sexta-feira, 27 de julho de 2012

Capítulo 44


A estrada era de um lado rodeada por uma montanha num imenso verde e do outro, banhada por águas claras que desciam mansas e seguiam seu curso, segurando a mão dela percebeu que suava, nervosa? Talvez. Num gesto terno Luan começou a acariciar as costas da sua mão com o seu dedo, mal sabia ele que esse toque tão simples causava em Cecília uma corrente que se espalhava por todo seu corpo, acendendo uma chama dentro dela, sensação que confundia todos seus sentidos, o medo se misturava com a segurança, a alegria com o nervosismo, calor e frio.

Caminham por cinco minutos, Luan não parecia cansado tinha bom condicionamento pois subiam uma pequena ladeira e a mochila que carregava parecia  pesada, mais nada o fez soltar sua mão. Ele segurava seu mundo.

- Nossa  - fala com voz ofegante e parando – eu to cansada, se alguma onça aparecer por aqui? Estamos sozinhos! – Cecília parava apoiando as mãos no joelho.

Luan começa a rir, uma risada engraçada, risada de menino travesso: - Onça? Tem não muié, e se ela vir eu enfrento uai!

Ela o observava discordando: - Vai fazer o que? Cantar pro bichano dormir? – ela dá uma leve risada.

Luan ignora: - Ainda temos que andar meia hora – ela o olha fuzilando – calma, pelo que Augusto me falou, ali – aponta – fica um posto onde um amigo dele vai nos receber. Falta pouco – observava Cecília sentando cansada, ajustava seu óculos no rosto e fitava o caminho já percorrido. – Não guenta mais do que isso?

- Não pratico exercícios físicos desde – o encarava de lado – desde nunca. – ri e levanta – acho que podemos continuar – dessa vez ela que entrega a mão, o queria por perto.

- Ok, hoje vamos aproveitar muito o dia, se prepara que a caminhada tá só começando. – Luan estava animado, parecia uma criança que espera um semestre todo pra o passeio da escola.

- Não me venha com trilhas porque to de chinelo – reclamava apontando pro seu pé.

- Acho que além de repelente e comida, tenho alguns tênis aqui – realmente ele tinha preparado tudo. – aquilo ali deve ser o posto – apontava uma casinha pequena perdida naquela imensidão de verde, seu espaço deveria caber apenas uma pessoa e uma cadeira.

Caminham mais rápido e Luan põe a mochila no chão, a porta estava fechada e apenas uma pequena janela aberta denunciava que tinha vida ali dentro. Luan bate palma: - Ô de casa – grita.

- Não estamos em uma residência Luan! – ela o cutucava.

- E com temos que chamar?

- Observe – ela se aproximava e bate três vezes na porta, em alguns segundos era aberta, ela sorri pra ele que entende a ironia.

- Ah, oi! Bom dia! – o Homem de altura mediana e vestindo calça e camisa de mangas compridas em tom bege cumprimentava-os, provavelmente estava tirando um cochilo – Luan Santana não é? – apertava a mão de Luan – e você?

- Maria Cecília. –dizia seu nome.

- Sou o Jorge. Desculpem, eu estava tirando um cochilo, hoje era minha folga e só atendi por ser você – apontava pro Luan – e por ser amigo do Augusto, devo alguns favores a ele. – o homem era jovem, cerca de trinta e cinco anos, falava nervoso e com sinceridade, talvez teve que cancelar alguns compromissos em família para estar ali.

- Nos desculpe por esse incomodo – ela quem falava – parece cansado e não concordo com tirar você da sua folga. – fuzilava Luan.

- É, desculpa Jorge, mais eu morria de vontade de conhecer isso aqui e você sabe né? Dia de visitação eu não posso então.... – explicava.

- Não se preocupe – o homem falava sereno -  minha filha quem vai adorar saber que eu estive com o Luan Santana, depois posso tirar uma foto com você? – ele ria como se aquele fosse o maior sacrifício fosse valer a pena ao chegar em casa com a foto do ídolo da filha. – preciso mostrar a ela, que so me perdoou de ter vindo porque era pra você.

- Sua filha é minha fã? – o homem concordava e Luan  mexia na bolsa tirando alguns objetos – você tem uma caneta? – perguntava.

