Capitulo 41

Confusão. Era assim que estava a cabeça de Luan, um caos total. Maria Cecília acabara de se declarar, Augusto veio tomar as dores e se perguntava o que tinha feito pra tal motivo. - Como a encararia? O que dizer? O que sentia também por ela? -  Precisava saber e seguiu encarando o celular durante a semana toda, indeciso, ligaria ou não ligaria? O que diria caso atendesse? – Oi Maria Cecília, me desculpe por não ter falado nada com você naquele dia, fui um idiota e sinto sua falta,vai sábado ao meu aniversário?... - Não Luan! Isso é pouco, muito pouco! 

- O que é que é pouco? – Arnaldo entrava no camarim, acompanhava o Luan nos dois shows que tinha em Minhas Gerais e seguiria pro Rio com Rober, Luan teria que fazer umas fotos pra Contigo! Dagmar não o acompanhava pois estava em Recife tratando alguns negócios com o escritório que toma conta da carreira de Luan por lá.

- Nada cara! – brincava com o telefone na mão.

- Sabe que pode falar comigo não é? – insiste.

Luan respira ia dizer que não precisava mais decide perguntar casualmente: - Junior,  alguma vez uma mulher já se declarou pra você? 

Arnaldo sentava no sofá vermelho e observava Luan arrumando o cabelo: - Não Luan, mais admiro a pessoa que teve coragem de fazer isso com você. É preciso ter muita segurança do que se sente   - Luan faz um gesto involuntário de selar os lábios tipo “ fiz merda”. – quem foi?

Mente: - Não foi ninguém cara, e nem comigo é que to pensando em compor uma música que tenha essa temática, a inversão de papéis entende? – mentia.

Não acredita: - Luan, para de mentir, quando você fica nervoso mexendo nesse cabelo e muito “falante” já sei o que tá acontecendo.

Ele ria nervoso: - Não é comigo não falô, mais continuando, se fosse com você e a menina te falasse na cara que te ama, e você não tivesse certeza do que sente, ou tem e tá com medo de dizer... – morde o lábio.

- Medo de dizer que ama outra pessoa Luan? – achava aquilo um absurdo e eleva a voz - Isso não existe, ou ama ou não ama. Não tem meio termo, outros fatores influenciam nessa decisão mais se está balançado é porque tá amando...e eu bem suspeito que seja – ria com um olhar acusador.

- Não é a Maria Cecília – fala alterado pensando em quem Junior achava que era.

- Eu nem perguntei – leva as mãos ao alto -  mais você já respondeu cara! De boa irmão? – levantava e  falava com a mão apoiada ao seu ombro – se você sente falta, se você tá a esses dias todos olhando esse telefone como quem decide algo ou não, se ela ocupa seus pensamentos boa parte do dia, se tem ciúmes,  se pega pensando o que ela está fazendo, com quem está, se também está pensando em você..de boa? Isso é amor e fico intrigado ao perceber que...– ri – que uma pessoa que fala tanto de amor não possa identificar os sintomas, do que você tem medo hein Luan?

Não tinha mais jeito, ele percebeu tudo: - Você sempre saca essas coisas não é?

- Tenho faro de Jornalista pra descobrir e observar as situações, apenas isso. – dava de ombros – do que você tem medo? – repete.

- Eu não tenho medo, eu apenas... – finaliza o cabelo com o Spray e não conclui o raciocínio.

- Apenas a ama? Luan, eu te adverti sobre ela lembra? – ele concorda – e percebi que ela tem toda uma história por trás daquela armadura, história essa que você sabe, que você buscou, só temos interesse naquilo que importa pra nós, e você se importa, e muito, então só te digo uma coisa siga o seu coração e se não for verdade o que sente, não alimente nenhuma esperança já sofri por amor e não é nada bom ser enganado. Tome cuidado com o coração dela. – advertia.

Lembrava de Augusto e das palavras que não foram nada sutis mais queriam dizer a mesma coisa que Arnaldo lhe falava, lembrava de Bruna, sua irmã percebia também algo que ele não enxergava! – Porque só eu não vejo isso como amor?!

Quando o show acabou e seguiram pro Rio no jatinho ele ainda pensava: - Já estive com outras garotas, já namorei e senti o que era amor, e porque com ela é assim? Eu quero ficar perto, eu quero cuidar, quero senti-la em meus braços, mais porque esse receio? 

- O amor quando é de verdade nós dá medo. – Arnaldo sussurra.

- Falô comigo? – Luan levanta o olhando, Rober roncava do outro lado.

