terça-feira, 31 de julho de 2012

Capítulo 47



Maria Cecília realmente não mentiu quanto sua roupa, era curta mais não era ousada e sim elegante, mais pelo que Luan tinha falado dos seus ciúmes e critérios de “como se vestir bem pra ele” ele olharia meio que de lado desaprovando.
Ela vestia uma saia tubo em ouro envelhecido, blusa de tecido fina que deixava a mostra o tom de sua pele e também a cor do seu sutiã dourado que combinava com sua saia, salto preto, bolsinha de lado e algumas pulseiras e colares, estava pronta.


Sônia já estava a espera dela, Arthur provavelmente já tinha partido, sentada no sofá admirava a filha caminhando em sua direção: - Você está linda filha.

- Obrigada – ajeitava uma mecha do seu cabelo – vamos?

- Claro, mais acho que vamos cada uma no seu carro.

- Porque? – não entendia.

- Filha, caso eu queira voltar  antes de terminar o evento eu voltarei, você pode ficar mais um pouco entende?

- Tudo bem, então vou pegar as chaves do meu carro, mais podemos ir no meu e te trazer quando quiser voltar.

- Não, não! – parecia que Sônia tinha outros planos – vocês são jovens aguentam o pique eu só vou só fazer a “fita’ minha idade de shows já passou! – Sônia falava enquanto ela ia e voltava com as chaves.

- Sônia! Você é jovem ainda! Deveria arrumar um novo amor! – ria saindo pra garagem e ela a acompanhava.

- Acho que vocês não aceitariam, eu amei muito o César e...

- Meu pai ficaria feliz em ver você seguindo em frente – falava convicta.

- Garanto que ele já está feliz em ver você seguindo em frente, assim como eu – ria terno – quando vai me chamar de mãe novamente hein?

Ela para na porta do carro, que pergunta difícil de responder: - Você ajudou o Luan e o Augusto hoje não foi? – joga outra pergunta.

- Cecília eu não fiz isso com interesse eu...

- Eu sei, eu sei! Quer me ver bem, e eu entendo perfeitamente, mais acho que é isso que machuca o Arthur, se eu voltar ao que era antes com você vai ser pior e...

- Você tem medo do Arthur é isso filha? – se aproximava dela – medo do que ele possa fazer e...

- Sônia, ele cortou meu dinheiro, vive me fazendo ameaças indiretas, foi lá no orfanato e prometeu pras crianças mundos e fundos, ambas sabemos que ele nunca vai cumprir e o principal, me odeia e odeia o fato de ser meia irmã dele e eu ter tomado toda atenção de sua mãe.

- Não acredito nisso! Olha, eu amo o Arthur e sei que algumas atitudes dele vão de choque ao que é  ético e em fim, mais eu amo ambos igualmente...

- Não sei.

- Você teve atenção dobrada eu sei, e você entende o porque não é? – ela concorda – mais isso nunca diminuiu o meu amor por ele, se queremos mudar isso teremos que ser juntos, os três.

- Bom, eu não sei se o Arthur vai mudar, eu o tomo como caso eprdido, mais quanto a nós? Vamos devagar certo? Eu também não fui legal com você esses anos e...

- Pra mim nada importa a partir do momento que se preocupou comigo naquela noite e me chamou de mãe – seus olhos brilhavam – eu esperarei seu tempo, sei que está perto – a abraçava – agora vamos? Temos um show e o Luan é a atração da noite que você não quer perder suponho?

- Não mesmo! – ria entrando no carro e dando partida pro show, pela grandiosidade do evento que teria dois palcos seria em uma área que comportasse muitas pessoas, Arthur optou por um estacionamento de um Shopping que não ficava muito longe da sua casa, apenas uns 5 quarteirões e estava lotado, já era de se esperar de Arthur se tinha alguma coisa que ele fazia bem era se empenhar nos seus eventos, várias pessoas estavam com o abada do evento, as de vermelho ficavam de frente pro palco, tinham dois palcos enormes lado a lado cada um com um camarote em cima dele para os convidados de honra e os cantores que fossem se apresentando ficarem mais confortáveis vendo as outras apresentações. Cecília com Sônia tinham passe livre e entraram pela área destinada aos camarotes em cima do palco, os caras na fila de abadá roxo assoviaram ao verem ela passar, parecia que Londrina em peso compareceu aquele evento.