- Claro -  o homem entregava eufórico ao ver o que Luan faria, estava com o CD e DVD dele em mãos autografando-os, Cecília se perguntava o que mais ele havia trazido ali naquela mochila.

- Como e o nome dela? - falava cabisbaixo.

- Júlia.

- Então vamos fazer assim – falava sozinho – Para Júlia com carinho Luan Santana Beijos. Ps: - Obrigado por me emprestar seu pai hoje. Valeu. – entregava.

- Ela vai adorar – o homem ria – mais vamos começar o passeio? Vou mostrar o básico e depois deixo vocês a vontade na cachoeira, mais temos uma longa caminhada até lá – olhava pros pés dos dois.

- Vamos calçar o tênis – Luan começava a mexer novamente e tirava dois pares de dentro da mochila.

- Como sabia meu número? – ela perguntava enquanto calçava o tênis Nike novo em seu pé, se moldando perfeitamente.

- Augusto. - dá de ombros amarrando cadarços.

- Não me diga que ele tem um amigo dono de loja de sapato?

- Bem...de verdade? Foi a Sônia – admitia – ela falou pro Augusto quanto você calçava e eu dei meu jeito de providenciar. Isso se chama equipe. - ria alto.

- A Sônia? Ela sabe? – ele concordava – como você conseguiu um tênis em pleno sábado a noite? Melhor, de madrugada...ou sei lá – não entendia.

- Você é curiosa demais! Existem coisas que apenas vivemos, não precisamos saber de onde vem tudo.

- Tá bom teórico – dava uns pulinhos como quem testa os sapatos – vamos caminhar então? – falava animada.

- Presta atenção –Luan falava sério - vamos começar isso como amigos tá? 

- Tudo bem – concorda nervosa, era difícil quando ele a encarava nos olhos.

- Mais não sei se vamos voltar da mesma forma que estamos indo – ele se atrapalha pra explicar – além de conhecer isso aqui, sabe que quero conversar.

- Não seremos amigos então? – questiona.

- Amigos, ou... – não conclui – vamos? O Jorge tá esperando – dessa vez ele quem caminhava apreensivo.

- Hum Rum – concorda e acompanha Luan.

Ela entendia o que ele queria dizer, queria falar a sério e sabia que se não conseguisse passar o que sentia de verdade talvez uma das opções seria se afastarem. Mais ambos não queriam isso. Jorge caminhava a frente deles empolgado, mostrava os vários tipos de árvore, o solo, durante o trajeto viram alguns micos, pássaros e uma cobra que fez Cecília dar um gripo, tinha pavor. Mais Jorge assegurou que era normal, que possivelmente não vissem outra durante o dia e em todo caso, se a vissem era não interferir no seu caminho.

- Somos ameaça pra elas e só atacam pra se protegerem, portanto não se preocupem. – continuavam o passeio parando onde a cachoeira acabava e formava uma grande lagoa, começava a dar suas instruções.


 – Como veem nos vamos subir por ali – apontava pra uma serra alta na direção contrária - lá temos o mirante, a cachoeira e se quiserem subir mais um pouco verão a nascente dela, onde e perfeito pra tomar banho. Vocês vão seguir por ali e não se preocupem é tudo seguro, bem desde que não sejam ousados e resolvam pular lá de cima – apontava na direção do barulho das quedas D’água – são 116 metros de altura então...

- Não, não, aqui todo mundo e ajuizado né Cecília? – Luan falava com medo.

- Olha eu gosto de coisas radicais sabe? Talvez eu suba lá em cima ou jogue alguém... – ria e Jorge percebe que ela estava descontraindo.

- Bom agora e por conta de vocês, se aparecer algum animal não alimentem e cuidado com o lixo. – advertia - vou voltar pro meu posto de trabalho.

- Vamos sozinhos a partir daqui? – ela falava assustada.

- Não é perigoso – Luan puxava sua mão – até a tarde Jorge, deixei umas coisas pu ce lá na casinha, caso de fome. – o homem sorria agradecido ao ver Luan esfregando a mão na barriga enquanto falava.


Davam as costas e seguiam na direção indicada, depois de alguns minutos Luan perguntava rindo: - Você tá com medo?

