Capítulo 26

Apoiado na porta Augusto a encarava: - Onde você enfiou seu celular, deve ter mil chamadas minhas!

Fala com tédio - Estamos recebendo visita – faz aspas – e deixei o celular no meu quarto – percebe que Augusto estava assustado demais e se preocupa - o que está acontecendo? Você está bem? Ou foi o...

- Orfanato! – sua suspeita se torna verdade.

- O que aconteceu Augusto! As crianças?!– fala nervosa levando as mãos até a boca, fecha a porta ficando na área de fora junto com Augusto, ninguém poderia ouvir aquilo.

Começa a explicar, mais calmo: - Uma parede caiu por conta da chuva, e não sei mais o que aconteceu, irmã Tereza também tentou entrar em contato com você mais também não conseguiu, ela estava nervosa e a ligação muito ruim, sai correndo no meu carro e vim a sua procura, não sei como está a situação por lá mais pelo telefone... – sua cara não era nada boa.

Maria Cecília se desespera: - Temos que chamar os bombeiros, se tiver alguma criança ferida? Meu Deus Augusto!

Tenta acalmá-la: - Ela teria me avisado, mais mesmo assim me preocupo, agora vem – a puxa – vamos temos que ir.

Ela para – eu não posso.

- O que? – parecia que ele ouvia um dos maiores absurdos.

Explica: - Sem antes arrumar uma desculpa. – morde o lábio.

- Você é Paloma Fortezza! Não dá explicações esqueceu?

- Mis hoje quem está aqui é a Maria Cecília – olha pra sua roupa – o Arthur esta com visitas e tive que fazer meu teatrinho, como uma moça de família sai a essa hora da noite numa chuva dessas?

- Fácil, com um médico como namorado! – não perde tempo e entra na casa.

- Você pirou? – tenta freia-lo -  Quem está aí é o Luan Santana e companhia!

- Qual o problema?

- Bem, é...eu...é que – não sabia explicar, sim numa situação normal não teria problemas, mais ele estava lá e sabia que estava gostando da sua versão boazinha, e se odiava em não querer estragar tudo.

- Ok, você tem cinco minutos pra arranjar uma desculpa certo? Te espero no carro, Augusto sai se molhando na chuva.

Maria Cecília entra e fecha a porta falando nervosa: - E agora? O que dizer? O que dizer? – caminhava de volta, ouvindo as risadas de todos naquele cômodo. – seja como a Maria Cecília, o que ela faria? O que ela diria? Como sair dessa? – entra na pequena sala.

- Que bom que voltou, quem era? – Sônia pergunta curiosa.

- É, o Augusto! – não mentia e ela fica surpresa.

- Mais o que ele queria? Alguma coisa com a clínica? – Luan fica antenado na conversa.

- Não, veio me pedir um livro de arquitetura moderna emprestado – mentia, sabia que ele nunca faria isso e provavelmente ela estava arrumando uma desculpa para sair naquela noite e os convidados não perceberem nada, Luan também pensava nisso -  pensa em mudar alguns ambientes da sua casa e tenho alguns exemplos no livro, talvez se interesse por algum, ele ligou aqui em casa mais ninguém atendeu – sorri olhando o horário. – disse que iria procurar e eu entregaria em sua casa.

- Ah amanhã? - Sônia insiste, todos estavam em silêncio.

- Não hoje – sorri – ele tinha pressa e não esperou, o Augusto é um pouco maluco – ri, estava nervosa e isso não era bom -  bom – para e morde o lábio – na verdade ele me convidou pra tomar um chocolate quente – Luan estremece, seria verdade? - e como mora aqui perto, entrego o livro e faço um pouco de companhia, eu não demoro, vou procurar o livro e caso não volte a tempo foi um prazer receber e conhecer todos. – sorri mais uma vez estilo Maria Cecília. – sua mãe e o irmão não acreditavam nem na história que Augusto batia em sua porta, pensavam que ela queria sair pras suas noitadas e arranjava essa desculpa, mais se enganavam.

Luan desconfiado é mais rápido: - Eu posso te  levar já que é aqui perto. – se oferece fazendo Paloma estremecer os dentes e cerrar os punhos, não esperava por isso.

- Ah Luan – vira-se o encarando tão angelical – não quero dar trabalho e serei rápida.

- Mais não é trabalho nenhum, vocês se importam? – encara a Sônia e Arthur que toma a frente da mãe.

- A Maria Cecília é rápida, em dois minutos ela volta não é maninha? -  falava-lhe com atenção, na verdade ele não queria que Luan a acompanhasse, pois saberia onde iria terminar e pensava que ela estava usando do encantamento dela sobre Luan.

- Claro Arthur, serei rápida – com licença e foi um prazer, Dagmar, Anderson e Júnior – vira-se – obrigada Luan mais não é necessário, de verdade. – sai andando devagar mais era possível ouvir o bater do salto no piso de madeira enquanto corria, apenas subiu até seu quarto, pegou o celular e mais um agasalho, tirou fora as lentes de contato e em segundos estava abrindo a porta e indo de encontro a Augusto.