- Algo que to lendo aqui : - O amor quando é de verdade nós dá medo, medo porque é um risco, onde entregamos não só nosso coração, mais nossa mente, nosso corpo, tudo de nós. Medo porque passamos a ser totalmente do outro e perdemos total domínio do “sou” passando ao “te pertenço”. Somos presa fácil e maleável em suas mãos, é como deixar nosso mundo e  fazer morada em terras nunca antes conhecidas, onde não lhe pertence, mais você pertence total e inteiro a esse lugar.

- Quem escreveu isso?

- É uma coletânea de frases e poemas que to lendo, autores desconhecidos, mais essa identifica-se por V.G.

Confuso Luan vira-se e tenta dormir, seria isso? Nunca tinha sentido amor, amor de verdade? Por isso o medo? Por isso não se entregava? Mais de alguma forma já era totalmente dela? – Você fez merda Luan! – pensava. – Vai ter que reparar isso.

A pior coisa do mundo é o desencargo de consciência e isso pesava em Luan, a semana se arrastava lentamente, os momentos que viveu com ela também inundavam seus pensamentos, os ciúmes ao vê-la beijando outro, o cuidado que tinha em protegê-la, em cuidar, os beijos. Mais faltava-lhe coragem para ligar, o que diria? - Eu te amo? - Depois de uma semana? 

Sabia que não seria fácil encontrá-la novamente, principalmente no seu aniversário, com muitas pessoas e ele a atração principal da noite, não teria como bolar algo pra surpreendê-la e duvidava que ela fosse comparecer. Só restava algo, apelar pra sorte e pro pouco de coragem que reuniu para gravar uma mensagem de voz na manhã de sábado do seu aniversário.

- Maria Cecília...é, oi, aqui é o Luan, já estou em Londrina e espero que não falte na minha festa hoje a noite, conto com sua presença e – respira fundo – sinto sua falta, não será a mesma coisa se você não estiver. Espero por você, beijão.

- Quem era? Pela sua cara... – Augusto perguntava enquanto acabavam de arrumar as coisas pra ir embora do orfanato.

- Uma mensagem de voz do Luan, lembrando da sua festa – jogava o celular no banco.

- Você quer mesmo ir? – organizava algumas caixas na mala do carro.

- Tenho que enfrentar meus medos cara a cara não é? – ressaltava o que Augusto sempre lhe dizia -  Se for pra levar um fora que seja numa data especial pra não ser esquecido – faz careta rindo da própria situação.

- Eu estarei por perto – ri.

- Claro, pra lembrar comigo esse feito e tomarmos uma boa dose de Tekila juntos.

- Assim que se fala! – batem as mãos.

- Eu to com medo – mordia o lábio admitindo.

- Relaxa, você já disse o que tinha pra dizer, agora é esperar o aniversariante da noite dar seu veredicto final, ele deve ter pensado muito essa semana.

- Não quero que ele sinta pena de mim Augusto, ou chegue hoje e diga que me ama, não quero isso, e nem espero isso, o máximo que espero é uma festa, apenas uma festa de aniversário de um amigo. – dava de ombros – sem conversa, sem eu te amo, acho que esse momento já passou.

Já estava anoitecendo e ela havia combinado de ir no carro de Augusto, Arthur iria com a mãe e a namorada, estava eufórico por oferecer sua boate para a comemoração do aniversário de Luan, tanto que não irritou Cecília durante a semana inteira, parecia que ela não existia, mais uma vez.

Ela lembrava que não trocavam uma palavra desde a discussão da boate, quando Luan a defendeu... – não vamos pensar nisso tá Cecília? Você vai pra essa festa e vai agir como amiga dele ok? Fingir que nada aconteceu, fica até a hora dos parabéns e volta – já tinha combinado com Augusto     - o que vestir? Sua cara está péssima – se olhava no espelho – vamos dar um Up nisso!

 

Escolheu um Look diferente, um vestido em cetim que tinha uma estampa em tons terrosos e florais, um cinto preso a cintura, salto e cabelos presos em um penteado que jogava ele todo para um lado só formando longos cachos ao qual finalizava se olhando no espelho. 

- Pronto! Auto estima já está trabalhada – dava uma volta se olhado no espelho, colocava um gloss dentro da sua bolsa junto do seu celular. – vamos ajeitar a coroa  e partir pra luta princesa? – fechava seu quarto tentando deixar nele o medo e a insegurança que lhe assolavam, descia as escadas e percebe que Bia e Augusto conversavam sentados no seu sofá, ela para escutando a conversa.

- Dê um tempo a ela Bia, ela não está bem e..