- Não, acho que e normal acompanhar um cantor que fugiu de sua assessoria, passou por cima de ordem da FUNAI e esta entrando floresta a dentro pra ver uma cachoeira onde a qualquer momento podemos cruzar com uma cobra pelo nosso caminho ou quem sabe nos perder. Temos que temer a alguma coisa? – falava irônica.

Luan apenas ria: - Sabe? Sempre quis acampar, só que infelizmente não vim preparado pra isso e tenho um show mais tarde - dava suas explicações -Mais não me respondeu o que eu quero saber! Não tem medo de mim?

Pende a cabeça para o lado indicando que era uma pergunta idiota: - Não venha me revelar a essa hora que você é um psicopata, porque deveria ter me avisado isso lá atrás tudo bem? – parava e o encarava.

- E se eu estiver te sequestrando? E se você não voltar mais pra casa? – falava se aproximando dela fingindo por medo – e se...

- Luan, sem drama tá? Vamos conversar lá no alto porque quando continuar com seu “e se...” eu te jogo mirante abaixo e fim.

- Você não tem senso de humor – falava irritado.

- Você que não é bom ator, posso te dar umas aulas. – ria.

- Tipo, beijo técnico? – a risada de Luan foi alta e ecoou por todo o lugar.

- Não curto beijo técnico, acho sem sal, sem romantismo. Pra mim ou é beijo ou não é. - ele a parava pelo braço olhando nos seus olhos tentava beijá-la – ei, ei, ei! Ainda somos amigos e isso não é nada romântico. – o parava.

- Tudo bem, vou lembrar dessa palavra, romântico – começavam a subir a escada que era formada em cima de um rochedo – rumo ao mirante.

Foram cerca de cinquenta degraus até chegar lá em cima e ver a vista maravilhosa.

Não havia palavras pra descrever a sensação de liberdade ao chegar ali sabiam que todo o esforço valeu a pena, a sensação do vento passando por entre seus cabelos, tocando a pele e aliviando o cansaço era imensurável. 

De um lado se deparavam por um imenso rochedo verde, quando viravam mais um pouco se deslumbravam com a cachoeira e deus 116 metros de queda.

