Capitulo 43

A festa acabou, pelo menos pra Luan que chegou de madrugada, a maioria dos convidados ficaram até o amanhecer, inclusive Bruna que até onde Luan lembre ele não tinha convidado um cantor chamado Rafael, o qual Bruna dançava a noite toda. Mais não importava seu foco agora era no dia que já começava a despontar no horizonte, sua insônia não prejudicava do contrário já tinha passado até mais tempo sem dormir e naquela madrugada começava a organizar as coisas, descendo na cozinha tomando cuidado pra não acordar seus pais que tinham chegado mais cedo começou a separar tudo que via, sucos, iogurte, frutas, biscoito, patê, geleia, seria um café da manhã já que o lugar era convidativo.

Ele sabia que teria tempo pra separar tudo aquilo pela manhã, mais a ansiedade o consumia e tinha que deixar tudo pronto. Separou uma toalha da coleção do armário da sua mãe, alguns talheres e copos descartáveis, e claro como não deixou de pensar, pegava um mini bolo da sua festa, teria o álibi que ela não ficou para os parabéns.

- Tudo pronto, agora é esperar amanhecer. – comemorava e toma um susto ao ver alguém acendendo a luz da cozinha, de sandálias nas mãos Bruna apareceu com olhar desconfiado. – Isso são horas? Tá quase amanhecendo! – Luan reclamava disfarçando o susto.

Ela ignora: - Dá pra falar baixo? – tomava cuidado com o sono dos pais – Sabe? Não tenho culpa se a festa tava muito boa e o aniversariante a deixou cedo – mostrava a língua indo até a geladeira e pegando a garrafa de água, observava na bancada os objetos expostos e bem organizados lado a lado. – O que é isso?

- Nada – não responde e muda de assunto – eu espero que você tenha se comportado com aquele carinha lá – apontava com o dedão pro lado indicando a direção contrária a Bruna.

- Me erra Luan – fechava a porta irritada – eu sei me cuidar.

Ele respira fundo lembrando que Cecília também tinha falado a mesma coisa de Gusttavo: - Porque todas vocês pensam que sabem se cuidar?

- Quem além de mim disse isso pra você hoje? – Bruna era esperta demais e interpretava fácil as palavras de Luan.

- Ninguém – olhava pro canto mexendo no cabelo.

- Tudo bem – não dava importância, já sabia quem era – mais tome como exemplo a Maria Cecília – alfinetava rindo com o copo na mão, fazia movimentos circulares com ele e Luan se concentrava na água para disfarçar a tensão, Bruna sempre foi mais rápida do que ele pra entender as coisas, sempre esteve um passo a frente e nunca perdeu a mania de o deixar em saias justas. 

- O que tem ela?  - dá de ombros.

- Ela sabe se cuidar muito bem, veja o Gusttavo, passou a noite toda atrás dela e ela nem ligou, só não sabe se cuidar quando se trata de você.

- Porque de mim? 

Ela se aproxima e fala baixinho perto do rosto de Luan: - Porque eu vi você e ela se beijando, eu ouvi a conversa de vocês dois – ria da cara de susto dele.

- O que você ouviu? Onde você estava? Mais alguém?

- Calma, calma, só eu ok? Eu estava na sala atrás de vocês. Sabia que a boate do Arthur tem uma sala reservada?

- O que você tava fazendo nessa sala reservada? Melhor, com quem estava?

- Deixa de neura Luan! Eu sou curiosa, comecei a fuças entradas, só que quando ia sair percebi que vocês dois estavam conversando e fiquei. Sabe, eu devia te bater por não ter falado que ama ela no orfanato, e desde já digo que quero conhecer esse lugar, as crianças e tudo mais – ia dando as ordens – acho legal você fazer um piquenique é romântico – ria.

- Não achei graça, onde você tomou mania de ouvir conversa dos outros? 

- Você deveria se perguntar, porque não nasci com a mesma inteligência da Bruna? – ela ria – você é aéreo até pra dizer eu te amo Luan! –passava por ele – dá licença, vou dormir, boa sorte amanhã e cuidado porque essa é a toalha preferida da mamãe. – adverte.

Luan também sobe sem paciência, sua irritação tinha fundamento, porque odiava admitir que Bruna funcionava anos luz a frente dele, deitado em sua cama esperava o sol de fato tomar conta  de tudo para poder sair, esperaria apenas o sinal de Augusto.

Enquanto isso Maria Cecília...

- Luan, não venha me dizer o que fazer, nem pra me cuidar! Sei fazer isso muito bem! – a cena da boate se repetia.

- Mais o Gusttavo...

- O que tem eu? – surgia mais um integrante na conversa, os dois o encaravam surpresos.

