Capitulo 40

- O que acabou de dizer? – ele ainda estava perturbado.

- Luan – respira – eu te amo – falava com cuidado – é isso mesmo que você ouviu, não me peça explicações porque nem eu mesma sei explicar como isso aconteceu, e não sinto vergonha nenhuma de te falar isso, apenas medo. – admitia – medo e alívio por não carregar esse fardo.

Luan estava atônito, surpreso pelo que lhe era revelado, fechava a boca e parecia processar todas aquelas palavras, - silêncio.

Começava a ficar numa situação embaraçosa, tinha falado alguma coisa errada? - Acho que esse lance de amigos não pode dar certo, você me entende agora? Entende porque não insisti ontem a noite? Eu não tenho controle sobre o que estou sentindo Luan, e sei que não sou correspondida então, respeite isso, apague, faça o que quiser, mais é essa a verdade. – ela ria nervosa, tinha sido um choque pra ele, pois estava inerte ainda com uma manga em uma das mãos a encarando. – me desculpe.

- Ela tá me pedindo desculpas por dizer que me ama? Luan! Ela disse que te ama! – pensava enquanto ela mexia os dedos aguardando que ele falasse algo – o que dizer? O que dizer? Será verdade isso? Ou ela está confundindo as coisas? Que alegria é essa que você está sentindo hein Luan? Fala, fala!

- Acho que – ela o observa como se sua vida dependesse daquelas palavras – acho que estamos confundindo as coisas.

- Confundindo? – ela não entendia. – Luan, eu digo que te amo e você me diz que estou confundindo as coisas?

- Acho que é a nossa aproximação, - o que você tá dizendo cara? – você...

- Você acha que eu criei esse sentimento? Que eu me iludi? Inventei? – é isso? Que é errado?

- Não, não é isso! – suas palavras não saiam, apenas pensamentos – Porque você não tá conseguindo dizer nada hein? Porque não diz alguma coisa sensata?

Maria Cecília via todos os seus medos ali, a sua frente. Seus medos se concretizavam, e no fundo tinha razão, Luan não sentia nada além da preocupação e da amizade, entendia perfeitamente o que ele sentia, confusão. Uma mulher se declarando pra ele, assim de uma hora pra outra? Ouviam-se as crianças gritando, e a alegria que sentiam em correr na grama verde, outras andavam de bicicleta, riam, Irmã Tereza conversava ao longe, rindo com Zé Dantas, barulho de um carro chegando e buzinando no grande portão, tudo isso era percebido, mais o silêncio que se transformava em abismo entre os dois era horrível de se ouvir, Cecília não esperava mais nada, ou num último minuto ouvir que ela a amava, e no fundo não ouviria aquilo, não hoje. Luan estava confuso, cabisbaixo olhava o chão não a encarava.

- Luan? – ela insiste como numa última tentativa – eu sei que é estranho mais seu silêncio tá me matando, me diz alguma coisa, qualquer coisa! Por favor! – se sentia uma plena idiota.

- Eu não sei o que dizer, o que quer que eu diga Maria Cecília, isso é estranho – admite.

- Estranho? – repete – eu já deveria imaginar, não devia ter falado isso Luan, de verdade? Me desculpe e esqueça, se possível, tudo o que aconteceu. Eu sou a idiota aqui. – começava a descer pela escada, seguida de Luan que começava a acordar pro que estava acontecendo.

- Espera, espera. Acho que precisamos conversar! – falava nervoso.

- Acho que hoje não voltamos juntos Luan, tá vendo aquele carro? – Apontava – É a Sônia, veio visitar o orfanato e tenho que ir encontrá-la, se você quiser ficar, fique – respira fundo, falava com dificuldade  - fique a vontade Luan, e saiba que será sempre bem vindo aqui. – Luan observa a garota que acabava de se declarar pra ele lhe dando as costas , suas pernas queriam correr, ir atrás dela, pegar em seu braço virar-lhe o corpo e beijá-la mais uma vez, mais algo o prendia, algo que não sabia explicar o que era.

Continuou caminhando e reuniu-se com as crianças, se despediu e prometeu que viria mais vezes, ainda encontrou Sônia e a cumprimentou, percebeu sua alegria ao vê-lo ao lado de sua filha, deu um “tchau” para Cecília e foi embora, como sempre arrependido de sua indecisão, de não ter feito nada e nem saber o que se passava com seus sentimentos.

- Bom, esse é o nosso orfanato – Cecília ria para Sônia acabando o Tour.