Maria Cecília quem quebra o silêncio: - Isso é lindo, parece uma paisagem que saiu de um quadro, já tinha ouvido falar nesse lugar mais nunca pensei estar aqui um dia.  – fixava as mãos na proteção do mirante e observa aquilo, fecha os olhos e se concentra no barulho das quedas D’água, na sensação do sol tocando sua pele, se prestasse mais atenção  era capaz de ouvir a respiração de Luan ao seu lado, as batidas do seu coração e sua quietude tão fora do normal, percebeu que era chegado o momento e resolve falar: - porque aqui? Porque esse lugar? Porque uma semana Luan? Porque aqueles beijos? Aqueles ataques de ciúmes? Eu entendo perfeitamente o que sinto, mais você...vejo que nem você mesmo entende...como posso ter certeza se...
- Tá com fome? – ela respira fundo ao ver que ele ignora e ele percebe – vamos comer aqui? Pelo menos não tem terra e posso colocar a toalha preferida da minha mãe – ria lembrando do alerta da sua irmã.
- Tudo bem – desiste e começa a ajudar Luan com a arrumação – não é todo dia que se pode comer tendo essa vista não é mesmo? – comenta desconfortável por ele ter evitado a conversa.
Depois de tudo arrumado em cima da toalha xadrez vermelha percebia a organização de Luan, lembraria de perguntar se ele tinha TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo - porque tudo era organizado lado a lado e simetricamente, resumindo, perfeição -  sentados lado a lado começavam a comer. Luan atacava os pãezinhos, a geleia, o suco enquanto Cecília tomava água e comia uma maçã.
- Não vai comer? 
- Tenho mania de comer uma fruta primeiro - exibia a maçã -  mania de filho de médico. – admite.
- Humm – entende – acho que coloquei de tudo um pouco, espero que goste e...
- Tá tudo perfeito Luan – toca em sua mão delicadamente. – tudo perfeito o passeio, o lugar, esse café, realmente conseguiu me surpreender  – juntava as pernas e encostava-se na frade do mirante enlaçando-as em seguida com os braços, não importava se aquilo tudo acabasse ali mesmo, se percebesse que Luan não a via da mesma forma que ela o queria, só de ter um dia com o cara mais incrível do mundo valeria a pena, mesmo que se martirizasse depois, mesmo que a dor aumentasse.
- O que você tem? – ele perguntava parando de comer.
- Acho que vontade de saber o que você quer com tudo isso, me trouxe até aqui, andamos, conversamos, comemos e agora? – ele se arrastava pro seu lado.
- Agora é hora de falar sério não é? – ela concorda.
- Sabe, aquela festa ontem, aquelas pessoas são muito importantes pra mim, estava com minha família, amigos e com você. - começava a falar, mais não a encarava, olhava fixamente o rochedo evrde a sua frente.
- Não, eu me enquadro nos seus amigos Luan. – discorda.
- Não - discorda -  você fica separada deles. Porque ainda não consegui enquadrar em um grupo uma pessoa que é muito, muito importante pra mim, por isso você se separa de todos e de tudo que estava ali ontem – seu coração ia a mil por hora, não via ali o Luan cantor, famoso, nem o Luan moleque, travesso, palhaço. Via um homem seguro de si como nunca viu, o mesmo homem decidido daquela noite que se entregou pra ele, o homem que faz surpresas, que fala de sentimentos e que tinha o olhar mais puro ao ponto de mergulhar naquele marrom chocolate e nunca mais querer sair dali, ele a encarava não com desejo, curiosidade, ou reclamando atenção. A encarava como tem medo, medo de perder tudo aquilo que estava na sua frente, medo de não ser bem interpretado, medo de não conseguir falar dos seus sentimentos, medo de perdê-la depois de tudo aquilo, depois de todo o esforço.
Ela é compreensiva, mais percebia que Luan não sabia por onde começar então daria as cartas: - Podemos começar do inicio, ambos, e esclarecer tudo. Não somos duas crianças nem dois adolescentes pra não saber lidar com essa situação Luan, sabemos o que está acontecendo eu te falei o que sinto mais não falei como surgiu, mais primeiro eu quero te ouvir. – tomava sua mão – seja sincero, por favor.
- Do inicio então? – ela concorda e ele começa – eu nunca ouvi falar na Paloma Fortezza, sabe com minha vida corrida eu mal tenho tempo de parar em casa e aproveitar momentos com minha familia ou  como esses aqui, moro aqui mais não conheço quase nada além do meu condomínio – ria admitindo a própria situação – quanto mais me atentar a pessoas, mais quando começaram a falar da mulher incrível e de atitude, que ninguém conseguia domar seu coração, ela quem acabava estraçalhando o seu eu fiquei louco e foi pior quando descobri que essa mulher era irmã do meu amigo me perguntava como nunca a vi, nunca conversei, nunca soube de sua existência.
- E resolveu ter uma chance?
- Eu saquei naquela noite que algo não tava bem entre você e o Arthur, e fui a vitima – ela já imaginava que Luan soubesse daquilo – mais enxerguei além naquela noite, confesso que antes de me contar tudo naquela noite no carro, eu percebi que aquilo não era você, que talvez fosse birra com irmão, chamar atenção e tudo mais e no fundo eu não queria ter ficado sem minha chance com a Rainha das Noites, queria poder dizer também que a provei, que a tive em meus braços, que foi incrível.
- Foi incrível Luan, pelo menos pra mim. – admitia.
- Eu ouvi você sussurrar isso ao meu ouvido naquela noite, na verdade eu já esperava por isso, eu queria mais além do que aconteceu, eu queria marcar a vida da Paloma Fortezza e foi tão fácil te desafiar, fazer você ceder, fazer diferente. Mais ao mesmo tempo eu começava a perder. Perder você aos pouquinhos sabia que era um risco, sabia que era uma noite a penas mais eu queria aquilo mais que tudo, queria você, queria ser eu dono, ter você só pra mim, foi meu egoísmo que me levou a insistir. Na minha cabeça depois de ouvir você dizer que eu tinha conseguido te marcar, percebi que nenhum outro cara te merecia mais do que eu.
- Então egoísmo falou mais alto? 
- Egoísmo, curiosidade e aquela noite que não saia da minha cabeça. Comecei a te seguir, e te ver com outros me tiravam do sério – ela lembrava da noite que Luan a separou de um cara e que terminaram se beijando no estacionamento – eu queria te entender, conversei com o Augusto, com o Arthur não tive sucesso, e procurei a sua mãe, que me falou seu verdadeiro nome – ela ouvia essa parte com atenção – o egoísmo se perdeu ai, começou a curiosidade e o desejo, desejo de ter aquela mulher misteriosa, de desvendar os seu segredos e saber porque estudava numa pracinha, mentia que trabalhava, escondia seu nome e usava lentes de contato – tocava seu rosto – escondendo esses olhos tão lindos, quem era Maria Cecília Fortezza? Essa era minha pergunta.
- Então temos o egoísmo, a curiosidade, e o desejo? – contava a evolução.
- Mais depois começou a admiração, primeiro por você não querer minha irmã por perto, ter a ousadia de ir até minha casa e falar com minha mãe, se afastar da própria amiga, ajudar crianças em um orfanato...isso era surreal pra mulher ousada e decidida que conheci. Parecia que ela não existia, porque insistia em se esconder na Paloma e eu queria mostrá-la ao mundo, conhecê-la, me aproximar e de uma forma egoísta la no fundo ser so minha. Foi isso que me fez ir atrás de você naquela noite e não me arrependo de ter atolado o carro, porque descobri tudo sobre você, porque a tive em meus braços so pra mim mais uma vez em mais um ato de egoísmo vi que ali nascia alguma coisa, e era alguma forma de amor, eu queria protegê-la, levar comigo, cuidar. Não queria ver aquela garota que dormia em meus braços sofrer, por isso te fiz prometer que mudaria, que seriamos amigos, era a única forma de estar por perto.
- Mais você saiu com outras garotas – alfinetava – e naquela noite Luan, eu já te amava, eu não teria contado toda a verdade, ou aceitado sua proposta se não quisesse te surpreender, se não quisesse ser boa, boa o bastante pra você. – admitia.
Respira fundo pensando na sua ultima ficada: - Eu sou homem Cecília, ainda não tinha admitido meu sentimento, mais te digo não foi bom – balançava a cabeça – eu procurava você, eu procurava seus beijos, procurava seu corpo, seu cheiro, sua pele. – pegava sua mão firme – mais nada se comparava e eu não entendi porque ainda não tinha admitido que estava apaixonado por você, até você me contar tudo naquele dia, até eu te beijar e saber que era você o que eu mais queria, que era seus beijos que me faziam bem, que me faziam falta, você é única e sei que entendeu errado o meu silêncio, interprete com alguém que cai a ficha, que ali se abriu uma janela e eu enxerguei tudo o que acontecia, tudo o que eu sentia, as crises de ciúmes, a vontade de estar perto, de ligar e ouvir sua voz, de largar o show e vir te ver, o aperto que dava no peito sempre que cantava uma musica no show e so vinha você na minha cabeça...meu silencio foi o despertar pra isso, alguém me disse que o amor quando e de verdade nos da medo, e meu medo me dominou mais que tudo, dominou minhas palavras, minhas ações...
- Diferente de mim Luan você já namorou, já viveu outros amores como pode saber se o que sente por mim é verdadeiro?  - questiona.
- Porque tenho todos os sintomas só que mais intensificados, porque posso fechar os olhos e ouvir sua respiração perto de mim quando estou longe, porque conheço cada gesto seu - Luan começava a descrever tudo que ela sentia -  cada sorriso, consigo adivinhar seus movimentos, o que está pensando, de tanto te estudar, de tanto tentar te entender, lembro de cada conversa que tivemos até hoje, cada palavra, de tanto repassá-las em minha mente. E sei que há muito mais pra conhecer, eu quero saber seus gostos, suas musicas preferidas, cantar pra você, fazer mais surpresas como essas, te dar presente, te chamar de minha, te mostrar meu mundo, te fazer meu mundo.
- Engraçado - balançava a cabeça - porque, eu deveria estar feliz com isso... mais uma semana Luan? Uma semana? Como acreditar que isso tudo é verdade? Que isso tudo não é uma fantasia que você criou pelo que falei?