- Vamos? – Luan falava impaciente com as mãos nos bolsos, olhava a rua da varanda.

- Mais já? Só mais um Terere! – Arthur sabia que ele iria atrás dela.

- Fica pra outro dia, lembrei agora que tenho que ir buscar a Bruna, ela saiu com umas amigas e...

- A Bruna? – Dagmar já iria comentar que ela tinha ficado em casa.

- Enquanto eu fui buscar o vinho ela me ligou dizendo que estava com umas amigas, e já passou da hora, algo que ela não vai reclamar, acho que já acertamos tudo não é Anderson? – ele olhava a varanda mais uma vez e vê do outro lado da rua Maria Cecília entrando num carro prata.

- Claro, só vamos emitir o contrato e ambas as partes assinam, no demais tudo certo!

- Perfeito, Arthur cara, valeu pelo jantar, e Dona Sônia...

- Sônia Por favor! – ela ri o abraçando.

- Sônia, obrigado por nos receber tão bem na sua casa, foi tudo perfeito e a comida estava...

- Maravilhosa – Dagmar e Junior riem falando ao mesmo tempo.

- Imaginem queridos, voltem sempre que quiserem.

- Nos vemos no show? – Arthur questiona.

- Ou até antes. – Luan o abraça.

- Não vá atrás dela Luan, lembra do que te falei naquele dia, ela usa as pessoas e eu conheço bem isso, tudo aqui hoje foi um teatro. – Arthur sussurrava só pra ele ouvir – te cuida.

- Valeu cara – Luan aperta sua mão por fim, olhando ainda pela varanda percebe que o carro ainda estava lá – ótimo!

Ao saírem o carro não estava mais, pra que rumo teriam ido? Luan teimoso pisa no acelerador: - Agora explica, porque a pressa? Porque a Bruna a essa hora deve estar em casa então só tem uma resposta: Maria Cecília. – Anderson também percebeu.

-Não, e a Paloma Fortezza Anderson – Junior complementa.

- Não é, liguem pra Bruna e vejam se e minha mentira! – fica com medo que alguém tentasse realmente ligar.

Dagmar reclamava: - Olha Luan, me deixa na casa do Anderson e vai pra onde você quiser, Paloma, Maria Cecília, Bruna..desde que eu chegue viva esta noite.

- Ok Dada – sorria – é Anderson? Você vai precisar do seu carro esta noite?

- Luan...

- Por favor?

- Você precisa comprar um carro realmente humano e não aquele Porshe – já estavam se aproximando da casa do Anderson – cuide bem dele ok?

- Nada vai acontecer, eu só busco a Bruna e vou pra casa, juro – cruza os dedos parando. – Arnaldo?

- Tá, daqui eu pego um táxi e sim, vou ligar pra Bruna daqui assim que você sair. – fala desconfiado.

- Tudo bem, eu estarei do lado dela!

- Juizo Luan, não nos traga problemas1 – Dagmar adverte.

- Eu sei me cuidar!   - grita enquanto saia no carro.

Pega o telefone e ainda dirigindo disca pra Bruna: - O que você quer Luan? – voz de tédio.

- Sua ajuda!

- Eu imaginei, manda, o que eu posso fazer por você as dez da noite?

- Daqui a pouco o Junior vai te ligar, e em todo caso eu fui te pegar na balada e ainda não cheguei tá bom? – explicava enquanto procurava nas ruas algum sinal daquele carro prata.

- Mais não é cedo pra voltar pra casa? O que você está aprontando hein? Porque eu tenho que dizer isso?

- Prometo te explicar maninha, mais te vira com essa parte, você é melhor que eu nisso, amanhã é segunda, fala que tem colégio, prova, sei lá!

- Luan se você estiver mentindo ou...

Não concluiu, ele já tinha desligado, faziam já trinta minutos que tinha visto aquele carro prata e Paloma se embrenhando dentro dele. Já sabia, pega o telefone e disca o número dela.

No carro ela nervosa não vê número e atende rápido demais, pensava ser irmã Tereza!

- Oi irmã – Luan arqueia as sobrancelhas – já estamos a caminho certo? Não se preocupe.

- Já estão vindo onde? – Luan abafava a voz, ela não estranha, talvez tivesse chorado ou estivesse nervosa.

- Estamos pegando a alameda 25, daqui a pouco chegamos na estradinha de terra, só mais alguns minutos.

Luan já tinha descoberto o que queria, alameda 25 era o endereço da sua casa, a mesma que levou Maria Cecília, teria agora que achar a estrada de terra, e seria fácil, mais essa noite saberia o que ela tanto escondia pra sair a essa hora da noite ao lado de Augusto.

CONTINUA...

Será que Luan vai descobrir tudo sobre o Orfanato?

Será que ele vai conseguir encontrar Maria Cecília?

Aguardem...

Porque muitas coisas vem por aí entre os dois!

Kiss ;**

Paz&Bem

Comentem por aqui ou pelo TT @_Vanesssaa_

Não perdem por esperar!

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