Pararam e colocaram suas pulseiras douradas – até nisso Arthur tinha pensado – o segurança guiavam elas até o camarote.

- Eu preciso saber qual palco Luan vai se apresentar – ela pensava enquanto caminhava, olhava pros lados não via ninguém conhecido, apenas alguns amigos de Arthur e Bia que já estava sentada no camarote. – Segurança – falava chamando atenção dele e de Sônia – onde o Luan Santana vai se apresentar? Digo, qual palco?

- Esse que vocês vão ficar moça – sorria educado e seu coração pulava acelerado. -  Bia cumprimentava sua sogra, Cecília a abraçou mais não falou com os pais dela, aquela conversa naquele dia no armazém de construção ainda estava vida em sua mente.

- Bia – puxava assunto já que Sônia se ocupava com os sogros do filho – você viu a Bruna? Ela já deve estar aqui, o Luan me ligou pra eu poder ficar com ela – ria envergonhada e Bia entendia com um sorriso insinuando alguma coisa.

- Eu acho que ela deve ficar no outro camarote – apontava pra uma plataforma elevada colada no palco do outro lado,Cecília a encarava em dúvida – temos dois não é? O Arthur resolveu fazer algumas mudanças e o Luan e os outros devem ficar no outro camarote. – seu coração gelava.

- Onde ele vai se apresentar? – perguntava já sabendo a resposta.

- No  outro palco – Bia mordia o lábio, o segurança estava enganado quanto essa informação.
- Você sabia disso não é?

- Não, ele tomou a decisão quando chegou aqui – então esse era o plano? Separar os dois durante a noite? -  e eu estranhei porque ele mudou os horários das apresentações, Luan não vai ser mais o primeiro.

- Não?!

- Não, vai ser Conrado e Aleksandro como tinham combinado, Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, e Luan.

- Último?! – prendendo Luan durante toda a noite.

- Isso, último.

- Eu preciso ir pro outro camarote, não vou ficar aqui – levantava decidida.

- O que tá acontecendo que eu não sei? – Bia parava ela puxando seu braço.

- Quando começar a me manter informada sobre as mudanças do Arthur Bia, talvez você mereça saber novamente o que acontece na minha vida. – falava irritada, começava a passar pelos bastidores, muita movimentação, pessoas correndo, carregando fios, falando no telefone e tudo que não queria era encontrar o Arthur. Telefone toca. Luan.

- Hey, vai me dar o furo?

- Não Luan – falava ofegante – to tentando te encontrar, o Arthur preparou algumas mudanças e...

- Tô sabendo, ele mudou o horário do meu show e o Anderson concordou, tipo um castiguinho pelo que fiz hoje – ria despreocupado.

A risada de Luan aumentou seu nervoso, provavelmente ele não entendia o que estava acontecendo: - Ele mudou o seu horário e o seu palco, não vou poder assistir seu show porque to no outro entende?

- Como assim? – começa a entender.

- Eu to tentando passar pro outro lado Luan, indo pro camarote que você vai ficar com a Bruna e os outros, e o mesmo perto do palco que você vai se apresentar, te prometi que estaria com você lembra?

Era possível ver o sorriso dele do outro lado da linha: - Vem logo muié! Eu to aqui com a Bruna e o pessoal da equipe, to vendo o pessoal do outro lado, Bia, sua mãe e outras pessoas – claro que ele veria os camarotes ficavam de frente um pro outro, numa plataforma colada no palco a única coisa que os separavam eram um mar de pessoas com camisas vermelha, branca e roxa que faziam muito barulho ansiosas pelo show.

- Eu vou, eu prometi que veria seu show de perto -  lembra mais uma vez -  Já, já chego ai.

- Tô te esperando.