- Nada. – Cecília respondia enquanto observava Luan em silêncio.

- Ele tá te incomodando princesa? – Gusttavo a puxava pro seu lado – o aniversariante tem que fazer as honras não é amigo?

- Cala a boca falô! – Luan perdia a paciência.

- Olha amor – Gusttavo encarava Cecília com o rosto entre suas mãos – vou tirar você daqui tá? – a beijava e ela cedia, mais não era a mesma coisa que beijar Luan.

- Hey você está beijando outro cara na frente do Luan! Você ama ele sua louca, para, para – pensava enquanto Gusttavo ainda continuava a beijando. – Tudo bem, vamos – pegava em sua mão e deixava Luan sozinho, sozinho cabisbaixo e decepcionado com sua atitude.  – Maria Cecília, volta, volta pro Luan – pensava – não vai com ele, você ama o Luan, volta!

Despertador. Acorda assustada sentando na cama, o sol invadia sua janela estava claro e se irrita ao perceber que foi tudo um sonho e que eram apenas sete da manhã. – Hoje é domingo sua idiota! – reclamava caindo mais uma vez em suas cobertas. – Porque o despertador tocou logo hoje hein? – tinha vontade de o pegar e atirar contra a parede, lembrava que tinha chegado cedo, logo após Luan largar sua mão e subir naquele palco pra cantar os parabéns, passou por Augusto e avisou que estava voltando, não viu Arthur nem Bia, provavelmente tinham se cansado e estavam aproveitando a noite em um lugar, quanto a Gusttavo – lembrava do sonho – Argh! Hoje eu vou ter que vê-lo novamente?  Ele é legal Maria Cecília...mais insiste demais, se fosse em outros tempos – pensa em Paloma. – Não, vamos dormir ok? Ainda tenho o dia todo – fecha os olhos e começa a pensar em Luan, primeiro na conversa que não resolveu nada, segundo  no beijo - que beijo! -  e depois na cara de desapontado que ele deve ter ficado ao não vê-la mais na festa – melhor assim! – seus olhos começavam a pesar de novo, já começava a adormecer quando escuta três batidas em sua porta.

- Ai não! – falava abafando a voz no travesseiro – se for o Arthur com algum programinha de família eu mato ele hoje.

- Cecília – mais batidas – Cecília? – É o Augusto!

- Augusto? Ás sete da manhã? – dois pensamentos começaram a lhe perturbar, primeiro alguma coisa aconteceu a Sônia e segundo o orfanato.

Em dois segundos estava de pé abrindo a porta do seu quarto, com a respiração ofegante encarava o médico a sua frente de bermuda e camiseta, chinelo de dedo  e óculos escuros pendurado na gola da camisa – Bom dia!

Percebeu que estava tudo bem e não pensou duas vezes em fechar a porta na sua cara: - Só se for pra você me deixa dormir – fecha a porta mais ele a impede com a mão.

- Hey, hey1 Eu venho aqui te chamar pra fazer um programa diferente e é assim que me recebe? – encarava decepcionado.

- Guarde isso pra outro dia, agora me deixa dormir! – deitava na cama – não tive uma noite legal do contrário de você tá? – cobria a cabeça com a coberta.

- Justamente por isso que eu vim – a descobria enquanto ela brigava – claro que vim saber da Sônia  e pedi permissão pra levar a filha dela pra um passeio diferente. – falava como se fosse óbvio.

- Ah obrigada por me lembrar que tenho três anos! – ria irônica.

- Deixa de bobagem vai, o dia tá lindo e quente. Levanta, troca de roupa e põe um biquine.

- Espera! Biquine a essa hora da manhã?

- Se não se importar de molhar sua roupa pode ir de boa – ria – to te esperando lá embaixo.

- Quem te garante que eu vou?

- Eu sei que vai porque precisa conversar, e garanto que vai ser muito...legal! – fecha a porta.

- Eu mereço meu Deus! Eu mereço! – levantava irritada, mais no fundo estava com vontade de sair dali, passear e esquecer de tudo, nem que seja por algumas poucas horas.

A posta se abre novamente: - Ah, seja rápida, teremos que pegar a estrada – ela pega um travesseiro pra jogar em Augusto mais ele é rápido demais e acaba batendo na porta.

- Aonde vamos? Alguma praia? Porque sei de algumas fora de Londrina – pensava enquanto procurava o que vestir, escolhe um biquine que a calcinha era verde esmeralda, o sutiã também, mais se misturava com o branco em estampas disformes, combinava com seus olhos. – rápida demais pega um short jeans meia coxa e uma camiseta básica, separou mais uma muda de roupa, essa um vestidinho branco com detalhes em renda e flores na sua composição, em sua bolsa jogou protetor, óculos e umas barras de cereais, calçou seu chinelinho e estava pronta.

