A estrada era de um lado rodeada
por uma montanha num imenso verde e do outro, banhada por águas claras que
desciam mansas e seguiam seu curso, segurando a mão dela percebeu que suava,
nervosa? Talvez. Num gesto terno Luan começou a acariciar as costas da sua mão
com o seu dedo, mal sabia ele que esse toque tão simples causava em Cecília uma
corrente que se espalhava por todo seu corpo, acendendo uma chama dentro dela,
sensação que confundia todos seus sentidos, o medo se misturava com a
segurança, a alegria com o nervosismo, calor e frio.
Caminham por cinco minutos, Luan
não parecia cansado tinha bom condicionamento pois subiam uma pequena ladeira
e a mochila que carregava parecia pesada,
mais nada o fez soltar sua mão. Ele segurava seu mundo.
- Nossa - fala com voz ofegante e parando – eu to
cansada, se alguma onça aparecer por aqui? Estamos sozinhos! – Cecília parava
apoiando as mãos no joelho.
Luan começa a rir, uma risada
engraçada, risada de menino travesso: - Onça? Tem não muié, e se ela vir eu
enfrento uai!
Ela o observava discordando: -
Vai fazer o que? Cantar pro bichano dormir? – ela dá uma leve risada.
Luan ignora: - Ainda temos que
andar meia hora – ela o olha fuzilando – calma, pelo que Augusto me falou, ali
– aponta – fica um posto onde um amigo dele vai nos receber. Falta pouco –
observava Cecília sentando cansada, ajustava seu óculos no rosto e fitava o
caminho já percorrido. – Não guenta mais do que isso?
- Não pratico exercícios físicos
desde – o encarava de lado – desde nunca. – ri e levanta – acho que podemos
continuar – dessa vez ela que entrega a mão, o queria por perto.
- Ok, hoje vamos aproveitar
muito o dia, se prepara que a caminhada tá só começando. – Luan estava animado,
parecia uma criança que espera um semestre todo pra o passeio da escola.
- Não me venha com trilhas
porque to de chinelo – reclamava apontando pro seu pé.
- Acho que além de repelente e
comida, tenho alguns tênis aqui – realmente ele tinha preparado tudo. – aquilo ali deve ser o posto – apontava uma casinha pequena perdida naquela
imensidão de verde, seu espaço deveria caber apenas uma pessoa e uma cadeira.
Caminham mais rápido e Luan põe
a mochila no chão, a porta estava fechada e apenas uma pequena janela aberta
denunciava que tinha vida ali dentro. Luan bate palma: - Ô de casa – grita.
- Não estamos em uma residência
Luan! – ela o cutucava.
- E com temos que chamar?
- Observe – ela se aproximava e
bate três vezes na porta, em alguns segundos era aberta, ela sorri pra ele que
entende a ironia.
- Ah, oi! Bom dia! – o Homem de
altura mediana e vestindo calça e camisa de mangas compridas em tom bege
cumprimentava-os, provavelmente estava tirando um cochilo – Luan Santana não é?
– apertava a mão de Luan – e você?
- Maria Cecília. –dizia seu nome.
- Sou o Jorge. Desculpem, eu
estava tirando um cochilo, hoje era minha folga e só atendi por ser você –
apontava pro Luan – e por ser amigo do Augusto, devo alguns favores a ele. – o homem
era jovem, cerca de trinta e cinco anos, falava nervoso e com sinceridade,
talvez teve que cancelar alguns compromissos em família para estar ali.
- Nos desculpe por esse incomodo
– ela quem falava – parece cansado e não concordo com tirar você da sua folga.
– fuzilava Luan.
- É, desculpa Jorge, mais eu
morria de vontade de conhecer isso aqui e você sabe né? Dia de visitação eu não
posso então.... – explicava.
- Não se preocupe – o homem
falava sereno - minha filha quem vai
adorar saber que eu estive com o Luan Santana, depois posso tirar uma foto com
você? – ele ria como se aquele fosse o maior sacrifício fosse valer a pena ao
chegar em casa com a foto do ídolo da filha. – preciso mostrar a ela, que so me
perdoou de ter vindo porque era pra você.
- Sua filha é minha fã? – o
homem concordava e Luan mexia na bolsa
tirando alguns objetos – você tem uma caneta? – perguntava.