Desliga o telefone e faria de tudo pra chegar do outro lado, isso se uma mão não a parasse pelo ombro, Arthur: - Aonde vai com tanta pressa?

- Eu vou pro outro camarote, a Bruna tá me esperando.

- Só a Bruna? – ele dava aquele sorriso sínico que tanto conhecia.
- Sim – concorda naturalmente.
- É uma pena, porque infelizmente você não pode ir pra lá ! – fazia cara de decepcionado.
- Porque não? O que me impede é só você aqui agora no meu caminho, com licença – tentava passar.
- Ali são só pros cantores e pros convidados deles maninha, temos ordens pra que outros não entrem, e em especial você. 
- O que? – não acreditava no que ouvia – você é maluco ou o que?
- Apenas não quero problemas com o Luan, Londrina toda te conhece e não quero ver a Rainha das Noites fotografada ao lado dele, não que me preocupe com você mais – dava de ombros – Dagmar teria problemas ao ver os comentários que Luan enfrentaria e você não quer isso pra ele quer?  -ele tinha pego no ponto fraco.
- Dane-se Arthur, e eu não tenho nada com o Luan, somos amigos ou pensa que...
- Vão ficar aos beijos e agarradinhos ali? Sim, penso isso, e acho que um evento dessa grandiosidade pro meu nome e dos meus negócios quero ser fotografado com todos da minha família, isso inclui você lá, comigo! – dava as ordens e fazia o caminho inverso voltando pro camarote.
Não ligava pra nada que Arthur falava, não importava as fotos que ele insinuou, pois não ficaria aos beijos com Luan...Ficaria? – caminhava triste demais de volta pro camarim – no fundo ele tinha razão – droga! – odiava ficar nas mãos de Arthur como estava, se o Augusto tivesse ali daria um jeito juntos, mais ela sozinha? Não tinha como seguir em frente e se tratando do irmão ele com certeza teria vetado sua entrada lá.