- Essa é a casa que está construindo? – ela concorda – você não está bem, o que aconteceu? Sabe que pode me contar.

- Não aconteceu nada, é só...

- O Arthur? – ela prefere concordar -  Eu preciso conversar com ele, está sendo infantil demais e você – ergue a mão para acariciar o rosto de Cecília mais a deixa cair, tinha medo que a rejeitasse – você está voltando!

Cecília ri e num gesto involuntário como se fosse uma necessidade de carinho, atenção a abraça, Sônia fica inerte, não tinha se dado conta ainda do que acontecia, mais a abraçou, como se esperasse aquilo durante décadas.

- Filha, você está...chorando?

- Não me pergunte nada, apenas – se afasta – obrigada pelo abraço. Vamos? – enxugava as lágrimas.

Ela ainda não tinha a chamado de mãe, nem contou o que estava acontecendo, mais Sônia saiu dali com a certeza que o que perdeu por tanto tempo estava bem perto de suas mãos, já podia tocá-la, conversar e queria ver Augusto, conversar com ele e dizer a progressão de hoje.

Ao saírem do orfanato, Sônia seguiu para casa, e Cecília só pensava em um lugar, uma pessoa, Augusto, seu amigo e quem sabia de tudo o que acontecia. Partia pra sua casa, sabia que ele tinha trabalhado todo o dia no hospital e estaria em lá, precisava agora dele mais do que nunca.

- Alô? Augusto? – Sônia perguntava alegre ao ver que ele tinha atendido.

- Sônia? Aconteceu alguma coisa com a Cecília? – ele falava em tom preocupado.

- Aconteceu, aconteceu que ela me abraçou hoje Augusto! Imagina a felicidade que eu estou?

- Ela está voltando Sônia, estamos conseguindo! – comemorava.

- Sim, sim. Ela está usando o colar que você  deu, mais não perguntei nada.

- Ok, ela apenas o aceitou como...como um empréstimo, mais ele pertence a ela. 

- Mais estou preocupada, ela chorou hoje.

- Chorou? 

- Sim, não entendo, mais ela não me contou, e precisava de um abraço, meu abraço – comemorava  -  Luan estava lá quando cheguei e não demorou muito, pouco se falaram e...

- Luan? Luan Santana?

- Isso, ele foi conhecer o orfanato, Augusto você é quem mais está ligado a ela no momento, por favor, tente descobrir o que está acontecendo com ela...

Campainha toca: - Tudo bem, vou fazer isso quando a encontrá-la, tenho que desligar, vou atender a porta. – desliga.

Não demoraria muito pra saber o que aconteceu, e se Luan estava envolvido, sabia o que se passava, só não esperava de ao abrir aquela porta encontraria Cecília com uma das mãos apoiada na parede, cabisbaixa e ao encará-lo sairia voando para seus braços como alguém que tem medo, muitos medos.

- O que aconteceu? – afagava seus cabelos.

Silêncio. Soluços.

- Maria Cecília, o que houve? Foi o Luan? O que ele fez com você? O que ele te disse? – falava irritado.

Falava contra seu peito: - O que não era nenhuma novidade Augusto, ele não disse nada mais sou esperta o bastante pra entender que ele não me ama.

- Mais você contou?  - ela faz que sim – me desculpe por ter te incentivado a isso.

- Eu falei que o amava e ele simplesmente...não disse nada dava de ombros -  falou que eu estava confusa, confundindo as coisas e...talvez ele tenha razão porque estou eu agora morrendo de vergonha por ter aberto o jogo pra ele.

- Xiii, não fica assim, você pelo menos foi sincera, hey! – a forçava a encará-lo, passando confiança.

- Sinceridade que me custou muito – falava revoltada - duvido que ele queira me ver na sua frente Augusto! Ele estava com medo, medo de mim? Medo do meu amor! Medo do que eu falava, como se aquilo fosse o maior absurdo, ou não existisse, eu li o seu silêncio! – passava as mãos pelos cabelos impaciente.

- Tem certeza que ele só fez isso? O que aconteceu? – ficava em dúvida – como contou a ele?

- Nós nos beijamos, ele me beijou, não sei explicar! – ele observava – ele queria saber o que eu sentia, queria entender esse desejo, essa vontade que temos um do outro ai acabei falando...

- Espera, espera! Queria saber o que você sentia? Ele quer brincar com você é isso?

