quarta-feira, 4 de julho de 2012

Capítulo 24




Uma mesa grande estava esperando por eles, talheres dispostos ao lado de louças brancas faziam uma sintonia perfeita com as taças e copos que também faziam parte da arrumação. Ao fundo um quadro onde estava pintado em sua tela um arranjo de frutas enorme e colorido, acima da mesa sob o teto claro um lustre que caia em cascata de microcristais com luzes pequenas e brilhantes, num aparador de canto estavam algumas bebidas, na “cabeça” da mesa sentou-se Sônia, a Dona da casa, do seu lado direito lado a lado Arthur e Maria Cecília, de frente para Arthur sentou Anderson, que seguiam ao seu lado Luan, Dagmar e Arnaldo que se opôs sentando ao lado de Maria Cecília, que não mostrou incômodo, nem com sua presença nem por estar de frente para Luan. Olha pra ele e sorri como se nada estivesse acontecendo e aquilo tudo fosse normal, Paloma Fortezza não parecia existir ali.

Estela estava em pé com as mãos voltadas para trás, fala baixo ao ouvido de Sônia e ela faz que sim concordando.

- Bom, o que vamos beber? – Arthur perguntava levantando até o aparador – Temos vinho, Whysk, Vodka, suco, água – ri. 

Maria Cecília comenta: - Bom, já que os pratos servidos são da cozinha italiana, eu recomendo tomarem um bom vinho! Arthur, porque não vamos até a adega lá nos fundos e pegamos algumas especialidades? – sorria.

- Vocês tem uma adega?  - Anderson fica fascinado – isso é ótimo! Quando morava em Campo Grande tinha alguns amigos meus descendentes de Italianos que preservavam adegas em suas casas 

- Temos sim Anderson, realmente é uma cultura Italiana  – Arthur confirmava – é uma relíquea de família, desde os meus bisavós.

- Nunca vi uma adega! – Luan comentava curioso ajeitando-se na cadeira – é grande?

Arthur continua: - A nossa ocupa toda uma sala Luan, digamos que é média – ri – temos algumas especialidades que vão gostar de provar.

Sônia também entra na conversa: - Porque você não vai escolher o vinho Maria Cecília? Sempre foi muito boa nisso! – elogiava.

- Claro – levanta-se sem encarar a madrasta. – sem problema algum vai ser um prazer – encarava Luan  - mostrar a adega ao Luan.

– Se quiser conhecer Luan, é só acompanhar minha filha – Paloma estremece ao ouvir ela a chamando de filha -  fique a vontade.
Luan não pensa duas vezes e levanta curioso enquanto Maria Cecília torcia os dedos na mão apreensiva, passa por Arthur que a olhava suplicando para se comportar ele diz: - Seja rápida Maria.
Ela apenas sorri sínica pra ele. – Escolherei bons vinhos, sempre fui melhor que você nisso. Me acompanhe Luan.
Ele a seguia pelo corredor, percebeu que a mansão dos Fortezza era enorme, Maria Cecília ainda em silêncio empurra uma porta de madeira em mogno pesada, era um escritório, Luan para, algo tinha chamado sua atenção na parede, o espaço enorme tinha vários quadros expostos na parede de fundo bege. – Quem são esses?
- Ah – vira-se, seus olhos queimavam, aproveitava que estavam longe do grupo – não seja sínico! Você quase me matou lá fora seu irresponsável! Tá aprendendo a dirigir ou o que? – Luan ia falar mais ela não deixa – e ainda manda aquele magrela responder por você! Sabe, você é um irresponsável, que se acha dono do mundo e não tem a capacidade de falar por si. – Luan ria – agora eu entendo porque esses famosinhos de meia tigela se acham os donos do mundo e quando vaza alguma coisa na mídia, não eu não fiz isso! – imitava enquanto Luan continuava a sorrir - Do que está rindo? Se tivesse acontecido alguma coisa comigo Luan eu...sabe o que eu deveria fazer? Falar isso pra imprensa! – se aproximava de Luan indicando o dedo perto do seu rosto quando ele pega sua mão e a puxa, Paloma se afasta rápido demais.
Ignora as atitudes dela:- Sabe, estranhei você ter aceitado minha companhia para vir pegar o vinho, deveria ter desconfiado que iria brigar comigo...
- Brigar? Eu queria te matar!
- Queria?  - pegava em seu braço a puxando para perto mais uma vez.
- Não tente ok? Eu só estou me fingindo de boazinha hoje...e te aviso, toma cuidado comigo.
- Não tenho medo de você  Maria Cecília – cruza os braços a olhando por baixo e rindo de leve.
- Paloma ainda está aqui! – cruza os braços o desafiando.
- Não, a Paloma não estaria aqui comigo nesse escritório sozinha, ela não dá segundas chances, apesar da gente ter se beijado num estacionamento aí – provoca.
- Não brinque comigo Luan, caso eu esqueço esse jantar, esqueço quem está ai com você, paro o teatrinho e ai sim, isso vai virar um circo!
- Ok, vou tomar seu conselho só por conta do Arthur, ele está empolgado demais e não quero estragar a noite dele já que a irmãzinha resolveu cooperar –pega em sua bochecha e ela bate na sua mão.
- Você gosta de me desafiar não é? 
- Eu confesso que me divirto muito, só deveria ter pego de leve com o Junior, bobo da corte foi muito foda.
- É o que ele é então...quer saber? Não vu perder mais tempo com você, vamos logo pegar a droga do vinho antes que eu cometa um assassinato aqui, e olhe que posso ser inocentada porque você quis me matar primeiro.
- Não brinque com isso – finge ter medo das ameaças.
- Seria adorável e vou amadurecer essa ideia, assim me livraria de vez de você! – caminha pelo meio do escritório mais Luan a puxa de novo.
  - Hey, hey!  Depois das ameaças e das brigas, agora vai me explicar quem são essas pessoas? – insiste curioso em relação aos quadros.