Pegava o telefone e discava pra Luan: - Nada feito – sua voz era triste – o Arthur falou que 
esse camarote é apenas pros cantores e convidados deles, tenho que ficar no da nossa família e amigos – caminhava de cabeça baixa, Luan estava em silêncio tentando ouvi-la, o barulho era alto Conrado e Aleksandro já estavam se apresentando no palco onde Luan estava.
- Tem certeza disso? – dava pra perceber que ele gritava, mais sua voz era de dúvida.
- Tenho! Porque?
- Aqui estão o Jorge e Mateus algumas pessoas da equipe deles, eu, meus pais, a Bruna e o pessoal da equipe e tá faltando alguém que se eu estou enganado tá ai no seu camarote – sentia pela entonação de Luan que não lhe agradara.
Nem passou por sua cabeça quem estaria lá, mais já estava entrando no camarote e só deu tempo de perguntar – Quem é Luan? – que já via com seus próprios olhos, de Babylook rosa, calça jeans apertada e cabelo espetado lá estava ele só sorrisos do lado de Arthur: - Gusttavo Lima?
- É ele mesmo não é? Então Le pode ficar aí?
- Pelo que Arthur falou não, mais ele estão papiando aqui – passava dando apenas um sorriso rápido em forma de cumprimento e fica colada na barra de proteção do camarote – olha, eu vou dar um jeito ok?  -fitava o mar de pessoas a sua frente e do outro lado observava também Luan com o telefone no ouvido a encarando. Desliga e guarda na sua bolsa. Observava o pessoal indo a loucura com a dupla que Luan lançou pro Brasil, eles realmente eram bons, mais nem ele, nem ela prestavam atenção no palco, estavam se olhando como se pudessem atravessar tudo aquilo e se encontrarem em questão de segundos, mais não seria fácil.
- Arthur? – Gusttavo ria com o um copo de bebida na mão – desculpa o atrevimento cara, mais tua irmã é linda demais – olhava Para Maria Cecília que agora conversava com Bia observando o show.
- Valeu – aproveita a chance – ela também gostou de você! – cutuca Gusttavo rindo sinuoso.
- Verdade? – se surpreende – mais acho que ela curte o Luan – tinha desconfiado.
- Posso te contar um segredo? – ele faz que sim – são apenas amigos e acho que você tem chance, de minha parte aprovo  - batia em seu ombro.
- Não brinca! – a satisfação estava evidente no seu olhar.
- Eu vi vocês dois no aniversário papiando, juntinhos dançando, cara porque acha que deixei você no mesmo camarote que nós? Não é o Luan que tá aqui certo? Aproveita, chega perto e quem sabe hoje não é seu dia de sorte? Cunhadinho? – ria não de apoio, mais de satisfação ao imaginar tudo que iria acontecer.
- Posso chegar junto dela? – pergunta ainda em dúvida.
- Acho que aquela é minha namorada, vou tirar ela de perto ok? – pisca o olho e saem caminhando em direção delas – ah! Só mais uma coisa, minha irmã gosta de pessoas que a surpreendam, então quando estiver no palco, sinta-se a vontade – tinha dado a deixa que Gusttavo queria.
Sutilmente Arthur se aproxima do braço de Bia e a puxa, Maria Cecília continuava seu dilema, um olho no palco e outro em Luan que estava em pé do outro lado conversando com Rober, mais muitas vezes a encarava também e mandava beijinhos discretos arrancando-lhe risinhos, totalmente focada nesses gestos e em como estar lá do outro lado com ele nem percebeu a ausência da amiga, apenas quando um par de braços a prendeu e virou assustada ficando cara a cara com ele.
- Oi? – Gusttavo sorria – te assustei princesa?
- É, eu...oi! – tentava não ser indiscreta – assustou sim, mais acho que pode me libertar  -afastava seus braços enquanto ele ria pra ela a deixando livre mais ainda próximo demais.
- Você sumiu aquela noite, senti falta da minha companheira de Tekila!
- Ah, é. Tive que sair mais cedo. 
- Antes de cometer alguma loucura? Cadê a garota que disse que toda festa tem que ter um pouco de loucura? Estava tão preparado sabia?
Ela ri alto: - Deixei isso por sua conta.
- Você está linda hoje – elogiava  olhando-a dos pés a cabeça e ajeitando uma mexa do seu cabelo, pondo-a atrás da orelha.
Maria Cecília ficou totalmente sem jeito, de costas pro camarote de Luan mal lembrou que ele observava tudo, deu um leve soco no ar e sentia o sangue ferver em sua cabeça, Gusttavo não perdia tempo. Mais sua raiva maior era que ele não tinha culpa, ela era solteira, ninguém sabia do seu rolo a não ser Bruna que se aproximava dele nesse momento.
- E aí?
- Ele é rápido.
- E você vai deixar?
- Não sei se você percebeu maninha – ria nervoso de raiva – mais tem um mar de pessoas nos separando.
- Você é o Luan Santana.
- Ah e posso criar asas? – bebia um gole de sua água.
- Não, pode conseguir o que quer, estar lá do outro lado.
- É mais eu furei hoje o dia todo e a Dagmar, mais Anderson, Arthur e companhia podem dizer alguma coisa, eu furei com eles. – admitia irado.
- Tudo bem, então fica aí assistindo ao show de cantadas e investidas que o Nivaldo vai dar na Cecília, irmãozinho.

Era exatamente isso que Luan fazia, com as mãos apoiadas observava o outro lado, Cecília já afastada – fugindo literalmente dele – que insistia em ficar no seu pé. – Não vai acontecer nada Luan, ela está com você lembra? Só sua. – mais era impossível não sentir ciúmes, sua vontade era de voar literalmente e ficar bem do lado dela com o braço em sua cintura e mostrando que ela era sua, só sua. – e até ele duvidava se aguentaria ver o Gusttavo ao lado dela a noite toda, pela primeira vez torcia pro show de seus amigos acabar rápido e ver ele no palco cantando longe de Cecília.