- Claro - o homem entregava eufórico ao ver o que Luan
faria, estava com o CD e DVD dele em mãos autografando-os, Cecília se
perguntava o que mais ele havia trazido ali naquela mochila.
- Como e o nome dela? - falava cabisbaixo.
- Júlia.
- Então vamos fazer assim –
falava sozinho – Para Júlia com carinho
Luan Santana Beijos. Ps: - Obrigado por me emprestar seu pai hoje. Valeu. –
entregava.
- Ela vai adorar – o homem ria –
mais vamos começar o passeio? Vou mostrar o básico e depois deixo vocês a
vontade na cachoeira, mais temos uma longa caminhada até lá – olhava pros pés
dos dois.
- Vamos calçar o tênis – Luan
começava a mexer novamente e tirava dois pares de dentro da mochila.
- Como sabia meu número? –
ela perguntava enquanto calçava o tênis Nike novo em seu pé, se moldando
perfeitamente.
- Augusto. - dá de ombros amarrando cadarços.
- Não me diga que ele tem um
amigo dono de loja de sapato?
- Bem...de verdade? Foi a Sônia – admitia –
ela falou pro Augusto quanto você calçava e eu dei meu jeito de providenciar. Isso se chama equipe. - ria alto.
- A Sônia? Ela sabe? – ele
concordava – como você conseguiu um tênis em pleno sábado a noite? Melhor, de
madrugada...ou sei lá – não entendia.
- Você é curiosa demais! Existem
coisas que apenas vivemos, não precisamos saber de onde vem tudo.
- Tá bom teórico – dava uns pulinhos
como quem testa os sapatos – vamos caminhar então? – falava animada.
- Presta atenção –Luan falava
sério - vamos começar isso como amigos tá?
- Tudo bem – concorda nervosa,
era difícil quando ele a encarava nos olhos.
- Mais não sei se vamos voltar
da mesma forma que estamos indo – ele se atrapalha pra explicar – além de
conhecer isso aqui, sabe que quero conversar.
- Não seremos amigos então? –
questiona.
- Amigos, ou... – não conclui –
vamos? O Jorge tá esperando – dessa vez ele quem caminhava apreensivo.
- Hum Rum – concorda e acompanha
Luan.
Ela entendia o que ele queria
dizer, queria falar a sério e sabia que se não conseguisse passar o que sentia
de verdade talvez uma das opções seria se afastarem. Mais ambos não queriam
isso. Jorge caminhava a frente deles empolgado, mostrava os vários tipos de
árvore, o solo, durante o trajeto viram alguns micos, pássaros e uma cobra que
fez Cecília dar um gripo, tinha pavor. Mais Jorge assegurou que era normal, que
possivelmente não vissem outra durante o dia e em todo caso, se a vissem era
não interferir no seu caminho.
- Somos ameaça pra elas e só
atacam pra se protegerem, portanto não se preocupem. – continuavam o passeio parando onde a cachoeira acabava e formava uma grande lagoa, começava a dar suas instruções.
– Como veem nos vamos subir por ali – apontava
pra uma serra alta na direção contrária - lá temos o mirante, a cachoeira e se
quiserem subir mais um pouco verão a nascente dela, onde e perfeito pra tomar
banho. Vocês vão seguir por ali e não se preocupem é tudo seguro, bem desde que
não sejam ousados e resolvam pular lá de cima – apontava na direção do barulho
das quedas D’água – são 116 metros de altura então...
- Não, não, aqui todo mundo e
ajuizado né Cecília? – Luan falava com medo.
- Olha eu gosto de coisas
radicais sabe? Talvez eu suba lá em cima ou jogue alguém... – ria e Jorge percebe que ela
estava descontraindo.
- Bom agora e por conta de
vocês, se aparecer algum animal não alimentem e cuidado com o lixo. – advertia - vou voltar pro meu posto de trabalho.
- Vamos sozinhos a partir daqui?
– ela falava assustada.
- Não é perigoso – Luan puxava
sua mão – até a tarde Jorge, deixei umas coisas pu ce lá na casinha, caso de
fome. – o homem sorria agradecido ao ver Luan esfregando a mão na barriga
enquanto falava.
Davam as costas e seguiam na
direção indicada, depois de alguns minutos Luan perguntava rindo: - Você tá com medo?