- O que ela tem? – pergunta preocupada.

- Não posso contar, mais ambos sabemos que ela e o Arthur  não se batem, você era a melhor amiga dela e..

- E você está assumindo esse lugar, eu entendo. – seu ciúme era visível em sua fala.

- Não, eu apenas estou cuidando dela, fazendo o que o Arthur deveria fazer, mais você pode voltar, e ser a melhor amiga.

- Como se namoro o Arthur?!

- Dê um jeito, mostre que vocês ainda tem uma chance.

Começava a caminhar e cumprimenta interrompendo a conversa : - Boa noite! Como estou? – ria tentando ser natural e no fundo entendia o que a amiga passava – não se manda no coração.

- Linda – Bia elogiava.

- Concordo com a Bia, só o vestido que está curto demais – olha de lado.

- Já usei coisas piores e você sabe disso Doutor! – ri – lembra Bia?

- Velhos tempos. – concorda rindo também.

- Não vamos relembrar o que não se deve, isso é passado, não é mesmo? – Arthur aparecia dando 0 ar de sua graça. – minha irmã e minha namorada estão lindas, não é Augusto? – ele apenas assente e Arthur percebe sua indiferença – irmão? Sem ressentimentos! Eu já superei!

- Não tenho ressentimentos Arthur – levanta e fica ao lado de Cecília – apenas fico com quem tem razão, onde está a Sônia?

- Ela não está se sentindo bem, resolveu ficar. – fazia pouco caso.

- O que ela tem? – Cecília pergunta preocupada.

- Não sei, apenas está trancada no quarto. – Arthur dá de ombros.

- Ela é sua mãe Arthur! – Cecília fica indignada – você é doente ou o que? – volta subindo as escadas, estava preocupada com a Sônia, Augusto a acompanha.

Três batidas na porta e abre, ela estava deitada na cama e fitava o teto:  -Podemos entrar? – pergunta envergonhada.

- Claro – ela senta – você está linda!

- Preferia ficar na cama assim como você, o Arthur me disse que não estava se sentindo bem. – Sônia fica emocionada com a preocupação da filha.

- Só enxaqueca. –ri – nada demais.

- Você me lembra um certo alguém que não gosta de ir ao médico, mesmo sendo médica – Augusto reclamava – seus exames estão em dia?

- Estão Augusto, é apenas minha labirintite, sabe que quando tenho crises como fico, mais já tomei o remédio.

- Você vai ficar bem? – Sônia diz que sim a pergunta de Cecília.

- Tem certeza? Posso aferir sua pressão e...

- Relaxa Augusto! – Cecília interrompe -  mamãe sempre soube se cuidar, se ela diz que tá tudo bem é porque está, vamos. – silêncio. Os três se entreolhavam sem entender o que acontecia, as palavras tinham saído da sua boca tão naturalmente que só agora tinha se dado conta do que aconteceu – é... – pegava a mão de Augusto -  vamos, a festa já deve ter começado – saem do quarto rápido demais.

- Você se deu conta do que fez? – ele a parava no corredor.

- Sim, sim Augusto, saiu sem querer!

- Isso foi ótimo! 

- Não, ainda é difícil! 

- Pratique, já deu o pontapé inicial.

- Augusto, temos um a festa esperando, depois conversamos sobre isso certo?

Era vencido, mais sabia que depois disso Sônia estava aos saltos dentro daquele quarto, Bia e Arthur já tinham ido embora, seguiam rumo a boate, não ficava longe da casa de Cecília, tinha poucos carros parado a frente mais a iluminação estava mais trabalhada, algumas pessoas recebiam os convidados na entrada entregando-lhe algumas pulseiras que brilhavam, gravatas coloridas e diademas. 

- Não vai querer? – Augusto perguntava colocando a gravata.

- Não quero estragar meu penteado – ri.

- Uau! Isso foi muito...

- Paloma? Não, apenas a Maria Cecília preocupada com seu penteado.

- Não falei da sua fala e sim da entonação – rebate.

- Augusto? – falava sem paciência.

- Tudo bem, tudo bem... – ria – está pronta pra entrar?

- Claro – encarava a entrada pegando no braço de Augusto – obrigada.

- Não tem de que.

Em todos esse anos tinha que admitir que nunca viu a boate de Arthur ornamentada daquele jeito, a decoração descia do teto se espalhava pelas paredes em tons preto e vermelho,  pessoas dançavam, outras conversavam com um drink na mão e o palco estava montado, provavelmente Luan cantaria ali com seus amigos, já tinha ouvido falar que ele gostava de fazer isso em suas festas.