Lá embaixo estava Augusto conversando com Sônia que parecia não ter vestígios de doença: - Bom dia – cumprimenta.

- Desamarra essa cara tá bom! Vamos nos dievrtir! – ele ria.

- Sair da cama ás sete da manhã em pleno domingo – reclamava ao mesmo tempo que observava Sônia, ela estava arrumada pra trabalhar – Sônia – ela se decepciona – você não tá bem, não vai trabalhar – mais a preocupação a toca.

- A clínica precisa de mim – ri – filha, não vai comer?

Ela ia responder quando Augusto toma a frente – preparei um lanche não se preocupe – vamos?

- Posso saber ao menos pra onde vou? Lanchar na praia não é legal com toda aquela areia, melhor comermos aqui – reclama.

- Quem disse que vamos a praia?

- Mais você não me pediu pra...

- Nananinanão. Já ouviu falar em Salto do Apucaraninha?

- Sim, é uma cachoeira – para e pensa – vamos pra uma cachoeira? É isso?

- É o que parece! Vamos que temos 80km pela frente! – a puxava pelo braço.

- Bom passeio, se divirtam – Sônia parava ambos e beijava cada um deles, demorando-se mais em Cecília. – obrigada Augusto, por tudo. – agradecia e via ambos partirem.

Seguiam pra saída de Londrina, ela observa o carro e via que não tinha nada de comida, nem mochila, cesta nada: - Espera, aonde está a comida?

- No porta malas – mentia.

- Vai estragar!

- Não em bolsa térmica. – rebate.

Silêncio, ele pensava que ela estava má humorada, mais ela apena spensava e observava a situação: - Podemos pegar um atalho sabia?

- Hum Rum. – não fala nada além disso.

- Augusto? – observava enquanto ele virava a esquina – Você sabe que essa cachoeira ela é uma reserva, que é protegida e tudo mais não é?

- Sei – falava naturalmente.

- Você sabe que pra entrar lá temos que ter autorização da FUNAI? – o olhava em dúvida enquanto parava numa rua ainda pouco movimentada, um carro preto estava estacionado logo a frente.

- Sei sim – apertava o sinto e se soltava – mais não precisamos de tanta burocracia quando temos o Luan Santana como visitante e claro, alguns amigos que trabalham por lá. – ria da cara de desespero que ela fazia, e pior era seu silêncio – não me bata por favor! Tô apenas tentando ajudar! – defendia-se.

- Você..você pirou foi isso? – gritava enquanto observava aquela figura alta, e linda de boné e óculos escuros que vestia uma bermuda azul e camiseta branca caminhando em sua direção.

- Bom dia! – ria com seu sorriso de anjo – acho que temos que pegar a estrada não é?

- Claro, tá aqui o mapa em todo caso se tiver alguma duvida – Augusto entregava – já esperam sua visita, você deu sorte de um amigo meu cuidar de lá. – ria – Bom passeio pra vocês e espero que se divirtam, muito – ele olhava pra Cecília como quem a expulsa do carro, mais Luan é mais rápido e abre a porta esperando ela descer oferece-lhe a mão. 

Ela observa e desce sem sua ajuda caminhando até o carro de Amarildo.

- Ela tá uma arara, se cuida! – Augusto avisa.

- Eu to pronto pra dominar a fera, nada que uns beijinhos não resolva – falava inocente.

- Nem tente algo a mais, terá um amigo de olho em você – adverte, mais mentia só alertava por precaução.

- Não temos cama em uma cachoeira esqueceu?

- Mais a queda D’agua pode ser afrodisíaca e eu sou precavido – ri e se assustam ao ouvir uma buzina vindo do carro a frente, era ela impaciente.

- Me deseje sorte – Luan corria.

- Toda sorte e mais um pouco pra você Luan.

Luan entra no carro e do seu Aldo percebeu que estava a mulher mais incrível que já vira, não em apenas beleza mais o temperamento forte dela também o encantava e o desejo de conseguir baixar a guarda dela aumentava.

- Bom dia pra você também.

- Vamos acabar logo com isso, temos 80km pela frente – falava irônica.

- Hey, não gostou da surpresa?

- Não gosto de ser pega de surpresa, principalmente pelo Augusto, botava fé nele! – fala brava Luan só ria do bico que ela estava fazendo – nossa, não está cansado da festa? Imagino que sua assessora deve te pensado em estar saindo de debaixo dos olhos dela.

- Ela não sabe! – dava de ombros ligando o carro – se soubesse não estaria aqui com você – admite – bom, só a Bruna sabe que eu sai.

- Você está fugindo?