CONTINUA....
Amores esse capitulo tinha algumas imagens mais tive que modifica-lo a NET nao tava cooperando, amanhã encaixo no outro certo?
Desculpem a dmeora! Espero que estejam gostando.
COMENTÁRIOS POR FAVOR??
Aguardem....
Muita coisa vai acontecer;;;;
Só acho!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Capítulo 46




Nada poderia abalar a alegria que Maria Cecília estava sentindo nem mesmo o irmão e seu humor negro, entrou em casa cantarolando e subiu as escadas com passos urgentes, já começava a anoitecer e tinha que escolher sua roupa, arrumar o cabelo e estar linda para ele. Apenas pra ele. Por precaução de Arthur não furar os quatro  pneus do seu carro iria com Sônia já que Augusto ligou de última hora dizendo que não poderia ir, teria que cobrir o plantão de um outro médico.


- E então como foi o encontro de vocês? – Augusto ria ao telefone com ela.

- Sem camas como você quis! - dava de ombros mexia nas suas roupas procurando o que vestir.

- Ele te contou? – falava com voz de vergonha.

- Hum Rum – confirmava – obrigada por escolher aquele lugar, é lindo!

- Tudo agora fica mais lindo não é? O sol, a lua, as estrelas... – zombava.

- Quero ver quando você se apaixonar um dia, mais só respondendo não estamos namorando.

- Não?!

- Não, estamos nos conhecendo, tipo, um ficando sério entende? E acredito que o Arthur já desconfiou, quando chegamos aqui em casa ele estava também e veio cheio de ironias, deve querer armar algo pra hoje. – mordia o lábio do outro lado da linha.

- Bom em todo caso cuidado pois não vou poder estar lá pra te defender.

Seu coração sente um aperto, de certa forma Augusto era seu escudo - Não se preocupe, o máximo que ele pode fazer é me impedir de ir e vou com a Sônia então... – dá de ombros.

- Tenho que desligar, acabou de chegar um paciente com fratura e tenho que ir. Se cuida e bom show nova Senhora comprometida.

- Vai lá Doutor! Obrigada, por tudo. – respirava fundo olhando pra sua cama cheia de roupas ao mesmo tempo que agradecia por ter Augusto em sua vida, era um amigo e tanto. Pensava também em Luan, no que ele diria ao chegar em casa, sumido o dia todo provavelmente deveria ter preocupado, imaginava suas caras e bocas tentando inventar algo que convencesse a todos e era bem isso que acontecia na mansão dos Santana.


Luan estacionava na garagem de sua casa estava tranquilo porque chegaria a tempo no show, sem atrasos. Odiava ter que atrasar, seu celular não parava de tocar desde que tinha ligado ele quando deixou Maria Cecília em casa, mensagens e mais mensagens de Anderson, Rober, Dagmar, Arnaldo e seus pais.

- Nossa! – coçava sua nuca ao descer do carro e parar na porta pensando duas vezes ao abrir, mais não foi necessário, seu pai ouviu o barulho do carro e abriu a porta deparando-se com Luan parado bem a ela.

- Pode me dizer onde você estava? Porque a Bruna não nos revelou dizendo que você estava bem – repreendia irritado – eu, sua mãe, Anderson, Dagmar, todos preocupados! Isso são coisas que se faça Luan?


Não lembrava qual a última vez que levou uma bronca daquela, provavelmente quando ainda era menor de idade, sempre temeu as broncas do pai e voltava agora aos seus dezesseis anos com “a cara” mexendo sem saber o que dizer.

- É..pai..eu cheguei a tempo do show ok? – falava nervoso – e como a Bruna disse eu estou bem – abria os braços provando que estava inteiro  - passei agora na casa do Arthur ele disse que está tudo pronto, e acho que o pessoal já passou o som né?

- Luan – o fitava ainda irritado – entra – dava passagem e observava a mochila que o filho carregava, percebeu que a casa estava em silêncio, como sempre desde criança sua mãe deixava que Amarildo resolvesse a “conversa séria” e só depois ela aparecia.

- Ai – falava sentando no sofá, não era um gemido de dor mais sim do que ouviria.