- Porque é! – ele a pega pelos ombros fazendo-a encará-lo – e você sabe que é, você está com medo, apenas isso. “O amor quando é de verdade nos dá medo” - ela concorda - e eu nunca tive medo de falar pra uma mulher que estou a fim dela, que a amo, mais com você é diferente, você era a Paloma Fortezza, você era sueprior e eu tinha medo de lá no fundo nada ter mudado...
Estava ouvindo tudo o que sempre sonhou, parecia que todo o sofrimento da semana não passava de uma lembrança ruim, de algo que não tinha mais importância. Era correspondida, era amada. E aquilo era loucura. – levanta.
- Luan, eu não sou uma pessoa boa pra você – começa a colocar empecilhos, se ele a amava de verdade não poderia sofrer pelo seu passado – eu aprontei muito, eu fiquei com caras que são seus amigos eu...
- Eu sei, a Paloma fez isso.
- Sem distinções por favor? Somos a mesma pessoa Luan, eu beijei eles, eu transei com eles, e você não merece esses constrangimentos. Acho que admitimos tudo isso, todo esse amor mais não vai dar certo – ele não entendia – eu não duvido da sua paixão, eu só não sou  a pessoa certa, você merece alguém que não tenha um histórico como o meu. – admitia - acho que vamos voltar sem ser mais nada além de conhecidos e lembranças.