- Não Augusto, não foi isso, olha, eu não sei mais de nada, só me diga pra parar, pra esquecer, pra eu ir pra casa e dormir, porque quando eu acordar tudo não vai ter passado de um sonho ruim – suplicava.

- Vá pra casa, e prepare-se pra um jantar em família – ela o olhava sem entender – Arthur, Bia e os pais dela.

- Ai Deus! Não me diga isso, a Sônia não me falou nada.

- Sônia estava feliz demais por você, mais eu estarei lá também!

- É um jantar de família! Você acabou de dizer...

- Me consideram parte da família – ri – eu estarei lá ok? Vamos – pegava as chaves.

- Você vai agora?

- Não, vou fazer uma visita a um amigo, assuntos sérios a tratar, mais a noite estarei lá, com você.

- Tudo bem, vamos.

Mal sabia Cecília que ao sair da casa do seu amigo, o mesmo seguia rumo a casa de Luan, era distante mais Augusto corria, deveria ter tido essa conversa antes disso tudo acontecer.

- Luan?- Augusto ligava pro seu número.

- Fala cara! Aconteceu alguma coisa?

- Da pra vir na portaria do seu condomínio? Estou a sua espera – falava sério.

- Foi alguma coisa com a Cecília? – preocupa-se.

- Apenas venha. – desliga.

Luan é rápido, sua casa ficava distante da portaria, o carro do seu pai estava estacionado na frente de sua casa, pega as chaves e vai ao encontro de Augusto, em segundos estava o vendo, encostado no carro de braços cruzados e cabeça baixa.

- O que aconteceu? A Cecília tá bem?

- Bem? – o encara – Acho que não Luan, ela acabou de se declarar pra um cara hoje e ele...não deu a mínima pra ela – seus braços se movimentavam urgentes no ar enfatizando sua fala -  e veja só, que irônico, ela disse que o amava e ainda pediu desculpas por isso, o que me diz? É errado amar alguém ao ponto de se desculpar?

Luan sabia de quem ele estava falando, ele tinha total razão e sente-se envergonhado: - Cara eu, eu fiquei surpreso com o que ela disse, sem palavras, mais eu vou procurá-la , conversar e...

- Procurá-la? Conversar? O que vai dizer? – enfrenta-o - Sabe cara, lembra que um dia eu te disse que você estava apaixonado pro ela? – ele concorda – eu acreditava nisso, por isso eu incentivei ela a dizer que te amava, mais percebi que me enganei...

- Você não sabe nada, eu apenas estou confuso e eu gosto dela! – não iria aguentar os desaforos calado.

- O bastante pra correspondê-la? Porque se não for, não a procure, e se a procurar e brincar com ela, te digo, você tá ferrado comigo. – apontava o dedo indicador próximo ao peito de Luan.

- Espera, mais o que tá acontecendo? Porque tá me dizendo isso? O que você tem a ver? Isso é ntre eu e ela – rebate.

- Ah – ri irônico – entre você e ela? Tem certeza? Mais sabe, vou responder sua pergunta, Luan, ela é muito, muito importante pra mim Luan, não sabe o quanto demoramos pra tê-la de volta e ela esquecer aquela droga de vida de Paloma, de rainha das noites, não duvide que ela mudou mais por você do que por ela mesma, ou por mim, ou pela Sônia, e agora eu to indo pra casa dela, porque temos hoje um  jantarzinho do Arthur e ele não pode arruinar o resto do  dia dela, eu não vou deixar, então, CUIDADO COM OS SENTIMENTOS DELA. Porque ai o assunto será entre eu e você – apontava – Espero que trate de se retratar. Boa noite, acho que já dei meu recado, lembranças a Bruna ok? – entra no carro e cantava pneus.

Luan ficava sem entender aquela atitude, porque seria a mesma forma que ele  trataria um cara que magoasse a Bruna, a defenderia com unhas e dentes, assim como Augusto o fez agora, a sua frente, voltava ainda mais aturdido, o que faria? A procuraria? O que diria? – Bela semana de aniversário Luan, brigou com o Arthur, agora com o Augusto, e nesse final de semana sera sua festa de aniversário na boate do Arthur, do irmão dela, que furada hein Luan! Fora o evento da boate no domingo, como seria encontrá-la? Será que ela iria? Mais a pergunta gritante que não queria calar dentro dele, você a ama?