- Não, acho que e normal acompanhar um
cantor que fugiu de sua assessoria, passou por cima de ordem da FUNAI e esta
entrando floresta a dentro pra ver uma cachoeira onde a qualquer momento podemos
cruzar com uma cobra pelo nosso caminho ou quem sabe nos perder. Temos que temer a alguma coisa? –
falava irônica.
Luan apenas ria: - Sabe? Sempre quis acampar, só que infelizmente não vim preparado pra isso e tenho um show mais tarde - dava suas explicações -Mais não me respondeu o que eu quero saber! Não tem medo
de mim?
Pende a cabeça para o lado indicando que era uma pergunta idiota: - Não venha me revelar a essa
hora que você é um psicopata, porque deveria ter me avisado isso lá atrás tudo
bem? – parava e o encarava.
- E se eu estiver te
sequestrando? E se você não voltar mais pra casa? – falava se aproximando dela fingindo
por medo – e se...
- Luan, sem drama tá? Vamos
conversar lá no alto porque quando continuar com seu “e se...” eu te jogo
mirante abaixo e fim.
- Você não tem senso de humor –
falava irritado.
- Você que não é bom ator, posso
te dar umas aulas. – ria.
- Tipo, beijo técnico? – a risada
de Luan foi alta e ecoou por todo o lugar.
- Não curto beijo técnico, acho
sem sal, sem romantismo. Pra mim ou é beijo ou não é. - ele a parava pelo braço
olhando nos seus olhos tentava beijá-la – ei, ei, ei! Ainda somos amigos e isso
não é nada romântico. – o parava.
- Tudo bem, vou lembrar dessa palavra, romântico – começavam a subir a
escada que era formada em cima de um rochedo – rumo ao mirante.
Não havia palavras pra descrever
a sensação de liberdade ao chegar ali sabiam que todo o esforço valeu a pena,
a sensação do vento passando por entre seus cabelos, tocando a pele e aliviando
o cansaço era imensurável.
De um lado se deparavam por um
imenso rochedo verde, quando viravam mais um pouco se deslumbravam com a
cachoeira e deus 116 metros de queda.
Maria Cecília quem quebra o
silêncio: - Isso é lindo, parece uma paisagem que saiu de um quadro, já tinha
ouvido falar nesse lugar mais nunca pensei estar aqui um dia. – fixava as mãos na proteção do mirante e
observa aquilo, fecha os olhos e se concentra no barulho das quedas D’água, na sensação do sol tocando sua pele, se
prestasse mais atenção era capaz de
ouvir a respiração de Luan ao seu lado, as batidas do seu coração e sua
quietude tão fora do normal, percebeu que era chegado o momento e resolve
falar: - porque aqui? Porque esse lugar? Porque uma semana Luan? Porque aqueles
beijos? Aqueles ataques de ciúmes? Eu entendo perfeitamente o que sinto, mais você...vejo que nem você mesmo
entende...como posso ter certeza se...
- Tá com fome? – ela respira
fundo ao ver que ele ignora e ele percebe – vamos comer aqui? Pelo menos não
tem terra e posso colocar a toalha preferida da minha mãe – ria lembrando do
alerta da sua irmã.
- Tudo bem – desiste e começa a
ajudar Luan com a arrumação – não é todo dia que se pode comer tendo essa vista
não é mesmo? – comenta desconfortável por ele ter evitado a conversa.
Depois de tudo arrumado em cima
da toalha xadrez vermelha percebia a organização de Luan, lembraria de perguntar se ele tinha TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo - porque tudo era organizado lado a lado e simetricamente, resumindo, perfeição - sentados lado a
lado começavam a comer. Luan atacava os pãezinhos, a geleia, o suco enquanto
Cecília tomava água e comia uma maçã.
- Não vai comer?
- Tenho mania de comer uma fruta
primeiro - exibia a maçã - mania de filho de médico. – admite.
- Humm – entende – acho que
coloquei de tudo um pouco, espero que goste e...
- Tá tudo perfeito Luan – toca em
sua mão delicadamente. – tudo perfeito o passeio, o lugar, esse café, realmente conseguiu me surpreender – juntava as pernas e encostava-se na
frade do mirante enlaçando-as em seguida com os braços, não importava se aquilo
tudo acabasse ali mesmo, se percebesse que Luan não a via da mesma forma que
ela o queria, só de ter um dia com o cara mais incrível do mundo valeria a
pena, mesmo que se martirizasse depois, mesmo que a dor aumentasse.
- O que você tem? – ele perguntava
parando de comer.