Luan fica indignado, o que acontecia com ela? - Não venha me dizer isso agora, eu acabo de dizer que... 

- Você ainda não disse que me ama, e não diga, apenas admita que sabe da grandeza do meu passado. – era sincera.
- Eu sei e to pouco me lixando - aquele detalhe não ia estragar tudo -  danem-se o que pensam, o que dizem sobre você, eu sei quem você é de verdade, Paloma foi seu esconderijo, apenas isso. – o vento soprava bagunçando o cabelo de Cecília que tocavam o rosto de Luan de tão próximos que estavam.
- Paloma sempre vai ser uma sombra Luan, eu me preparei a semana toda pra esse momento onde conversariamos, colocariamos tudo em pratos limpos e sinto muito por te dizer isso mais não damos certo, mesmo eu te amando muito e querendo tentar.
- Podemos tentar, podemos nos permitir, nos conhecer, começar isso hoje. – insiste.
- Não me dê essa chance, é tentadora demais. – sussurra cabisbaixa, estava dividida entre o amor  e a razão, enquanto Luan lhe parecia tão irracional em querer tentar.
- Olha pra mim – segurava seu rosto – eu não sou romântico, o máximo que tentei fazer foi expressar meus sentimentos em minhas canções, mais se de uma coisa que tenho certeza e que já tomei a decisão, e não é de hoje, eu quero você só pra mim. Quero seus beijos, seu sorriso, seu toque, seu abraço, quero você e sei que vai ser só minha, sei que beijou outras bocas, eu também, sei que se envolveu com outros caras e meu histórico com outras mulheres também é grande – ri nervoso admitindo – mais se agora temos uma coisa em comum é isso aqui – toca seu peito indicando o coração – o mesmo sentimento e eu digo com todas as letras Maria Cecília Fortezza, diante dessa imensidão toda, eu te amo – a encarava nos olhos  sorria afastando-se um pouco – EU TE AMO – grita – e não importa o que digam, o que falem, eu quero só você. – encosta sua testa na dela, eu só preciso ouvir de você agora, só mais uma vez. – aguarda d eolhos fechados.

- Ouvir o que você já sabe? – consegue responder por fim.
- Eu preciso ouvir - espera.