Ela o olhava de boca aberta, como ele podia agir com tanta naturalidade, não se importar com nada que ela disse e ser tão lindo ao mesmo tempo? - Nossa família – explica irritada – aqueles são os nossos bisavós ainda na Itália – sua tonta! Porque você tá falando isso pra ele? – Mais era impossível resistir aquele sorriso, os braços fortes e cruzados indicava que prestava atenção na sua fala,  apontava pra um casal sentado em duas cadeiras embaixo de uma árvore num campo verde, o homem tinha a seu lado uma garrafa de vinho, num banquinho com dois copos, o sol brilhava nas colinas verdes atrás dos mesmos .
- O Arthur sempre me falou dessa descendência de Italianos, acho massa. – cruza os braços prestando atenção no quadro, puxava assunto e ela ignora, continuava apresentando a linhagem de italianos.
- Ali são meus avós, já aqui no Brasil – o casal estava  rodeado de crianças sentados numa praça, a mulher pálida de vestido amarelo com a mão no ombro do homem de terno azul – eles pegavam fotos e reproduziam em quadros pintados a mão.
- Quem pintava?
Luan era pior do que criança de três anos que enchiam a paciência com os Porque isso? Porque aquilo?- Minha avó! Julieta, essa de amarelo. – aponta em tom irritado – bom, pelo menos os quadros mais recentes eram dela, os outros não sei! - Dá de ombros.
Luan comenta: - Aqui eu já conheço, são seu pai e a Sônia, esse daqui devem ser você e o Arthur não é? 
Ambos observavam o quadro a sua frente, César sentado com Arthur ao seu colo, Sônia em pé imitando o gesto da sua sogra com a mão ao ombro do seu  marido e uma criança loirinha nos seus três anos de idade agarrada a perna do pai, como quem reclama atenção.
- Vamos, não gosto desses quadros, e estou sendo boazinha demais com você. – ela o chama, seguindo até uma porta que ficava atrás de um armário.
- Parece esconderijo secreto. – Luan diz emocionado como uma criança desvendando uma caverna.
- Deveria te deixar preso aqui, faria um bem enorme pra mim – fala baixo.
-O que cê disse?
Ignora: - Isso aqui é o tesouro da família, não toque em nada sem minha permissão – faz aspas – e agradeça ao meu humor hoje, porque além de quase me matar também odiei quando me chamou de Maria Cecília – aponta o dedo pra ele -  e isso é só pra esse jantarzinho, porque depois tudo volta ao normal, e eu vou me lembrar de acertar as contas pelo quase acidente,  imagine que estou sendo apenas educada por estar tendo visitas na minha casa ok?
- Você hoje não está Paloma – observa ela abrindo a porta pesada – está muito linda.
Seu coração pula: Fica quieto no seu canto coração de merda! - Já me disse isso antes! – ignora e empurra a porta com dificuldade.
- Acende a luz muié! – Luan reclama.
- Não pode! – pega algum objeto ao lado e acende, era uma lanterna – a luz influencia na conservação dos vinhos, por isso aqui é frio e escuro entendeu? Não é tão simples assim. – o olha como se ele fosse um ignorante, que não entendia de nada.
- Tá, pode me chamar de burro! Quer me bater? – reclama da forma que ela o tratou.
- Adoraria! Mais vingança é um prato que se come frio – o encarava, queria passar segurança no que falava, imaginar que estava naquele espaço escuro com Luan lhe causava sensações fora do comum -  mais  prefiro não perder meu tempo, vem me acompanha e cuidado pra não bater em nada ok? Aqui existem relíqueas e ai de você se quebrar alguma coisa. – alerta mais uma vez . – passavam por grandes armários, ela iluminava e Luan não duvidava se ali tivesse mais de mil garrafas de vinho - eu não devia pegar um excelente vinho mais, como o Arthurzinho quer agradar, vamos levar esse – ergue o braço até uma prateleira alta e pega uma garrafa – safra de 1964.
- Espera! Quase 50 anos!
Fala com descaso: - Temos melhores que esse aqui, mais são para ocasiões especiais, meus bisavós fabricavam vinho na Itália e trouxeram todos que produziram pra cá, bem, quase todos porque alguns foram roubados na viagem precária e quebrados também. Fora os que já peguei escondido – ri lembrando de alguma coisa que deixou Luan curioso – mais ainda temos um bom estoque, vem, vamos. – pega uma garrafa e entrega a Luan enquanto ela trás consigo mais uma.
- Espera – puxa sua mão – me mostra qual o melhor vinho que você tem aqui!
- Estamos demorando muito – a cada simples toque de Luan parecia que uma corrente elétrica se espalhava por todo seu corpo, indo direto ao coração que dava solavancos ao ponto de esquecer de respirar, sua imaginação ia longe mais tinha que lembrar de frear essas sensações, não podia se permitir: - parando, parando ok? Respira e calma Maria Cecília, esse idiota quase te matou, ele já teve sua chance, já teve e você não quer mais nada não é isso? -   Luan bate o pé com birra, fazendo bico que quase arrancou uma risada de Maria Cecília – Não ria, não ria sua louca, isso não é engraçado! -  tá, vem aqui    - caminha mais ao fundo sem paciência – esses aqui são todos da safra de 1813, temos apenas cinco garrafas e só são abertos em ocasiões muito, muito especiais e importantes.
- Quando foi a última vez que tomaram desse vinho?
- Não sei, talvez no casamento do meu pai, enfim, não procuro saber disso. – dá de ombros virando-se e Luan aproveita sua distração e a puxa mais uma vez  e ela temia que o pior, ou melhor acontecesse. 
- Aquele vinho que tomamos..bem...você deve lembrar – referia-se a noite que tiveram – fiz uma boa escolha? Se eu soubesse que entendia tanto de vinhos eu...
- Pensa como a  Paloma, pensa como a Paloma, esse perfume, esses lábios...-  Você esqueceu que eu tenho uma garrafa bem aqui na minha mão? E não me importaria de desperdiçar uma safra 1964 na sua cabeça, porque ainda restam algumas garrafas dela aqui e pra mim não faria diferença -  Luan ri e a solta, ele estava jogando, jogo de sedução, proximidade, desejo, queria ver sua atenção, como reagia a seu toque, seu perfume e no fundo ele entendia o poder que estava tendo sobre ela, e adorava isso.
 Paloma continua - Não quero falar nisso e se quer me ver sorrindo, parecendo uma mulher feliz e realizada com a família que tem, por estar recebendo o Luan Santana em sua casa, então sem perguntas – caminham em silêncio até a saída, depois de fechar a porta da adega e do escritório, ela pega uma das garrafas das mãos de Luan e responde: - O vinho era bom, era um Bordeux, ele é suave e as uvas são selecionadas rigorosamente, e eles só vendem no mercado depois das garrafas passarem um certo tempo armazenadas assim, como você viu aqui, como nós falamos, adormecidas. Foi uma ótima escolha. – O que você disse hein? Ele quase te matou, e você fica assim? Dando explicações e ainda mais sobre aquela noite? 
- Da próxima vez quero que me ajude. – fala enquanto caminhava ao seu lado -Fica desconcertado: - Falou merda Luan! – explicava - Eu me referi a escolher pra uma outra ocasião e não o que pensou eu...