- Prometi voltar antes do show começar, e sou a primeira atração! Então não vamos perder tempo – pisa no acelerador – sou pontual.

- Hey, devagar, você é pontual mais preciso viver. Você tem experiência pegando a estrada assim?

Ele olha indignado: - Eu sou habilitado tá? A três anos.

- Mais garanto que vive mais no avião do que em quatro rodas – procurava algo em sua bolsa  - droga! Não to com minha habilitação.

- Pra quê?

- Pra dirigir!

- Confia em mim tá? – desacelera – eu sou cuidadoso, principalmente com quem amo. – ria ligando o som na rádio local, tocava sua música -  Um Beijo.

- Ih, to na rádio -  falava rindo todo bobo como se fosse a primeira vez que ouvia sua música tocar.

- Luan, você sabe chegar lá?

- Temos um mapa. – mostra e ela começa a ver – e o Augusto me deu todas as coordenadas.

- Pra que tudo isso hein?  - perguntava em dúvida.

- Nunca fez alguma loucura de amor? – ria bobo.

- Não. É a primeira vez que amo e a única loucura que fiz foi me declarar pro cara. – falava sem mágoa.

Luan aperta a direção:  -Primeira vez que ama? Mais um motivo pra fazer esse momento mais que especial, porque acho que também é a primeira vez que amo, de verdade. – a encarava através de seus óculos escuros, mais ela era capaz de sentir cada olhar, queimando-lhe a alma e o coração.

Vira a cabeça pro lado como se aquele fosse um dos maiores absurdos que poderia ouvir.

- Eu não estou brincando – toca sua perna falando sério – o amor quando é de verdade nos dá medo – lembrava as palavras de Arnaldo – mais você vai entender quando chegarmos lá, só mais 20 km – ri.

Nossa já tinham percorrido 60km e ela não percebeu? Claro, a maioria do tempo passaram em silêncio  na verdade estava amando passar aquelas horas ao lado dele, só que ainda não tinha liberado sue coração de todo, precisava ouvir de Luan, ou que ele realmente a surpreendesse para mudar totalmente de ideia e se entregar de vez e total a ele.

Falaram da festa, sem tocarem no nome de Gusttavo nem do que passou entre os dois, comentaram da estrada e de Luan atrapalhado com o mapa, ele era incrível – aproveitava mais um momento em silêncio para observá-lo tamborilando os dedos na direção e cantando algo inaudível, talvez disfarçando o nervosismo – engraçado, de bom humor, ia além da beleza, era um menino em corpo de homem, fechava os olhos e se concentrava naquelas palavras indecifráveis, a voz mais doce do mundo, a risada mais engraçada e gostosa de se ouvir, que lhe trazia paz assim como quando estava com as crianças, deixou seu coração criar asas e voar, voar para longe, adiantando-se e chegando logo naquela cachoeira, onde estaria apenas os dois e a natureza, sem ninguém pra atrapalhar, onde poderia ouvir-se apenas o barulho das águas e da voz dele, e suplicava pra ouvir um “eu te amo’ de verdade, daqueles que vem da alma, sem mentiras e influências. Sincero.

- Chegamos – a estrada de terra tinha acabado assim como o balanço dos corpos devido as buracos que a chuva causou na terra. Mais outra estrada se formava, dessa vez calçada em pequenos pedaços de pedra, deixando ainda evidenciar a terra vermelha por baixo. – acho que daqui temos que ir a pé.

- Tudo bem – descia do carro ajeitando o óculos no seu rosto e observando o verde da paisagem.

- Lindo né? Eu curto a natureza! – comentava ao seu lado – vou aqui pegar umas coisas – abria o porta malas e tirava uma mochila cumprida.

- Isso tudo é comida? – ela pergunta.

- Comida, repelente porque deve ter mosquito aqui né? – ria – Comida, comida e mais comida.

- Eu fico com o repelente por enquanto – pegava e passava em suas pernas. – vamos?

- Posso pegar sua mão? – ela pensa dois segundos antes de lhe entregar a mão e seguir pela estrada de pedras que mais parecia um mosaico esculpido pela natureza.

CONTINUA... 

Amores!

AGUARDEM o dia tá só começando, porque temos a noite também...

Então curtam ess emomento Love dos dois a partir do próximo capítulo!

Tá eu amo deixar vocês curiosas, aguardem imagens lindas, palavras lindas e...

Bom, aguardem!

Kiss

@_Vanesssaaa_

Mudei a PlayList da #Fic, além de Jorge e Mateus e Adair Cardoso, temos a Musica de Tiziano Ferro - Sere Nere 

 se não ouviram ainda curtam, é Italiana e vocês ainda vão se emocionarem muito ouvindo ela elendo a #Fic.

Paz&Bem