- Acho que vontade de saber o
que você quer com tudo isso, me trouxe até aqui, andamos, conversamos, comemos
e agora? – ele se arrastava pro seu lado.
- Agora é hora de falar sério
não é? – ela concorda.
- Sabe, aquela festa ontem,
aquelas pessoas são muito importantes pra mim, estava com minha família, amigos
e com você. - começava a falar, mais não a encarava, olhava fixamente o rochedo evrde a sua frente.
- Não, eu me enquadro nos seus
amigos Luan. – discorda.
- Não - discorda - você fica separada deles. Porque ainda não consegui enquadrar em um grupo uma pessoa que é muito, muito importante
pra mim, por isso você se separa de todos e de tudo que estava ali ontem – seu coração
ia a mil por hora, não via ali o Luan cantor, famoso, nem o Luan moleque, travesso,
palhaço. Via um homem seguro de si como nunca viu, o mesmo homem decidido
daquela noite que se entregou pra ele, o homem que faz surpresas, que fala de
sentimentos e que tinha o olhar mais puro ao ponto de mergulhar naquele marrom
chocolate e nunca mais querer sair dali, ele a encarava não com desejo,
curiosidade, ou reclamando atenção. A encarava como tem medo, medo de perder
tudo aquilo que estava na sua frente, medo de não ser bem interpretado, medo de
não conseguir falar dos seus sentimentos, medo de perdê-la depois de tudo
aquilo, depois de todo o esforço.
Ela é compreensiva, mais percebia que Luan não sabia por onde começar então daria as cartas: - Podemos começar do inicio,
ambos, e esclarecer tudo. Não somos duas crianças nem dois adolescentes pra não
saber lidar com essa situação Luan, sabemos o que está acontecendo eu te falei o
que sinto mais não falei como surgiu, mais primeiro eu quero te ouvir. – tomava
sua mão – seja sincero, por favor.
- Do inicio então? – ela concorda e ele começa
– eu nunca ouvi falar na Paloma Fortezza, sabe com minha vida corrida eu mal
tenho tempo de parar em casa e aproveitar momentos com minha familia ou como esses aqui, moro aqui mais não conheço quase nada além do meu condomínio – ria admitindo
a própria situação – quanto mais me atentar a pessoas, mais quando começaram a
falar da mulher incrível e de atitude, que ninguém conseguia domar seu coração,
ela quem acabava estraçalhando o seu eu fiquei louco e foi pior quando
descobri que essa mulher era irmã do meu amigo me perguntava como nunca a vi,
nunca conversei, nunca soube de sua existência.
- E resolveu ter uma chance?
- Eu saquei naquela noite que
algo não tava bem entre você e o Arthur, e fui a vitima – ela já imaginava que
Luan soubesse daquilo – mais enxerguei além naquela noite, confesso que antes
de me contar tudo naquela noite no carro, eu percebi que aquilo não era você,
que talvez fosse birra com irmão, chamar atenção e tudo mais e no fundo eu não
queria ter ficado sem minha chance com a Rainha das Noites, queria poder dizer
também que a provei, que a tive em meus braços, que foi incrível.
- Foi incrível Luan, pelo menos
pra mim. – admitia.
- Eu ouvi você sussurrar isso ao
meu ouvido naquela noite, na verdade eu já esperava por isso, eu queria mais
além do que aconteceu, eu queria marcar a vida da Paloma Fortezza e foi tão
fácil te desafiar, fazer você ceder, fazer diferente. Mais ao mesmo tempo eu
começava a perder. Perder você aos pouquinhos sabia que era um risco, sabia
que era uma noite a penas mais eu queria aquilo mais que tudo, queria você,
queria ser eu dono, ter você só pra mim, foi meu egoísmo que me levou a insistir.
Na minha cabeça depois de ouvir você dizer que eu tinha conseguido te marcar,
percebi que nenhum outro cara te merecia mais do que eu.
- Então egoísmo falou mais alto?
- Egoísmo, curiosidade e aquela
noite que não saia da minha cabeça. Comecei a te seguir, e te ver com outros me
tiravam do sério – ela lembrava da noite que Luan a separou de um cara e que
terminaram se beijando no estacionamento – eu queria te entender, conversei com
o Augusto, com o Arthur não tive sucesso, e procurei a sua mãe, que me falou
seu verdadeiro nome – ela ouvia essa parte com atenção – o egoísmo se perdeu
ai, começou a curiosidade e o desejo, desejo de ter aquela mulher misteriosa,
de desvendar os seu segredos e saber porque estudava numa pracinha, mentia que
trabalhava, escondia seu nome e usava lentes de contato – tocava seu rosto –
escondendo esses olhos tão lindos, quem era Maria Cecília Fortezza? Essa era
minha pergunta.