Augusto chegou na casa dos Fortezza e não abordou nenhum assunto sobre a conversa com Luan para Maria Cecília, para Sônia ele disse que não conseguiu descobrir nada sobre o que aconteceu, sabia que Sônia assim como ele acreditava no interesse de Luan por Cecília, mais não queria expor essa dúvida, não tinha mais certeza de nada.

O jantar foi mais uma cena de novela das seis, onde a família feliz e unida recebe os pais da namorada do irmão, Maria Cecília deu poucas palavras, a maioria delas estimuladas por Augusto, estranhou a alegria com que a mãe de Bia falava com ela, lembrava que até um tempo atrás ela era motivo de ódio por ser companhia de sua filha, talvez ela tenha sabido que tinha mudado, que não era mais aquela “vadia”, mais tinha uma vontade de liberar Paloma ali, mais uma vez e acabar com aquela ceninha de alegria de todos.

- Vou buscar mais um vinho – ela ria levantando e indo em direção ao escritório onde fica a adega, mais alguém caminhava atrás dela, lembra dos passos de Luan, ela sabia tudo sobre seu corpo, o movimento que fazia quando estava nervoso, quando sorria, o som das batidas do seu coração, sua respiração e sua risada, mais aqueles passos não eram dele, eram de uma mulher.

- Bia, o que você quer? – vira a encarando – eu não tive um dia bom e por favor? Essa ceninha tá acabando comigo!

- Maria Cecília, me perdoa! Sabe, você deve ter desconfiado que eu sempre tive uma quedinha pelo Arthur, mais eu o amo, você entende isso? Não importa o que ele é, o que ele faz, eu não mando aqui, no meu coração, e saiba que se ele tentar algo contra você, como sua amiga e por conhecê-lo antes de tudo, irei te alertar.

- Tudo bem – ignora.

- Maria Cecília?  -continuava a seguindo – eu não mando no meu coração, acha que se eu pudesse escolher eu não teria feito? Você já amou alguém? Sabe o que é nutrir um sentimento desse tamanho? Não importa se ele ainda não me corresponde, mais eu faço tudo pra estar ao lado dele, amor não mede fronteiras, e eu estou tentando.

Ela estava parada ouvindo aquilo, será que se submeteria a ficar ao lado de Luan mesmo sem ser correspondida? - Sim, ela se iludiria porque o amor faz isso com as pessoas e entende que Bia não teve escolhas, se ela tivesse tido também não teria se apaixonado por Luan, nunca teria se apaixonado porque te torna submisso, dependente do outro, como uma droga.

Respira fundo e responde: - Eu entendo Bia, entendo mais que tudo, apenas tome cuidado, o Arthur é meu irmão, seu namorado e eu não confio nele. – Bia assente como uma trégua.

- Maria Cecilia? – pergunta em duvida.

 

- Sim?

- Esse colar que você está usando, parece com aquele que a mulher usa no quadro não é? É o mesmo?

Ela observa e responde rápido:  -Não, não é. Esse eu ganhei a pouco tempo. – Que absurdo, passou a vida toda vendo aqueles quadros ela mesma reconheceria se fosse o caso de serem iguais. Não se atentaria a isso, teria uma cena pra fazer quando viesse com o vinho.

Depois do teatro terminado, depois de todos irem embora e restar apenas o silêncio do seu quarto foi hora de desmoronar de vez, repassar o que tinha acontecido mais cedo, o que era pra se rum dia normal de aproximação acabou com tudo, acabou com aquilo que nem começou, pensava enquanto as horas se passavam e não culpava Luan, ele era o inocente naquilo tudo, ele tinha total noção do que queria, do que sentia, e não era a mesma coisa que ela – assim pensava – mais o seu silêncio, a sua cara de que não entendia nada, de que ela estava falando absurdos era difícil de digerir. Mais o que era pior era a sensação de perca, de não o ver mais, ou de quando ver ficar numa situação estranha, em sua cabeça tinha afugentado Luan, e sabia que ele não ligaria, não daria nenhum sinal de vida, a não ser no final de semana, no seu aniversário e aniversário da boate de Arthur, como o encararia? – Você não vai Cecília, não vai!  - lembrava do irmão mostrando no jantar o convite em preto e vermelho que recebera do aniversário do amigo, comemorava e exibia como um troféu – Arthur e família – respira fundo -  força, você ainda tem o Augusto...e a Sônia.

