Capítulo 37

Lá estava ele, parado a sua frente com o sorriso mais lindo do universo, e ela começava a perder os sentidos quando se deparava ao seu lado, perna bamba, coração acelerado e como sempre esquecia de respirar: - De verdade? – respondia -  Eu espero que as pessoas me deixem usar o banheiro hoje, primeiro foi um tal de Rober e agora você! – falava indignada enquanto Luan não contia o riso – que noite hein? Agora precisa acontecer o que? Uma bomba explodir aqui e todo mundo voar pro espaço?Inclusive eu?

Não dava importância: - Ah o Rober? – ria ao ver que ele observava parado no mesmo local – ô Testa, cê tava incomodando a Maria Cecília? – Rober faz cara de assustado ao ouvir o mesmo nome que a garota pronunciou, teria ele se enganado? - Não, ela é igualzinha a ela – pensava.

Ela aponta pra ele: - Não, ele não estava me incomodando – mentia - apenas estava procurando a Paloma, olha você conhece ele? – fica sem entender.

- É meu secretário.

- Ah! – entendia tudo – devia ter imaginado -  dá licença mais preciso realmente ir ao banheiro. – não ficaria ali pra ver o desfecho.

- Claro, te espero ali ok? – aponta para onde os outros estavam.

Continua conversando sozinha: - Você está com vontade de ir ao banheiro? Não! Só estava saindo porque não estava aguentando o clima dos apaixonados– ao chegar na porta faz meia volta – vamos lá, volte e analise o comportamento do Luan, será que ele teria a coragem de ficar com alguém ali?  – Lembra de como ele estava impecavelmente bonito, camisa gola “V” bege, calça escura e seu perfume embriagador – Inferno!

Quando volta observava a cena, Bruna mais contida com o irmão por perto, a babá do Luan – Wellington -  do seu lado, o tal do Rober e Lígia continuava com Augusto que estava muito alegrinho. – Perfeito! Você veio sem seu carro, tá ai pra aprender!

- Nossa, foi rápida! – Luan comentava – isso tudo são saudades minhas – falava ao seu ouvido.

Sua voz causava-lhe arrepios e sensações que tentava conter: - Você se acha não é? – ele ria engraçado.

- Eu gosto de te tirar do sério.

- Eu percebi isso já faz um tempo – ignora Luan e fala com sua irmã - Bruna, cadê a Bia? Ainda não se juntou a nós?

- Não vi ela – Bruna não tirava os olhos do palco. – deve estar esperando o namorado.

- Veio sozinha? – Luan reclamava atenção.

Ele sorria tão sensual, sua forma de olhar, de falar, mais lembra de São Paulo, fotos, boate, Panicat: - Eu acho que aquele ali dançando é o Augusto! – apontava  – vim com ele – sorri irônica e com cinismo na voz enquanto Luan unia os lábios com uma expressão ilegível.

Ele entendia errado, achava que aquele humor era pela abordagem do seu amigo: - Desculpe pelo Rober – cutuca ele com o braço, observava o show em silêncio.

Fala com vergonha: - É, é, eu acho que te confundi mesmo. – como ele mentia mal, Luan provavelmente tinha explicado pra ele por alto sua mudança.

- Não, você não se enganou! – ela rebate fazendo Luan se assustar – mais isso não vem ao caso agora não é mesmo? – sorria e Rober quase ajoelha-se adorando aquele ser – Luan – ele arqueia as sobrancelhas e a encara esperando que continuasse – você não estava em São Paulo?

- Mais to aqui agora! - Ela o olha com cara de quem sabia  que o estava vendo – chegamos tá com umas duas horas! Eu voo sabia?

- Ah, galinha tem asas! – imaginava com riso irônico – tá a fim de dançar? A música tá ótima! Garanto que não são como as boates de São Paulo, não tem ninguém famoso aqui além de você mais... – falava com ironia, parecia que estava aprendendo com Arthur.

- Claro que quero dançar – seus olhos brilhavam.

- Isso é ótimo – Cecília continuava -  porque ficar parado aqui é chato e eu não vim pra isso – Bruna começa a prestar atenção na conversa enquanto Luan botava seu copo em uma mini mesa redonda eufórico – Rober? – ele a olha surpreso – quer dançar?

- Eu? – toma um susto.

- Rober? – Luan ficava decepcionado, a cena tirava atenção de Bruna que ria da cara do irmão dizendo baixinho, quase como uma vingança – bem feito.