- Então temos o egoísmo, a
curiosidade, e o desejo? – contava a evolução.
- Mais depois começou a
admiração, primeiro por você não querer minha irmã por perto, ter a ousadia de
ir até minha casa e falar com minha mãe, se afastar da própria amiga, ajudar
crianças em um orfanato...isso era surreal pra mulher ousada e decidida que
conheci. Parecia que ela não existia, porque insistia em se esconder na Paloma
e eu queria mostrá-la ao mundo, conhecê-la, me aproximar e de uma forma egoísta la no fundo ser so minha. Foi isso que me fez ir atrás de você naquela noite e
não me arrependo de ter atolado o carro, porque descobri tudo sobre você,
porque a tive em meus braços so pra mim mais uma vez em mais um ato de egoísmo vi
que ali nascia alguma coisa, e era alguma forma de amor, eu queria protegê-la,
levar comigo, cuidar. Não queria ver aquela garota que dormia em meus braços
sofrer, por isso te fiz prometer que mudaria, que seriamos amigos, era a única forma
de estar por perto.
- Mais você saiu com outras
garotas – alfinetava – e naquela noite Luan, eu já te amava, eu não teria
contado toda a verdade, ou aceitado sua proposta se não quisesse te
surpreender, se não quisesse ser boa, boa o bastante pra você. – admitia.
Respira fundo pensando na sua ultima
ficada: - Eu sou homem Cecília, ainda não tinha admitido meu sentimento, mais
te digo não foi bom – balançava a cabeça – eu procurava você, eu procurava
seus beijos, procurava seu corpo, seu cheiro, sua pele. – pegava sua mão firme –
mais nada se comparava e eu não entendi porque ainda não tinha admitido que
estava apaixonado por você, até você me contar tudo naquele dia, até eu te
beijar e saber que era você o que eu mais queria, que era seus beijos que me
faziam bem, que me faziam falta, você é única e sei que entendeu errado o meu silêncio,
interprete com alguém que cai a ficha, que ali se abriu uma janela e eu enxerguei
tudo o que acontecia, tudo o que eu sentia, as crises de ciúmes, a vontade de
estar perto, de ligar e ouvir sua voz, de largar o show e vir te ver, o aperto
que dava no peito sempre que cantava uma musica no show e so vinha você na minha
cabeça...meu silencio foi o despertar pra isso, alguém me disse que o amor
quando e de verdade nos da medo, e meu medo me dominou mais que tudo, dominou
minhas palavras, minhas ações...
- Diferente de mim Luan você já namorou, já
viveu outros amores como pode saber se o que sente por mim é verdadeiro? - questiona.
- Porque tenho todos os sintomas
só que mais intensificados, porque posso fechar os olhos e ouvir sua respiração
perto de mim quando estou longe, porque conheço cada gesto seu - Luan começava a descrever tudo que ela sentia - cada sorriso,
consigo adivinhar seus movimentos, o que está pensando, de tanto te estudar, de
tanto tentar te entender, lembro de cada conversa que tivemos até hoje,
cada palavra, de tanto repassá-las em minha mente. E sei que há muito mais pra
conhecer, eu quero saber seus gostos, suas musicas preferidas, cantar pra você,
fazer mais surpresas como essas, te dar presente, te chamar de minha, te mostrar meu
mundo, te fazer meu mundo.
- Engraçado - balançava a cabeça - porque, eu deveria
estar feliz com isso... mais uma semana Luan? Uma semana? Como acreditar que isso
tudo é verdade? Que isso tudo não é uma fantasia que você criou pelo que falei?
- Porque é! – ele a pega pelos
ombros fazendo-a encará-lo – e você sabe que é, você está com medo, apenas
isso. “O amor quando é de verdade nos dá medo” - ela concorda - e eu nunca tive medo de falar pra uma mulher que estou a fim dela, que a amo, mais com você é diferente, você era a Paloma Fortezza, você era sueprior e eu tinha medo de lá no fundo nada ter mudado...