Amarildo sentava de frente pra ele meio curvado, seus braços apoiados no joelho cruzava as mãos: - Estou esperando, pode começar a falar, todo ouvidos.

Sempre foi assim quando Luan fazia alguma coisa errada ele nunca dava a bronca de primeira, gostava de ouvi-lo e isso era assinar sua sentença de culpa.

- Pai – Luan ria – to me sentindo uma criança novamente!

- É como se comportou hoje, suas atitudes Luan! Totalmente infantil! Então vamos relembrar os velhos tempos – falava sério – estou esperando - cruza os braços.

Não tinha jeito, teria que se explicar: - Olha, você confia em mim não é? – ele concordava – eu sai com uma amiga – morde o lábio nervoso – fomos numa cachoeira e só a Bruna sabia, fizemos um piquenique e me fez muito bem estar com a natureza, sem o Wellington sem fotógrafos e com ela. Tô renovado, nem as férias em Cancún foram suficientes pra fazer o bem que tive hoje – Amarildo percebia que o filho era sincero no que dizia e não interrompe – se eu tivesse avisado a Dagmar, Anderson, ou até mesmo vocês tenho certeza que me impediriam, diriam que era loucura, que alguém poderia me ver e todas aquelas coisas que já sabemos me entende? Foi uma loucura eu sei, sumir, desligar o telefone mais juro, foi necessário. – parava.

- Amiga? Tudo isso por uma amiga? Luan...- sabia que o filo tinha mais pra contar.

- Pai! Eu nunca te escondi nada mais – seu pai sempre foi seu confidente -  ela é especial e estamos definindo ainda o que somos, entre amigos e namorando digo que um pouco de cada – ri bobo – só sei que de todos os relacionamentos que tive nunca me senti tão...bem! – levantava – preciso de um banho.

- Hey, hey – pegava em seu braço – eu acredito em tudo que disse filho, nossa! Quem sou eu pra contestar loucuras? Sabe que já fiz várias na adolescência e quando conheci sua mãe – Luan assentia – mais peço que não me esconda mais nada ok? Quem sabe eu até posso te ajudar? – batia no ombro do filho.

- Tudo bem, prometo na próxima avisar, tipo hoje a noite! – ele ria.

- Tudo bem, sinta-se autorizado e direi a sua mãe que...bom, vou pedir pra ela se acalmar e ficar tudo bem. Quando chegar a hora contamos – Amarildo também não era bom em inventar histórias, Luan tinha a quem puxar – mais posso saber quem é?

- Pai – falava nervoso, sua perna batia involuntariamente – você a conhece, bom pelo menos já ouviu falar muito nela aqui em casa mais se eu te contar agora não vai aceitar, tenho que contar tudo desde o inicio e principalmente a história dela, ai sim você irá entende e aceitar.

- Tudo bem, confio em você e esperarei essa conversa quando estiver com mais tempo. Vai lá que você tem um show campeão!

Luan subia as escadas direto pro seu quarto, enquanto tirava sua roupa pensava no quanto era bom estar em casa, como queria que todos os shows fossem ali em Londrina,  a loucura de shows, hotéis, camarins era boa mais nada se comparava a tomar um banho no seu banheiro, deitar na sua cama e o que lhe incomodava é que teria mais um motivo pra voltar logo, pra sentir saudades. Ela.

 Lembrava cada sorriso, cada beijo, cada ironia e brincadeira dos dois naquela manhã. Ela tinha a mistura perfeita da seriedade e educação com o jeito palhaça e engraçada de ser, ria de suas bobagens e contava algumas também, romântica, inteligente, falava difícil mais também arriscava algumas gírias com ele. E algo que percebeu foi que ela não perdeu a forma ousada de ser, de beijá-lo e não duvidava que ela toparia fazer qualquer coisa com ele ali, no meio do nada não por ter vivido muito a Paloma, mais por ser ele, por ser desejo, por ser amor. 

