentia. 

Ele queria provar de novo aquele sabor, parecia que a cada palavra ele sumia de sua boca, de sua pele, de suas mãos. Mais era improvável que a encontrasse mais uma vez, ele tentaria, queria descobrir o que ela escondia de verdade. Pela tarde ele viajaria para cumprir sua agenda, talvez essa perturbação passasse, ou talvez a vontade de voltar pra Londrina ficasse maior, quase incontrolável, e no fundo ele temia por isso.

CONTINUA... 

Amores! E aí? Se surpreenderam com esses dois?

Será que vai ter uma próxima vez?

Luan irá buscar mesmo por isso?

E Como Paloma irá enfrentar a Frúria de Arthur?

Aguardem que muitas coisas vem por aí!

Leitoras fantasmas sinto a presença de vocês!

Por favor, o espaço de comentário é pra todos, se lêe curte diz aqui tá?

ASe identifiquem e a quem comenta meu muito obrigada!

Amo vocês!

[ caso não dê pra postar amanhã irei não se preocupem, porque postarei dois capítulos no sábado ok? Tô cheia de compromissos, mais isso é só se não der pra postar =)]

Paz&Bem

@_Vanesssaa_

Leiam amores a Fic da Julia tá MUITO TOP ---> super indico aqui ó  http://oamoreotempofanfic.blogspot.com.br/

PERGUNTAS, DUVIDAS E SUGESTÕES FIQUEM A VONTADE TÁ?