- Acho que só tem você de Rober – ri – e eu vou logo avisando, apenas dançar ok? Como... velhos amigos – ria pra Luan a sensação de lhe causar aquilo lavava sua alma pela noite em São Paulo.

- Tô de olho – Luan apontava pra Rober que não se continha de sorrisos por dançar com Cecília.

Bastaram apenas três músicas pra Luan ficar impaciente, inquieto e nervoso: - O que você tem? – Bruna o cutucava.

- Nada – responde de mal humor.

- Chama ela pra dançar ué! – o questiona.

- Bruna eu não to chateado por isso, somos amigos e...

- Ela e o Rober parece que agora também são amigos – cruza os braços e continua observando a apresentação.

- Eu to de olho em você ok? – descontava em Bruna – e nesse tal de Rafael – imita uma voz engraçada fazendo gestos com as mãos.

- Me erra Luan! – bate o pé – vai dançar, ou vai pagar a noite toda de estátua de museu?

Bruna gostava de irritá-lo, mais ele queria dançar apenas com ela. - Já deu Rober – pensava – agora é a minha vez.

Caminha e Cutucava o ombro do amigo: - Testa? Ô Testa?

- O que foi Luan, não tá vendo que to dançando? – Maria Cecília ria.

- Cê não quer tomar uma água não? Um suco? Descansar as pernas cara? – coçava sua nuca.

- Eu não to cansado, você tá Maria Cecília?

- Nenhum pouco – ria.

- Mais eu estou! Cansado de ficar parado! Dá pra dançar comigo ou é difícil?

- Luan, ela tá bem comigo cara! – não quebra o clima – sussurra  -tá cheio de mina aí!

- Clima? Que clima? – Luan não é nada discreto e Rober morre de vergonha.

- Olha, escuta aqui os dois! – interrompe – Rober, você é um amor, mais deixa eu dançar com o Senhor impaciência? Depois continuamos certo? – Rober sabia que quando Luan a pegasse não soltaria mais então cedeu.

Luan a tomou pelos braços e nesse momento começava uma música lenta, Luan a pega pela cintura e começa a dançar coladinho: - Você não disse um dia que não sabia dançar? – Luan ria segurando firme sua cintura, causando-lhe arrepios ao puxá-la pra perto, perto demais, sentia sua respiração próximo a sua nuca, seu perfume e o calor do seu corpo, lhe deixando tonta ao ponto de quase cair.

Rober se aproxima de Bruna: - Perdeu foi?

Falava indignado: - Perdeu? Não foi você quem estava dançando com a gata mais gata daqui, linda, cheirosa e ainda vai ter que dançar a “cura do tédio” pra todo mundo ver.

- Uau! – toma um gole da sua bebida – boa sorte  Rober, estarei torcendo por você, arrasa na reboladinha! – Bruna ria.

Observando seu irmão e Cecília, juntos, dançando como se só existissem um só corpo.

- Você bebeu hoje? – ele perguntava ainda dançando.

- Sim, Tekila mais não foi o bastante pra baixar a Paloma– ele reprova com um leve estalo e jogando a cabeça para trás – o Augusto não pode saber disso ok?

- Tudo bem, ele tá muito bem com a Lígia – ria apontando na direção dos dois que dançavam também juntinhos.

- Percebi – concordava -  e claro quando penso em me divertir, ter paz o que me aparece? Bruna, Bia, Lígia e você na mesma noite, de quebra o secretário abusado – ri – gostei dele!

-Não tá gostando de nos ver aqui? Está entre amigos – para se afastando dela e a encarando.

- Isso é golpe baixo Luan, não me olha assim por favor – pensava – Isso faz parte do plano de me ajudar? Bruna? Bia? Como sabia que eu estava aqui?

- Augusto me ligou, eu tenho o número dele sabia? – mostrava o celular – Bruna ia saindo de casa quando pedi pra ela vir aqui.

- Ele se importa com você – pensava enquanto Luan confirmava com as palavras.

- Eu me importo com você.

Coração dispara: - Começo a acreditar nisso! Obrigada.

- Apenas dance comigo a noite toda e eu aceito as desculpas.

- Não estou pedindo desculpas!

- Tá sim – balança a cabeça concordando – você foi mal educada comigo.

- Rá, me poupe Luan, eu estou bem focada nisso de “mudança”  - faz aspas – não preciso de alguém tomando conta de mim 24hs, gostaria que alguém tivesse com você nas suas baladas enquanto pegava uma “gatinha”, pensou duas vezes e resolveu não dizer o nome Panicat.