- É como se a nossa vida dependesse disso não é? Dessas três palavrinhas?  - ele concordava  e ela falava pausadamente - Luan, eu te preciso, te preciso pra me manter forte, pra eu conseguir seguir em frente com essa mudança, te preciso porque você me faz forte, porque é por você que resolvi mudar, é você a primeira coisa que vem no meu pensamento toda manha e se arrasta durante o dia, durante a noite, nos meus sonhos, em cada coisa que falo, ouço e vejo.  – ele se afasta e a encara absorvendo aquelas palavras com a boca em um leve ar de riso - E de você que eu lembro quando ouço alguma musica no caminho pro trabalho, quando abro a porta do meu quarto e deito na minha cama é em você que estou pensando, quando fecho os olhos sou capaz de ouvir as batidas do seu coração, o som da sua respiração e essas são as melhores lembranças que gosto de pensar antes de dormir, é você que me preenche Luan. É você que sem saber, me completa. E se tudo isso não for amor, eu não sei mais o que dizer além de Eu Te Amo.
Sob o céu azul onde o sol reinava com toda sua luz e embalados pelo barulho das águas e do vento que passava lentamente pelas árvores o beijo aconteceu, intenso mais cheio de cuidados, devagar apreciavam o sabor um do outro, o beijo tinha sabor de amor embalado no vai e vem de uma rede, sabor de banho de chuva, de correr descalço enquanto sente a terra correr nos pés, sabor de liberdade, de dormir agarradinho e dizer bobagens no ouvido, rir de qualquer coisa, de aproveitar uma manhã de sol, de banho de mar.

 O sabor do amor de misturava a todos esses sabores, mais não deixava de ser peculiar, era doce, era puro, era dois em um. Apenas um. Um só sentimento. Um só corpo. Um só coração. Tão inteiro. Tão um. Unidade. Passavam-se a brisa, uma revoada de pássaros, um avião. E ainda permaneciam ali, unidos como deveria ser a partir de agora. Amor e desejo. Ele e Ela. Duas essências, um sentimento.
- Vamos tentar – ela sussurrava como se fosse um desafio para ambos.
- Vamos tentar. – ele concordava selando o pacto a tomando pelos braços e girando-a, selando o momento com mais um beijo.
Tentar? Sim, tentar. Tentar não é sinônimo de fraqueza, inferioridade, medo ou pouco caso. Tentar é pros fortes, pros que amam a tal ponto de arriscar tudo. Superar desafios. Amor é um risco. Amor é tentativa, inúmeras delas. É doação, é ilimitado. Quem tenta não vê limites, ultrapassa-os. Quem ama também. 

CONTINUA... 
Amores desculpem não postar ontem, eu conclui o capitulo mais a Intenet não ajudou muito, tava dando erro na postagem ao carregar as fotos, isso até  onde eu me lembre porque tava Hiper, Mega, Big cansada e adormeci com o Net no colo =x
Acordei e acxhei que tinha postado mais uma leitora me avisou pelo Face que não tinha aparecido a postagem, ai vem eu de novo e reposto!
Desculpem de verdade essa pessoa que está extremamente cansada e cheia de trabalho.
Mais não abandono vocês tá?
Portanto quando não verem uma postagem e nenhum aviso entendam que alguma coisa aconteceu...Mil desculpas!

Sim, quanto a #Fic, o dia ainda não acabou, temos muitas coisas pra acontecer nesse lugar...
AGUARDEM
Paz&Bem
@_Vanesssaa_

17 comentários:

  1. AAAAAAAAAAAAAAAH QUE P-E-R-F-E-I-T-O amor do céu ontem eu entrei aqui o dia todo ta suuper anciosa, eu tentei avisar pelo twitter que nao tinha postado mais nao sei seu twitter amr =x .... Ta liindo demais to anciosa pro capitulo de amanha nega, parabens *-* ... @LSmeuamoor_

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  2. P-E-R-F-E-I-T-O Cara eu chorei aqui, to sem palavras Vanessa só digo duas coisas, Parabéns e Posta Maaais! Haha.


    Beeeeijos

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  3. Nossa quase chorei ... espero que de tudo certo nessa tentativa deles
    @Luandivo_

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  4. OMG, que capítulo L I N D O! *-* morri de amores, sério!!! To super ansiosa pra mais coisas acontecerem! :x
    Nessa, tá tudo bem de você não ter postado ontem, todo mundo quase morreu de ansiedade, mas tudo bem! rsrs Mas então, será que você não poderia postar 2 capítulos hoje pra compensar, hein? Pensa com carinho aí, estamos no aguardo!
    Beijo! :* Letícia @DurasNaQuedaLS

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  5. Noossa veii, que capitulo perfeito.
    Parabééns, to ansiosa pro proximo capitulo!
    @L_S_Forever

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  6. own que lindo *-* eles vao tentar :D finalmente o lu conseguiu dizer o que sentia :D espero que agora dê tudo certo :D beijos maria @luans_prt