A semana se arrastava lentamente, trabalho, faculdade, casa, orfanato. As duas vezes que apareceu lá foi inundada por perguntas das crianças pelo Tio Luan e quando ele viria: - Em breve – respondia – mal sabia ela que esse breve não seria tão rápido assim, como preverá ele não entrou em contato, o que a fazia pensar que tudo tinha acabado, para sua surpresa recebeu uma ligação de Bruna, queria que ela ajudasse a encontrar uma roupa pro aniversário do irmão, ela disse que não tinha tempo e se desculpou, indicando a Bia, ou a Lígia para acompanhá-la nessa tarefa, talvez nem fosse a esse aniversário.

O mais preocupado foi Augusto, perdeu a conta de quantas vezes ele ligou, parecia que tinha medo, medo de que algo voltasse, de que a Paloma voltasse, mais ela estava decepcionada demais pra pensar nisso. Até conversarem na manhã do dia 13/03 no orfanato.

- Mais o que é isso? – perguntava ao ver uma aglomeração de adolescentes correndo e dando presentes as crianças.

- Fãs do Luan Santana – Augusto falava com cara de tédio – sabia que elas se reúnem pra comemorar dessa forma? Fazendo serviços comunitários, etc..etc..etc.

- Ah, eu deveria ter imaginado. – tirava as ferramentas da mala do carro.

- Vai hoje? Pro aniversário? Sabia que recebi o convite? – ria esperava que aquilo não acontecesse.

- Sabe Augusto? Eu não sei mais de nada, apenas que o amor é uma droga! Sem mais, acho que você deveria ir, tentar com  a Lígia, ela vai estar. – falava fria.

- Já superou? – pergunta receoso.

- Uma semana é muito pouco quando não se tem nenhum contato, nenhuma notícia, mais nada que uma dose de Tekila não resolva.

- Santa Tekila. – ri.

- Augusto –o encara e ele começa a prestar atenção – obrigada, por tudo! Sabe, se não fosse você, e a Sônia que apesar da distância ainda está presente, eu não sei o que faria, você é o irmão que eu sempre quis ter – abraça-o espontaneamente.

- O colar tá fazendo efeito não é?

- Meu amuleto.

- Tio? Você podem tirar uma foto nossa, vai pro site do Luan – uma jovem pedia, vestida com a camisa do Fã-Clube a foto de Luan estampava sua roupa.

- Tio? – Augusto contesta.

- É tio Augusto, tira aí a foto – Maria Cecília o cutucava ria enquanto ele tirava a foto do grupo com as crianças, entregavam presentes.

- Valeu Tio! – agradeciam.

- Elas me chamaram de tio!

- Eu vi Doutor.

- Eu sou tão velho assim?

- Pra elas, sim! 

- Tio das fãs do Luan Santana, só era o que me faltava.

- Relaxa Augusto, isso é normal!

- Relaxar? Eu só tenho 26 anos!

- Jura? Achei que fosse mais! – ria.

- Cecília, eu entrei na Universidade aos 18 anos... – explicava .

- Tá bom Nerd, vamos que preciso ocupar meus pensamentos, tenho um amor pra esquecer!

- Sabe de uma coisa? Nós vamos a esse aniversário hoje.

- Você vai né?

- Nós Cecília! Estarei com você, e lembra de aprender a enfrentar seus medos cara a cara?

- Vou pagar de palhaça!

- De qualquer forma irá vê-lo amanhã, no show do Arthur! Melhor enfrentar a fera hoje, aniversários sempre deixam as pessoas mais...

- Não espero que ele diga que me ame – interrompe.

- Mais vocês tem que conversar, uma semana deve ter deixado ele com peso na consciência eu garanto. – ria.

- Mais eu não discuti – pensava  -ao menos que você...Augusto!

Ele ria: - Apenas defendi minha...irmãzinha!

- Não acredito! Você pirou? Como vou vê-lo depois disso?

- Com os olhos! E além do mais, ele não precisa saber que você sabe...

Concordava:  -Irmãzinha?

- Melhor do que me chamar de tio...vamos lá! Temos um aniversário pra ir hoje!

- Vou me arrepender amargamente disso!

- Eu estarei com você, lembra?

Ela concorda.

ACONTINUA...

Quanto a Luan, o aniversariante da vez e seus sentimentos saberemos no próximo capítulo, ele teve uma semana, uma semana pra organizar suas ideias, e decidir o que faira quando a encontra-se, será que ele conseguiu admitir o que sentia? Se amor? Ou apenas...desejo? 

AGUARDEM

Esse aniversário e Show prometem.

Té Segunda, Juizo e se cuidem!