Por um instante ela se imaginou abrindo uma garrafa anos 1813 e tomando com Luan em um quarto totalmente apelativo, com  luz de velas vermelhas e rosas espalhadas ao chão, mais é grossa, para e o encara : - Não terá próxima vez, e você sabe disso.
- Não duvide – Luan fala baixo demais, observando aquela criatura extremamente linda caminhar a sua frente.

Maria Cecília anda mais rápido logo aparecendo com a garrafa em mãos e sorrindo para os convidados: - peguei uma das melhores, safra de 1964, quem quer provar?

CONTINUA...
Amores, desculpem por ontem, minha Net está passando por reparos mais hoje a noite já espero estar com tudo resolvido pra postar outro capítulo certo?
Entrei rapidinho aqui do trabalho!!
Obrigada a Natália Medeiros que postou o aviso aqui pra mim!!
Kiss ;**
E té daqui a pouco!
 

7 comentários:

  1. COOOOOOOOOOOOOOONTINUA @laarihrafaella

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  2. maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais mais e MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS @gruubeer

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  3. maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiissssssss

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  4. MAIS,MAIS,MAIS,MAIS,MAIS,MAIS,MAIS,MAIS,MAIS,MAIS

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  5. uiii, como ela eh grossa kkkkkkkkkkkkkkk

    coitadaaa, estava se matando por dentro kkkk

    beejo
    Naah Negreiros

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  6. Daani - @GauchitasdoLuan5 de julho de 2012 às 15:00

    Adorei essa explicação sobre os vinhos, muito bom ein! Queria ter essa cultura que a Maria Cecilia tem, ela só oculta isso dos outros, mas é muito culta e inteligente!

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