E por amor cometemos qualquer loucura. – Até esquecer que você tinha uma equipe toda te esperando durante o dia Luan – pensava, por sorte já tinham escolhido seu figurino para aquele show, camisa azul marinho e xadrez vermelho por cima com calça escura e seus velhos par de tênis, arrepiava o cabelo e pensava no que fariam a noite não tinha a menor ideia pra onde levá-la – criatividade Luan, surpresa! – pensava – estava em cima da hora, o que preparar? Para uma noite ser especial não importa onde, mais quem está lá e os dois se completavam, foi quando algo passou pela sua cabeça – Será? Isso parece perigoso demais Luan, resumindo, morte pra você – ria – não, ousadia, darei a opção, caso não dê certo, terei a segunda. – olhava pra sua cama com ar ousado.

 

Saia do seu quarto pronto pro show, levaria sua irmã e uma amiga dela do colégio Gabi. Seus pais iriam no horário do show, Marizete não o interrogou, apenas perguntou como tinha sido seu dia e Luan respondeu que foi ótimo, provavelmente o pai tinha conseguido uma boa desculpa. Já Bruna não poderia deixar de ser diferente, o encheu de perguntas, queria fotos mais agora que ele se lembrava que não tinha registrado nenhuma, bobagem, os melhores sorrisos, beijos e toque estava guardados na sua mente.
- Vocês tão namorando?!
- Não Bruna! - Luan descia rápido pra sala e Bruna o seguia, iriam esperar a van.
- Tão ficando?
- Mais ou menos!
- Ela me conta mais coisas do que você! Argh! - reclamava.
- Vocês terão tempo de conversar hoje, não se preocupe. - pegava o telefone e pedia silêncio pra irmã.

Disca o número dela, abrindo um sorriso enorme ao imaginar aquela voz, Bruna o cutucava e ria fazendo gestos de que ele era tonto e estava apaixonada. Cecília acabava de terminar sua make.


- Alô?

- Tá pronta ou vai me dar um furo? – seu coração dava pulos ao ouvir aquela voz e seu sorriso s emultiplicava.

- Tô pronta sim, to descendo pra pegar o carro da minha..da Sônia, vou com ela.

- E o Augusto?

- Tá de plantão não vai poder ir - Luan imaginava que ela fosse com ele.

- Humm, tá a fim de aturar duas adolescentes? - fitava Bruna ue mostrava a língua.

- Como?

- A Bruna e a amiguinha dela estão indo comigo.

- Ah! Eu mais Adolescentes? – não gostava da ideia.

Luan ria do outro lado: - Até meus pais chegarem, vou ter que resolver aquelas coisas de camarim, fãs, som e...

- Tudo bem – respirava fundo olhando no espelho – eu fico sem problemas Luan, terá a Bia também e não tem perigo lá.

- É que nesse show vai estar um carinha sabe? E a Bruna... - nesse momento a irmã avança corando dando um tapa em suas costas o fazendo encolher da dor.

- Ah Luan não acredito! Deixa a menina ser feliz!

- Lembra que eu te falei que sou ciumento? Isso é tanto pra ela e o dobro pra você - ria e Bruna sussurrava "idiota" saindo da sala.

- Nossa, tinha esquecido! - se fazia de vítima - Mais vou lembrar disso quando ver sua cara ao ver minha saia – mordia o lábio rindo alto  desligava o telefone. Deixando Luan levemente incomodado do outro lado.

- Melhor levar uma jaqueta por precaução - pensava em colocá-la em Cecília imaginando como ela estaria vestida ou se apenas estava brincando de irritá-lo. Com o coração ansioso para vê-la vai chamar a irmã ao ver a Van buzinando em frente a sua casa.

Mal sabia eles que provavelmente não se encontrariam nesse show, alguém iria impedir isso. Será que conseguiria e estragar a noite que Luan estava esperando?


CONTINUA...
Amores! E aí? Como será esse show hein? Garanto que será com muitas emoções, preparem os coraçõezinhos viu? 
Arthur observou muito no aniversário de Luan uma pessoa se aproximando de Cecília, e ele fará uso disso! 
AGUARDEM...
=X
Paz&Bem
@_Vanesssaa_