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  7. Aii meu Deus..ainda tem como esse dia ficar mais perfeito do que já ta?? O amor desses dois é lindo demais!!
    -lembraria de perguntar se ele tinha TOC- kkkkkkkk' Eu ri demais nessa parte..rsrs Posta mais Nega *-*
    Ana Cristina' (@Cris_Luanete)

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  8. [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] LINDO.. LINDO.. LINDO.. LINDO..
    PEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERFEITO *O*
    sem mais.
    Letícia

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  9. Perfeito sem mais, eu quase não comento aqui por que fico sem palavras sabe dona Vanessa, Por que sempre que comento a unica coisa que falo é que ta perfeito kkkkkk ai pensa você ira se cansar de ver tantos PERFEITO até o final dessa Fic que esta apenas no começo hahaha beijo gata , Continua vai u.u
    Thamires Gelsleichter

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  10. Nada que eu escrever se compara a esse capítulo, ele foi incrivelmente perfeito. Sem mais~~ Posta mais porque isso virou meu vício sem fim!

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  11. Mt coisas em sei!!.............. haha saudades fiquei um tempo sem vim perdi uns cap!!! so mo lerdona pra ler!!!eu em!! haha continua aiiiiiiiii ta perfect!!
    amr lê a minha web pf ???????? fanficamoluan-s2.blogspot.com.br

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  12. Daani - @GauchitasdoLuan27 de julho de 2012 às 22:51

    PERFEIÇÃO. É a palavra que resume todo esse capítulo! E mais uma vez a senhorita Vanessa arranca lágrimas da jovem nega aqui né.. SEMPRE me surpreendendo né minha Pernambucana linda? Realmente esses dois merecem uma chance, esse amor merece uma chance, e o que Deus une, homem nenhum separa!

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  13. SEM COMENTARIOS! PERFEITO É POUCO PRA DESCREVER ESSE CAPITULO. QUE PALAVRAS LINDAS, VANESSINHA! TUDO TÃO PROFUNDO! VC DESCREVENDO A CENA, O LUGAR, O AMOR....ME TOCOU DE VERDADE! E AINDA POR CIMA TEM ESSA MUSICA....NOSSA, ME EMOCIONEI! QUE COISA MAIS LINDA, GOSTOSA DE SE LER! VI DE FATO A CENA COMO SE FOSSE TUDO REAL, PRA MIM ESSA HISTORIA É REAL SEM DUVIDAS!

    DE TODAS AS COISAS SENSACIONAIS QUE LI NESSE CAPITULO, ISSO DAQUI ME FEZ PENSAR:

    "não importava se aquilo tudo acabasse ali mesmo, se percebesse que Luan não a via da mesma forma que ela o queria, só de ter um dia com o cara mais incrível do mundo valeria a pena, mesmo que se martirizasse depois, mesmo que a dor aumentasse.

    Tentar? Sim, tentar. Tentar não é sinônimo de fraqueza, inferioridade, medo ou pouco caso. Tentar é pros fortes, pros que amam a tal ponto de arriscar tudo. Superar desafios. Amor é um risco. Amor é tentativa, inúmeras delas. É doação, é ilimitado. Quem tenta não vê limites, ultrapassa-os. Quem ama também. "

    VC CONSEGUIU MESMO SEM SABER A RESPOSTA QUE EU VINHA PROCURANDO FAZ TEMPO, OBRIGADA! *--*
    VOU LEMBRAR SEMPRE DISSO QUANDO AS COISAS PARECEM "IMPOSSIVEIS" DEMAIS

    PARABENS , VC TEM UM TALENTO INCRIVEL !

    BEEJO SAFADEX Q AMUL O/
    Naah Negreiros

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  14. AMEEEEEEEEEEI foi incrivel vanessa!

    posta mais @laarihrafaella

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  15. sem explicaçãoes.... adorei!


    @paulagaia2

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  16. Acho que a única coisa que posso dizer desse capítulo, é que... foi lindo!
    Luan admitia que a ama, e ela só reforçou o que já tinha dito antes. Mais a partir de agora eles tem que encarar tudo e todos, criticas. Enfim... Mais não podem deixar se abalar com isso.

    Yana Souza

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