Estava ouvindo tudo o que sempre
sonhou, parecia que todo o sofrimento da semana não passava de uma lembrança
ruim, de algo que não tinha mais importância. Era correspondida, era amada. E
aquilo era loucura. – levanta.
- Luan, eu não sou uma pessoa
boa pra você – começa a colocar empecilhos, se ele a amava de verdade não
poderia sofrer pelo seu passado – eu aprontei muito, eu fiquei com caras que
são seus amigos eu...
- Eu sei, a Paloma fez isso.
- Sem distinções por favor? Somos a mesma
pessoa Luan, eu beijei eles, eu transei com eles, e você não merece esses
constrangimentos. Acho que admitimos tudo isso, todo esse amor mais não vai dar
certo – ele não entendia – eu não duvido da sua paixão, eu só não sou a pessoa certa, você merece alguém que não
tenha um histórico como o meu. – admitia - acho que vamos voltar sem ser mais nada além de conhecidos e lembranças.
Luan fica indignado, o que acontecia com ela? - Não venha me dizer isso agora,
eu acabo de dizer que...
- Você ainda não disse que me
ama, e não diga, apenas admita que sabe da grandeza do meu passado. – era sincera.
- Eu sei e to pouco me lixando - aquele detalhe não ia estragar tudo -
danem-se o que pensam, o que dizem sobre você, eu sei quem você é de verdade,
Paloma foi seu esconderijo, apenas isso. – o vento soprava bagunçando o cabelo
de Cecília que tocavam o rosto de Luan de tão próximos que estavam.
- Paloma sempre vai ser uma
sombra Luan, eu me preparei a semana toda pra esse momento onde conversariamos, colocariamos tudo em pratos limpos e sinto muito por te dizer isso mais não damos certo, mesmo eu te amando muito e querendo tentar.
- Podemos tentar, podemos nos
permitir, nos conhecer, começar isso hoje. – insiste.
- Não me dê essa chance, é
tentadora demais. – sussurra cabisbaixa, estava dividida entre o amor e a razão, enquanto Luan lhe parecia tão
irracional em querer tentar.
- Olha pra mim – segurava seu
rosto – eu não sou romântico, o máximo que tentei fazer foi expressar meus
sentimentos em minhas canções, mais se de uma coisa que tenho certeza e que já
tomei a decisão, e não é de hoje, eu quero você só pra mim. Quero seus beijos,
seu sorriso, seu toque, seu abraço, quero você e sei que vai ser só minha, sei
que beijou outras bocas, eu também, sei que se envolveu com outros caras e meu
histórico com outras mulheres também é grande – ri nervoso admitindo – mais se agora
temos uma coisa em comum é isso aqui – toca seu peito indicando o coração – o mesmo
sentimento e eu digo com todas as letras Maria Cecília Fortezza, diante dessa
imensidão toda, eu te amo – a encarava nos olhos sorria afastando-se um pouco – EU TE AMO –
grita – e não importa o que digam, o que falem, eu quero só você. – encosta sua
testa na dela, eu só preciso ouvir de você agora, só mais uma vez. – aguarda d eolhos fechados.
- Ouvir o que você já sabe? –
consegue responder por fim.
- Eu preciso ouvir - espera.
- É como se a nossa vida
dependesse disso não é? Dessas três palavrinhas? - ele concordava
e ela falava pausadamente - Luan, eu te
preciso, te preciso pra me manter forte, pra eu conseguir seguir em frente com
essa mudança, te preciso porque você me faz forte, porque é por você que
resolvi mudar, é você a primeira coisa que vem no meu pensamento toda manha e
se arrasta durante o dia, durante a noite, nos meus sonhos, em cada coisa que
falo, ouço e vejo. – ele se afasta e a encara
absorvendo aquelas palavras com a boca em um leve ar de riso - E de você que eu
lembro quando ouço alguma musica no caminho pro trabalho, quando abro a porta
do meu quarto e deito na minha cama é em você que estou pensando, quando fecho os
olhos sou capaz de ouvir as batidas do seu coração, o som da sua respiração e essas são
as melhores lembranças que gosto de pensar antes de dormir, é você que me preenche
Luan. É você que sem saber, me completa. E se tudo isso não for amor, eu não
sei mais o que dizer além de Eu Te Amo.