- Uau! – Augusto falava deslumbrado – isso é surreal.

- Não, isso é Luan Santana meu caro – falava convicta – e se tratando do Arthur, negócios. – Augusto procurava por alguém e ela sabia exatamente quem é – A Lígia está ali – aponta – conversando com a Bia e o Arthur, pode ir se quiser, acho que o aniversariante ainda não chegou – ele a encarava – tá tudo bem Augusto, eu posso me cuidar, aprendi a me defender com a Paloma.

- Tem certeza? – duvidava.

- Se algo acontecer você verá alguns copos voarem pelo alto – ria e sabia que Augusto não se preocupava com aquilo, além de Luan tinha outra coisa e ela entende -  Augusto, não ligo de aqui estarem alguns caras com que fiquei, é passado – observava Sorocaba conversando com Rober, Arnaldo também estava lá com outros caras, provavelmente da banda. – Vai lá Augusto, aproveita – o cutuca – eu vou fazer as honras de irmã do dono disso aqui e socializar com os famosos presentes. – sai caminhando.

Em cinco minutos já tinha visto de tudo e de todos, parecia que a televisão toda estava ali a sua frente, Sorocaba e seu amigo Fernando que estava acompanhado da mulher, Gusttavo Lima, Jorge e Mateus que se apresentariam no dia seguinte também estavam presentes, outras duplas de Campo Grande como Bruninho e Davi, alguns amigos de Luan que faziam parte do grupo tradição, alguns componentes do Restart e muitas meninas, umas que nunca viu e outras muito parecidas com a Bruna, parentes talvez, porque a maioria tinha o mesmo olho e cabelo escuro.

- A grande família – comentava bebendo um gole do seu drink sentada no bar da boate.

- Muita gente não é – uma figura magra e com uma gravata brilhante daquela que foram distribuídas na entrada sentava ao seu lado – desculpe, boa noite – ria.

- Arnaldo? – o encarava surpresa  - Boa noite – ri – vai me acompanhar? Sabe, dizem que o álcool é a mola da sociedade e sou de total acordo, viva a Tekila, a Vodka, ao Wisky e a tudo que nos fazem esquecer a droga de vida! – ergue sua taça.

- Nossa! Isso tudo é revolta? – ria.

- Não, apenas to tentando me divertir, como pude esquecer? Um brinde ao aniversariante! – bate na taça de Arnaldo irônica - Quer um conselho? Não ame. Ah! Gostei da gravata, ficou bem em você – levanta e sai pra pista.

- Ela me chamou de palhaço? – se perguntava indignado - É Luan, você ama uma pessoa de fibra viu? – ele ria e observava enquanto ela caminhava entre os convidados, chamava atenção, os homens babavam na loira que passeava por entre eles, e percebeu um leve tom de decepção em toda aquela revolta, Luan realmente deveria ter feito besteira.

Mais convidados chegavam, como ele poderia conhecer tanta gente? – Claro Cecília, ele é o Luan Santana não duvide o Brasil todo estar aqui em Londrina – passava pelo palco e observa que no canto tinha uma pequena mesa com um bolo vermelho e branco fazendo jus a decoração, parava e observava pensando que poderiam partir logo aquilo e ela ir pra casa.

 - Gosta de bolo? – alguém perguntava perto do seu ouvido.

- É o melhor e o mais esperado da festa não é verdade? – virava-se rindo encarando aquela figura magra e de cabelo arrepiado a sua frente, com colar dourado e uma camisa branca gola “V” apertada que evidenciava sua tatuagem no braço direito.

- Bom, eu particularmente digo que a festa tem outras coisas melhores pra desfrutar, tipo pessoas como você por exemplo – ria e ela entendia já aquele tipo de flerte – sei que parece irônico mais Gusttavo Lima ao seu dispor linda.

CONTINUA... 

Amores! Tavam com saudade da Fic?

Xiiii...agora o trem ficou tenso, Gusttavo e Maria Cecília! Será? Será?

Quando ela ver o Luan? Quando o Luan ver ela com conversinhas com ele?

Crises de ciúmes certeza!!

A noite tá só começando....

AGUARDEM

[ Vidas, preciso da ajuda de vocês, bom quero colocar a musica tema da #Fic internacional, mais esse site que uso não dispõe ela, conhecem outro tipo de site que façam PlayList pra colocar em Blog? Ficaria grata pois estou torrando os neurônios buscando um que faça isso]

Fé, Foco&Acreditar

@_Vanesssaa_ [Sigal lá, sigo de volta!]