- Não ligo, tenho o Wellington fazendo isso por mim já! – toma como brincadeira.

- Eu vou te provar que to mudando e que não preciso de você me espionando.

- Ah é, como? – duvidava.

Ela quando ia responder fica sem voz, uma cena tomava suas palavras, começou a ficar gelada, sentiu um frio que descia pela espinha e quase cambaleou: - Não, não, não! Eu não estou vendo isso! Isso não está acontecendo, me belisca! – falava perplexa.

Luan não sabia o que fazer, apenas segurou em seu braço e disse : - Calma.

- Como ter calma Luan! A Bia e o Arthur, é isso? – questionava indignada.

Bia percebeu e caminhava como quem vai pra forca ao lado de Arthur, sabia exatamente o que ela estava pensando desse romance. Já ele, caminhava só sorrisos, exibindo seu troféu, principalmente para sua irmã.

Aquilo não estava acontecendo do dia pra noite, já tinha um tempo, observou Arthur cumprimentar Bruna com dois beijinhos, em seguida Lígia que parou de dançar com Augusto para vir cumprimentar o namorado da amiga, Cecília não se deu conta mais estava escoltada por Luan e Augusto, ambos de cada lado do seu braço.

- Boa noite! Cecília, que bom encontrar você aqui – ela odiava quando ele fingia-se de bonzinho, reunia forças, ele não podia tirar ela do sério, não ali – Luan? – o olha acusando – percebo que tem uma afinidade com minha irmã não é? Estão sempre...juntos. – reprovava discretamente. – E Augusto! Meu amigo! Que bom que está saindo, se divertindo, você é uma ótima companhia pra Maria Cecília, esteja sempre por perto e quem sabe fazer parte da família? Ela..precisa tomar jeito e nada melhor que você para fazer isso!

Aquilo era demais pra seus ouvidos: - Tomar jeito? Me poupe de seus comentários Arthur! – ela falava nervosa enquanto Luan segurava seu braço, ela não percebeu mais avançava pro irmão.

- Somos apenas amigos Arthur! – Augusto tentava amenizar a situação.

Ele ignora: - Bom, Cecília, deve conhecer a Bia de muitas datas não é? Veja que perfeito, ela é minha namorada – Bia tremia com medo da reação da amiga -  e amiga da minha irmã, garanto que esse namoro vai ser muito aceito não é mesmo? – beija Bia – eu te amo meu amor – sussurra e ela sorri, a aglomeração daquelas pessoas formando um circulo chamava atenção de todos, principalmente por Luan estar no meio.

- Athur? Você quer enganar a quem com esse seu teatrinho? Ah, a Lígia? A Bruna? O Luan? Porque eu, o Augusto e a Bia já sabemos quem você é – olhava pra amiga – tenho pena de você – Luan sussurra ao seu ouvido pedindo calma mais ela ignora batendo o pé, tinha tolerado demais o irmão durante o dia, não aguentaria mais aquela provocação.

- Olha maninha, acho que você bebeu demais, é melhor ir pra casa, não está falando coisa com coisa e nossas crianças não vão gostar de ver a tia de ressaca amanhã não é mesmo? – Luan e os outros ficam sem entender o que Arthur falava -  Sem falar que estamos chamando atenção aqui!

- Dane-se Arthur! Dane-se você e o que você pensa de mim, e por favor? Não banque o irmãozinho caridoso que se importa comigo, porque não cola, eu e você sabemos bem disso, sempre foi assim e nunca vai mudar, agora se você pensa que vai usar as pessoas contra mim? Meus amigos você está muito enganado. De verdade Bia? Eu achei que você fosse mais inteligente, o Arthur não é pra você e nós sabemos disso.

- Maria Cecília, a gente se ama e...

- É isso que você acredita? – calava a boca da amiga -  O Arthur não tem amor próprio quanto mais nutrir isso por alguém Bia, não seja idiota!

- Calma Cecília, estamos chamando atenção – Augusto intervém – não ceda as provocações dele ok? – Luan permanecia segurando o braço dela enquanto Bruna e Lígia observavam assustadas aquela lavagem de roupa suja entre irmãos.

Arthur não se abala, ele gostava daquilo: - Luan, não perca seu tempo com ela, não vale a pena, ela não sabe o que diz, deixe isso pro Augusto ele é médico e amigo dela.