Sob o céu azul onde o sol
reinava com toda sua luz e embalados pelo barulho das águas e do vento que
passava lentamente pelas árvores o beijo aconteceu, intenso mais cheio de
cuidados, devagar apreciavam o sabor um do outro, o beijo tinha sabor de amor embalado no vai
e vem de uma rede, sabor de banho de chuva, de correr descalço enquanto sente a
terra correr nos pés, sabor de liberdade, de dormir agarradinho e dizer bobagens no
ouvido, rir de qualquer coisa, de aproveitar uma manhã de sol, de banho de mar.
O sabor do amor de misturava a todos esses sabores, mais não deixava de ser peculiar, era doce, era puro, era dois em um. Apenas um. Um só sentimento. Um só corpo. Um só coração. Tão inteiro. Tão um. Unidade. Passavam-se a brisa, uma revoada de pássaros, um avião. E ainda permaneciam ali, unidos como deveria ser a partir de agora. Amor e desejo. Ele e Ela. Duas essências, um sentimento.
O sabor do amor de misturava a todos esses sabores, mais não deixava de ser peculiar, era doce, era puro, era dois em um. Apenas um. Um só sentimento. Um só corpo. Um só coração. Tão inteiro. Tão um. Unidade. Passavam-se a brisa, uma revoada de pássaros, um avião. E ainda permaneciam ali, unidos como deveria ser a partir de agora. Amor e desejo. Ele e Ela. Duas essências, um sentimento.
- Vamos tentar – ela sussurrava como se fosse um desafio para ambos.
- Vamos tentar. – ele concordava selando o pacto a tomando pelos braços e girando-a, selando o momento com mais um beijo.
Tentar? Sim, tentar. Tentar não
é sinônimo de fraqueza, inferioridade, medo ou pouco caso. Tentar é pros fortes, pros
que amam a tal ponto de arriscar tudo. Superar desafios. Amor é um risco. Amor é tentativa, inúmeras
delas. É doação, é ilimitado. Quem tenta não vê limites, ultrapassa-os. Quem
ama também.
CONTINUA...
Amores desculpem não postar ontem, eu conclui o capitulo mais a Intenet não ajudou muito, tava dando erro na postagem ao carregar as fotos, isso até onde eu me lembre porque tava Hiper, Mega, Big cansada e adormeci com o Net no colo =x
Acordei e acxhei que tinha postado mais uma leitora me avisou pelo Face que não tinha aparecido a postagem, ai vem eu de novo e reposto!
Desculpem de verdade essa pessoa que está extremamente cansada e cheia de trabalho.
Mais não abandono vocês tá?
Portanto quando não verem uma postagem e nenhum aviso entendam que alguma coisa aconteceu...Mil desculpas!
Desculpem de verdade essa pessoa que está extremamente cansada e cheia de trabalho.
Mais não abandono vocês tá?
Portanto quando não verem uma postagem e nenhum aviso entendam que alguma coisa aconteceu...Mil desculpas!
Sim, quanto a #Fic, o dia ainda não acabou, temos muitas coisas pra acontecer nesse lugar...
AGUARDEM
Paz&Bem
@_Vanesssaa_
AAAAAAAAAAAAAAAH QUE P-E-R-F-E-I-T-O amor do céu ontem eu entrei aqui o dia todo ta suuper anciosa, eu tentei avisar pelo twitter que nao tinha postado mais nao sei seu twitter amr =x .... Ta liindo demais to anciosa pro capitulo de amanha nega, parabens *-* ... @LSmeuamoor_
ResponderExcluirP-E-R-F-E-I-T-O Cara eu chorei aqui, to sem palavras Vanessa só digo duas coisas, Parabéns e Posta Maaais! Haha.
ResponderExcluirBeeeeijos
Nossa quase chorei ... espero que de tudo certo nessa tentativa deles
ResponderExcluir@Luandivo_
OMG, que capítulo L I N D O! *-* morri de amores, sério!!! To super ansiosa pra mais coisas acontecerem! :x
ResponderExcluirNessa, tá tudo bem de você não ter postado ontem, todo mundo quase morreu de ansiedade, mas tudo bem! rsrs Mas então, será que você não poderia postar 2 capítulos hoje pra compensar, hein? Pensa com carinho aí, estamos no aguardo!
Beijo! :* Letícia @DurasNaQuedaLS
Noossa veii, que capitulo perfeito.
ResponderExcluirParabééns, to ansiosa pro proximo capitulo!