- Eu também sou amigo dela Arthur – Luan toma as dores – assim como sou seu amigo e todos que estão aqui também gostam da Maria Cecília, ela não é assim, eu já te disse uma vez lembra? – ela se assusta, Luan então já conversou com seu irmão sobre ela – Ela é incrível e está se propondo a mudar e todos nós estamos ajudando, o que você deveria fazer também, já que namora a amiga dela que ela pode confirmar pra você, que a Cecília pediu que a Bia se afastasse dela, pro seu próprio bem, assim como fez com a Bruna.

- Ela fez isso? – ele duvidava perguntando a Bia que não respondeu, apenas fez que sim com um gesto de balançar a cabeça.

Luan continua: - Você tem certeza que conhece sua irmã? De verdade? Tem certeza que está agindo como um irmão deve agir cara? Desafiando ela como uma criança de 12 anos? Me desculpa mais o infantil aqui é você!  - todos observavam aquela conversa, Arthur agora desarmado, Bruna tinha orgulho do irmão, mostrava-se um cavalheiro defendendo ela e Cecília sentia-se protegida ao lado dele, emocionada ao ver ele enfrentando o amigo por ela – um conselho de amigo? Vamos rever seus conceitos ok? Respeite pelo menos quando ela estiver na companhia de outras pessoas, como seu amigo não quero me intrometer mais de verdade cara? Cresce.

O segurança da boate se aproximava daquele círculo: - Está tudo bem aqui?

- Tá tudo tranquilo – Rober que observava de canto ao lado de Wellington quem responde – estão apenas conversando.

 Ele ignora e se aproxima dessa vez quem fala e Wellington: - Sou segurança do Luan e asseguro que não está acontecendo nada, não perturbe ele ok? Privacidade. – o segurança da boate se afasta.

- Estamos causando problemas – Arthur acusa a irmã sob olhares nada amigáveis.

- Problemas Arthur? Você quer que eu faça o que? Comemore esse feito? Faça mais um teatrinho? Não seja por isso irmãozinho! – olhava fria  - Parabéns, aos dois – Cecília fala seco – muitas felicidades, e vai ser ótimo ter você na nossa família Bia – todos percebem que ela falava com dificuldade, tentando manter a calma quando queria explodir – Augusto segura sua mão e Luan percebe levemente incomodado – mamãe quem deve adorar não é mesmo Arthur? Não demore a contar pra ela que ficará muito feliz em ver que está abandonando a vida de solteiro e tomando jeito! Espero que a Bia...te ensine muitas coisas – dá um passo a frente – cunhadinha! – a abraça nada eufórica – Bom, vamos comemorar não é mesmo? – vira-se ao bar e os outros a acompanhavam pensando no que ela faria – amigo preciso de uma bebida para comemorar ok? – falava com bar man – o garoto servia os copos de espumante – ela entregava a cada um, Luan estava tenso enquanto Augusto não saiu do lado dela um só momento – um brinde ao mais novo casal de Londrina! Arthur Fortezza e Beatriz Alencar! Felicidades ao casal  e qu o amor de vocês se multiplique e seja muito frutífero – forçadamente todos entravam na mini encenação, Cecília faz questão de brindar na taça do irmão propositalmente derramando champanhe em toda sua roupa – Ops! Desculpe Arthurzinho, veja que desastrada eu sou, mais você não se importa não é? Dizem que banho de espumante trás sorte ao casal, então Bia, eu espero que tenha muita.

Arthur ia revidar quando ela continua: - Eu tenho que ir – tentava ser forte – aproveitem a noite, divirtam-se – pega sua bolsa e sai deixando Augusto, Luan e os outros.

- Espera, espera – Augusto corria atrás da amiga junto de Luan – vamos, eu não vou ficar.

- Não faça isso com a Lígia Augusto, eu tomo um táxi e pego meu carro amanhã na sua casa, sem problemas, quem perdeu a noite aqui fui eu.

- Eu te levo! – Luan insistia.

- Eu preciso ficar sozinha, desculpe por tudo isso Luan, e peça desculpas a Bruna e Lígia por mim – não queria ficar ali, andava apressada quando ele a puxa.

Ele não aceita: - Augusto você fica mais um pouco, eu vou conversar com ela, Bruna tem como voltar, Rober veio no carro dele e dá carona pro meu segurança, então não se preocupe eu...