@L_S_Forever
own que lindo *-* eles vao tentar :D finalmente o lu conseguiu dizer o que sentia :D espero que agora dê tudo certo :D beijos maria @luans_prt
ResponderExcluirAii meu Deus..ainda tem como esse dia ficar mais perfeito do que já ta?? O amor desses dois é lindo demais!!
ResponderExcluir-lembraria de perguntar se ele tinha TOC- kkkkkkkk' Eu ri demais nessa parte..rsrs Posta mais Nega *-*
Ana Cristina' (@Cris_Luanete)
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] LINDO.. LINDO.. LINDO.. LINDO..
ResponderExcluirPEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERFEITO *O*
sem mais.
Letícia
Perfeito sem mais, eu quase não comento aqui por que fico sem palavras sabe dona Vanessa, Por que sempre que comento a unica coisa que falo é que ta perfeito kkkkkk ai pensa você ira se cansar de ver tantos PERFEITO até o final dessa Fic que esta apenas no começo hahaha beijo gata , Continua vai u.u
ResponderExcluirThamires Gelsleichter
Nada que eu escrever se compara a esse capítulo, ele foi incrivelmente perfeito. Sem mais~~ Posta mais porque isso virou meu vício sem fim!
ResponderExcluirMt coisas em sei!!.............. haha saudades fiquei um tempo sem vim perdi uns cap!!! so mo lerdona pra ler!!!eu em!! haha continua aiiiiiiiii ta perfect!!
ResponderExcluiramr lê a minha web pf ???????? fanficamoluan-s2.blogspot.com.br
PERFEIÇÃO. É a palavra que resume todo esse capítulo! E mais uma vez a senhorita Vanessa arranca lágrimas da jovem nega aqui né.. SEMPRE me surpreendendo né minha Pernambucana linda? Realmente esses dois merecem uma chance, esse amor merece uma chance, e o que Deus une, homem nenhum separa!
ResponderExcluirSEM COMENTARIOS! PERFEITO É POUCO PRA DESCREVER ESSE CAPITULO. QUE PALAVRAS LINDAS, VANESSINHA! TUDO TÃO PROFUNDO! VC DESCREVENDO A CENA, O LUGAR, O AMOR....ME TOCOU DE VERDADE! E AINDA POR CIMA TEM ESSA MUSICA....NOSSA, ME EMOCIONEI! QUE COISA MAIS LINDA, GOSTOSA DE SE LER! VI DE FATO A CENA COMO SE FOSSE TUDO REAL, PRA MIM ESSA HISTORIA É REAL SEM DUVIDAS!
ResponderExcluirDE TODAS AS COISAS SENSACIONAIS QUE LI NESSE CAPITULO, ISSO DAQUI ME FEZ PENSAR:
"não importava se aquilo tudo acabasse ali mesmo, se percebesse que Luan não a via da mesma forma que ela o queria, só de ter um dia com o cara mais incrível do mundo valeria a pena, mesmo que se martirizasse depois, mesmo que a dor aumentasse.
Tentar? Sim, tentar. Tentar não é sinônimo de fraqueza, inferioridade, medo ou pouco caso. Tentar é pros fortes, pros que amam a tal ponto de arriscar tudo. Superar desafios. Amor é um risco. Amor é tentativa, inúmeras delas. É doação, é ilimitado. Quem tenta não vê limites, ultrapassa-os. Quem ama também. "
VC CONSEGUIU MESMO SEM SABER A RESPOSTA QUE EU VINHA PROCURANDO FAZ TEMPO, OBRIGADA! *--*
VOU LEMBRAR SEMPRE DISSO QUANDO AS COISAS PARECEM "IMPOSSIVEIS" DEMAIS
PARABENS , VC TEM UM TALENTO INCRIVEL !
BEEJO SAFADEX Q AMUL O/
Naah Negreiros
AMEEEEEEEEEEI foi incrivel vanessa!
ResponderExcluirposta mais @laarihrafaella
continua!
ResponderExcluir@gruubeer
sem explicaçãoes.... adorei!
ResponderExcluir@paulagaia2
Acho que a única coisa que posso dizer desse capítulo, é que... foi lindo!
ResponderExcluirLuan admitia que a ama, e ela só reforçou o que já tinha dito antes. Mais a partir de agora eles tem que encarar tudo e todos, criticas. Enfim... Mais não podem deixar se abalar com isso.
Yana Souza