- Desculpe – interrompe enquanto Cecília ouvia tudo como uma criança de cinco anos vendo seus pais tomarem decisões sobre sua vida -  mais eu não vou aturar o Arthur, não enquanto ele estiver descontrolado desse jeito, eu vou indo me despedir da Lígia e vou pra casa, espero vocês lá, deem uma volta, relaxem e cuida dela ok? – Luan concorda puxando Cecília que caminhavam em silencio seguindo pro seu Porshe preto.

Nenhuma palavra foi trocada, Luan dirigia pensando no que falar, quem estava certo? Cecília claro, mais Arthur era seu amigo e um completo idiota e agora?

- Pra onde vamos? – ela pergunta com a voz embargada.

- Pra um lugar que você gosta. – responde sorrindo tentando acalmá-la.

Em minutos ele estava estacionando na velha e conhecida pracinha, onde foi cenário de alguns momentos entre os dois.

Para o carro e desce fazendo o gesto para que ela também o acompanhasse: - Tá se sentindo melhor? – parava a sua frente colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

- Não era isso que ele queria Luan? Mais um teatro? Mais uma ceninha de família feliz e unida comemorando a vitória de um membro deles? Então tinha conseguiu, e como não bastasse as provocações, o cinismo, eu odeio ele Luan, odeio! – gritava derramando algumas lágrimas.

- Xiiiiii – ele a abraçava – eu estou aqui, com você não estou? Vai ficar tudo bem.

- Não vai Luan, isso só piora – pensava na proximidade que eles estavam e Luan entende errado.

- Eu não me importo pro que o Arthur falou, vou continuar sendo seu amigo, estarei sempre aqui – sorri.

- Amigo – fala monótona – apenas amigo! – Luan percebe o apenas mais não questiona e ela continua – o Arthur não me quer ao seu lado Luan! Não percebeu?

- Mais porque?

- Ele sabe do que nos tivemos juntos, bom, pelo menos desconfia e acha que isso vai estragar sua amizade com a dele, mais percebo que é o contrário, acho que eu não posso ter amigos, não posso ter ninguém ele quer me ver sozinha. – o ódio começava a lhe consumir novamente. – me leva pra casa do Augusto? Preciso pegar meu carro e dormir. – nõ conseguia ficar a sós com ele, sua vontade era abraçá-lo, beijá-lo e não soltar mais.

- Claro – Luan respeitava seu momento, ao chegarem lá sendo guiado pelas instruções dela percebem que já tinha alguém em casa. – ela desce.

- Obrigada – vira-se caminhando em direção a entrada parando ao ouvir uma batida na porta, olha pra trás e Luan estava parado a olhando.

- O que foi?

Ele caminhava em sua direção: - Porque apenas?

- Apenas? – estava confusa.

- Você disse apenas amigos e...

- Ignore Luan, eu não estou bem, conversamos amanhã, com calma, me dê  um tempo. – suplicava.

Pega sua mão: - Eu entendo que está confusa mais não vou conseguir dormir com essa dúvida, então... – esperava.

O que falaria? Será que ele desconfia? - O Arthur Luan, nos vê como um casal, e não como amigos, na hora pensei em relação a isso, apenas amigos – mentia. – entendeu?

- Tem certeza?

- Não me confunda, eu não estou bem e... – ele aproxima-se mais.

- Porque não me confunda?

- Eu não sei, não sei mais de nada entende? – não conseguia raciocinar com aqueles olhos fixos nos seus.

- Não, mais pode me mostrar.  – insiste, parecia que ele a testava.

Lembrava disso,dessa fala e lembrava o que Paloma faria: - Você não quer isso Luan...conversamos amanhã ok? – vira-se caminhando dois passos.

- Você quer? – pergunta.

- Não me teste – se afasta - amanhã as oito conversamos?

- Vai me responder?

- Vamos conversar, tenho algumas coisas pra te mostrar e...

- E?

- Amanhã Luan, obrigada por tudo – Augusto já vinha lhe receber, dando-lhe um abraço confortando-a. Luan observava tudo, liga o carro e consegue ver apenas Augusto acenando e fechando a porta, ficando lá com Cecília, sozinho, podendo ter a conversa que eles não tiveram, esclarecer as coisas como ele não o fez, mesmo tirando ela de longe do irmão, a única coisa que aconteceu foi ficar mais confuso, o que ela sentia de verdade por ele? Mais tinha certeza que descobriria ao amanhecer. Ás oito, como ela mesma disse.

CONTINUA...

Só digo uma coisinha...

AGUARDEM!